30 de maio de 2015

CRITÉRIOS PARADOXAIS NA ALIMENTAÇÃO

Ainda há pouco tempo se ouvia dizer que o leite era um alimento completo e que deveria ser tomado pelas crianças, jovens e até adultos. Era considerado um superalimento. Um copo de leite bem quente, com mel, no inverno, para a cura duma constipação; ou um copo de leite bem fresco, no verão, satisfaz quem o bebe.
E também ainda não longe nos tempos soava que o café, em demasia, fazia mal.
Na minha infância e adolescência desconhecíamos o que era intolerância ao glúten, que é uma proteína presente no trigo, centeio e cevada – celíaco era uma palavra ignorada; ou à lactose – no leite.
Surgem agora investigações em que, neste contexto, para uns é apontado um papel benéfico o consumo do leite, do café ou dos cereais, sendo que, para outros, os consideram nocivos.
Em que ficamos, afinal?
No caderno 2 do “Público”, de 22 de fevereiro, surgem opiniões diversificadas de responsáveis por esta matéria em termos de saúde.
E assim surge a conjunção “mas” na composição de muitos dos alimentos que comemos, na versão de vários especialistas.
Consumo do leite, “sim, só o materno, enquanto bebés; o de vaca nem pensar…”
Mas outro nutricionista já diz que “sim, tem muitas vantagens”. No entanto, “a proteína do leite de vaca é muito diferente da do leite humano, praticamente o oposto”.
E, numa longa lista de acusações, contra o leite, apontam o elevado teor de gordura saturada que aumenta o risco de doenças cardíacas; e o consumo de grandes quantidades de lactose aumenta as probabilidades de cancro no ovário; ou grandes quantidades de cálcio são um fator de risco para o cancro da próstata e também para a osteoporose. As investigações apontam, neste caso, para o consumo de três ou mais copos de leite por dia.
“Habitualmente consome-se leite numa altura de crescimento, até aos dois ou três anos. Depois disso, não só é dispensável como não é recomendável”.
Entretanto, o coordenador do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável reconhece a existência de uma discussão grande e muita polémica ao redor deste assunto. E afirma que “quem tem dificuldade de acesso a alimentos de qualidade não deveria prescindir do leite”.
Já outra nutricionista aponta, para prevenir a osteoporose, a substituição do leite pelo consumo de couve, brócolos, agrião, rúcula, nabiças, que têm bastante cálcio.
Pois é, “para cada estudo contra o leite, aparece um a favor. A relação entre o consumo do leite  e a doença cardiovascular, por exemplo, a evidência científica é quase nula. Já existe, no entanto, alguma discussão sobre a relação das doenças oncológicas: o consumo moderado parece ser protetor, mas quando em excesso haverá um efeito negativo”.
Na revista “Visão”, de 5 de março, volta a ser referido este tema, sob a pergunta: “Será o leite de vaca bom para os humanos?” E refere que “a intolerância à lactose chega a atingir 70% da população nos países do Sul da Europa e vários estudos apontam hoje o excesso de leite como causa do aumento da incidência de cancro do cólon, ovário, próstata e mama – e, até, de mais fraturas ósseas”.
Curiosidade é a aludida revista 2 do “Público” referir dados históricos sobre o leite, numa referência a um artigo de julho de 2013 da revista “Nature”: “Arqueologia: a revolução do leite”, em que há 11 mil anos, quando a agricultura começou a substituir a caça, as populações do Médio Oriente aprenderam a reduzir a lactose – que não conseguiam digerir por falta de lactase – fermentando o leite para fazer queijo e iogurte; 2500 anos depois, uma mutação genética ocorreu na Europa, mais precisamente na zona da Hungria, dando à população a capacidade de produzir lactase durante toda a vida. “Essa adaptação abria uma nova fonte nutricional que conseguia sustentar as comunidades quando não havia colheitas”. Uma grande parte da população europeia descenderá desses primeiros agricultores que insistiam em continuar a produzir lactase na idade adulta.
Já a revista Visão refere que os primeiros sinais de introdução de laticínios na alimentação humana datam do ano 5000 a.C., pouco tempo após terem ocorrido as últimas mutações genéticas da nossa espécie – precisamente no gene que dá a instrução para a produção da enzima lactase. E, das descobertas havidas, foi afirmado que “pelo menos desde o Neolítico que se consome leite e seus derivados, com vantagens para os povos que o faziam”.
Mas, no Diário de Notícias online, de 6 de março, sob o título “Dieta do Paleolítico: uma moda do tempo das cavernas” é referido que, atualmente, várias pessoas deixam de fora das suas refeições, os cereais, os laticínios, as leguminosas, os açúcares e os alimentos processados, comendo quase como se vivessem na Idade da Pedra. Dizem os adeptos da dieta paleo, inspirada no Paleolítico, que para se manter saudável, perder peso e prevenir uma série de doenças o melhor é alimentar-se como os homens das cavernas: à base de carne, peixe, marisco, ovos, vegetais, fruta e alguns tubérculos. Trata-se de uma ementa que tem vindo a gerar discussão dentro das ciências da nutrição, mas que seduz cada vez mais pessoas.
No que diz respeito ao café, segundo o online “Notícias ao Minuto”, de 3 de março, um estudo levado a efeito por cientistas sul-coreanos, publicado na revista especializada britânica Heart, informava que beber três ou quatro cafés por dia faz bem ao coração. Os cientistas disseram que, no entanto, “serão necessárias mais investigações para confirmar este estudo e determinar a explicação biológica dos supostos efeitos do café para prevenir a obstrução das artérias”. Entretanto, na sua edição online de 11 de março, é referido que o café afeta todas as partes do corpo, promovendo sentimentos bastante distantes dependendo das situações. Segundo aquele diário online, “Os estudos sobre o café são imensos e os benefícios ou riscos associados vão aparecendo, sendo todos eles bastante controversos, dependendo das opiniões dos investigadores”.
Entretanto, a equipa de cientistas dum hospital de Seul concluiu que uma quantidade moderada de café reduz a presença de cálcio nas artérias coronárias, um elemento considerado responsável pela aterosclerose.
Segundo a Visão, todos os efeitos, sejam eles positivos ou negativos, devem-se à cafeína dos grãos de café. No entanto, há outras substâncias como antioxidantes que dão amargura à bebida, um cheiro caraterístico e algumas propriedades saudáveis.
Registo, da revista Visão, o que uma chávena diária de café afeta o nosso corpo, a saber:
Cintura: - Poderá ajudar a perder peso. Em vez de café com leite que representa cerca de 170 calorias, pode-se optar pelo café simples e evitar 160 calorias numa só bebida. Segundo o especialista Nigel Derby, o café, “para além de ser praticamente livre de calorias, pode ainda ser um inibidor do apetite”.
Coração: - Uma chávena de café pode aumentar a frequência cardíaca em 100 batimentos por minuto e esta sensação pode prolongar-se durante uma hora. Pode ainda provocar a contração das artérias, o que aumenta a tensão arterial. Numa pessoa saudável, isto não causará efeitos nocivos e pode mesmo impulsionar a energia e prevenir ataques cardíacos. O excesso de café pode aumentar o risco de ossos quebradiços ou osteoporose, aumentando a perda óssea.
Dentes: -As manchas nos dentes não são culpa do café. A coloração do café é muito superficial, afetando apenas o biofilme, camada fina de bactérias que cobre os dentes e as gengivas, e não penetra através do próprio esmalte.
Hálito: - Este é um facto que ocorre em quem bebe muito café e tem tendência a ter a boca seca. Para além de comer várias vezes ao dia, beber água é também uma boa solução.
Cérebro: - O consumo moderado de café pode reduzir o risco da doença de Alzheimer até 20%, de acordo com um estudo feito no Reino Unido. A cafeína e os antioxidantes presentes no café podem reduzir a inflamação do cérebro e retardar a deterioração das células cerebrais, associadas à memória.
Rins: - O café é diurético – estimula os rins, fazendo com que precise de ir mais vezes à casa de banho.
Pele: - O café pode ter um efeito desidratante no corpo, mas beber regularmente não seca a pele. Positivamente, o café pode estar ligado a um menor risco de cancro da pele, graças aos seus antioxidantes, que limpam os radicais livres e as moléculas ligadas ao cancro e a outras doenças.
Diabetes do tipo 2: - Muitos estudos creem que beber café está relacionado com um menor risco de diabetes do tipo 2. Uma investigação nos EUA concluiu que quem bebia 3-5 chávenas de café por dia tinha menos risco de desenvolver a doença.
Músculos: - Beber café é positivo para os músculos, pois impulsiona-os e fornece-lhes energia. A cafeína incita à queima de gordura por parte dos músculos, para a obtenção de energia, quando esgota a energia fornecida pelos hidratos de carbono. A cafeína ajuda a abrir as vias respiratórias e é semelhante à teofilina, usada no tratamento de asma.
Aqui fica um alerta, ou uma simples informação, tendo em conta os ditos prós e contras nalguns dos “principais” alimentos que tomamos.

(In Revista "ECOS DA APAE", DE MAIO DE 2015)

21 de maio de 2015

O “ESQUECIMENTO” DOS BONS SERVIÇOS DO MEDIADOR

Estou a escrever, com muito prazer, na Liberty em Acção, na minha qualidade de ex-mediador de seguros, ocupação que terminei para me dedicar a outras causas. Mas continuo atento à atividade seguradora, e, qual frenesi, ainda emerge nas minhas veias o bichinho dum ofício onde me realizei.
A mediação de seguros é um exercício profissional de grande trabalho mas aliciante. E quem é que não gosta de ver da parte do Cliente o reconhecimento dos bons serviços prestados pela pessoa em quem confiou os seus contratos de seguro?
Corria o ano da graça de dois mil e quatro, a dois de julho, a meio da manhã daquela 6.ª feira que fez acelerar um pedido do serviço de peritagem, pelo setor de sinistros de incêndio da Liberty. Nesse dia, fora do que era habitual, liguei um pequeno rádio para ouvir notícias, enquanto trabalhava no computador. E as mesmas fizeram-me logo sobressaltar: “Para Caria já se deslocam os Bombeiros da Covilhã, onde já se encontram os de Belmonte, para acudirem ao incêndio que lavra na fábrica de confeções!”
- Fábrica de confeções? Só lá há uma e é minha cliente! Tento entrar em contacto telefónico com alguém responsável pela empresa, desde a administração a alguns funcionários e, nada!
- Ninguém responde!
Para não perder tempo, redigi um fax, apressado, para a Seguradora, dando conta aos Sinistros da Liberty o que estava a ouvir, presumindo fosse uma empresa ali segurada. Entretanto, pedi à solícita responsável pelos Sinistros – Dr.ª Olga Lucena –, para que diligenciasse a urgência da deslocação duma peritagem para um incêndio industrial, urgência agravada por se tratar dum fim-de-semana.
Enquanto se desenvolveram, num ápice, as ações para a deslocação da peritagem, no trabalho de excelência dos Sinistros da Liberty, peritos que se deslocaram de Lisboa, a uma 6.ª feira, em final da manhã, começaram-me a chegar vários telefonemas, entre os quais do administrador da empresa, para que diligenciasse as ações que então já estavam a decorrer. E o “Venha cá, rápido! Venha cá!” levou-me a acalmar os ânimos dos donos da empresa, informando-os de que tudo se estava a desenvolver para, nesse dia, a uma 6.ª feira, da parte da tarde, se deslocar a ansiosa peritagem.
E foi motivado pelo trabalho de mestria da Dr.ª Olga Lucena, ela, nesse dia, uma autêntica “Comandante dos Bombeiros” que se proporcionou que, concluída a peritagem inicial, pudesse o pessoal da fábrica de confeções começar a retirar os escombros deixados pela explosão de uma caldeira que ainda ocasionou que uma trabalhadora tivesse que ser transportada de urgência para os hospitais de Coimbra. Desloquei-me para o local do sinistro, falei e acalmei os proprietários da empresa, assisti à azáfama de retirada dos escombros da parte afetada para que ainda pudessem laborar na semana seguinte.
Entretanto, fora o lamento da inesperada ocorrência, o tempo passou.
Os semanários da região, entretanto, davam a notícia, e, num outro local, surgia um agradecimento da empresa sinistrada, aos bombeiros, aos senhores engenheiros de um outra unidade industrial que ali se deslocaram para ajudar, e agradecimentos a outras pessoas e entidades.
Ao mediador de seguros, nada! Esquecimento injusto, mais tarde reconhecido por alguns É que, se não fossem as suas diligências rápidas e a eficiência do trabalho dos Sinistros de Incêndio da Liberty, já referido, as tarefas, que tanto desejavam, de retirada dos escombros e poderem começar a trabalhar, ainda que limitados, não teria acontecido, e, certamente, teriam de aguardar pela semana seguinte.

A empresa, entretanto, já se encontra encerrada.                  

(In Revista "Liberty em acção", n.º 40, de maio de 2015)

12 de maio de 2015

VALHA-NOS SANTO AMBRÓSIO

Que isto de escrevermos no prazo limite para a publicação é sempre um risco. O espaço de tempo não perdoa todo o que foi dissipado noutras ocupações. E os textos de opinião nem sempre estão a jeito, extraídos do baú de memórias, ou dos acontecimentos mais recentes.
À toa ocorreu-me este santo, para uma de inspiração. Que, de santos, não tenho opções em especial na minha religiosidade. No entanto, tenho em casa, casualmente, o S. Tomé, não uma mas duas imagens do mesmo. E isto porque, aquando da minha rigorosidade profissional, geralmente pedia, nalguns casos, que fosse transcrito para escrito aquilo que, de responsabilidade, me era informado oralmente. Algumas vezes ficavam melindrados. Mas mais aborrecido ficava eu quando queria demonstrar aquilo que me fora transmitido como certo, de viva voz, e, depois, já não era tanto assim. Foi numa situação destas que me levou a adquirir a imagem do S. Tomé, numa de ironia, dizendo aos então detentores da verdade esquecida:
- Queria mudar de santo mas obrigam-me a ter que continuar a acreditar no S. Tomé: “Ver para crer”. Ponham lá no papel o que agora me informam. Confesso que não me dei mal com esta conduta.
E, como não há duas sem três, outro santo – o Santo Antão – esta contada pela voz de um já falecido amigo, o professor Manuel Lourenço Pereira das Neves, de Orjais, uma figura sempre bem-disposta, de grande humor e amigo do seu amigo. E dizia que, em tempos longínquos, no Colmeal da Torre, na festa de Santo Antão, se contava que quando a procissão saía à rua, num desses anos, começou a chover, e a molhada procissão teve que regressar apressada. Os mordomos esperavam que no próximo ano esta situação não surgisse e o povo ficasse assim mais contente. O que é certo e verdade é que, mal o andor do santo entrava no adro da igreja, começavam a surgir uns pingos de chuva e avolumava-se no decorrer da procissão. A maldição parecia que continuava e, então, a esperança renovava-se para o ano seguinte. Não é que, neste terceiro ano consecutivo, a história se repete? Sai o santo para a rua e começa a chover. O desânimo atinge não só os mordomos como também parte da população, que começa a revoltar-se e a atribuir as culpas ao Santo Antão. Então, param o andor e, alguns mordomos agarram no santo, dirigindo-lhe impropérios, e atiram com ele para o ribeiro onde passavam: - Não nos deixas fazer a festa, vais já tomar banho! E acabou-se a história, com o regresso à igreja, sem o santo.
Temos vindo a assistir a acontecimentos que, julgando alguns ser de bradar aos céus, deveria levar muito a ponderar a análise dos factos, mormente pelos que nela se encontram envolvidos.
Reporto-me assim aos professores que chumbaram nas provas de Português e de Física e Química, da Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades. O Instituto de Avaliação Educativa deu conta que chumbaram 63,2% dos 68 professores que fizeram a prova de Física e Química e 60,4% dos 106 que fizeram a prova de Português para o 2.º ciclo do ensino básico. E, aqui, o Ministério da Educação tem razão: “Não se pode ensinar bem o que não se sabe muito bem”. Isto já não era estranho, pois quando há ainda professores, não só do ensino básico, como do secundário, que não sabem distinguir quando o “à” leva “h” ou não; quando se escreve “porque” ou “por que”, assim como outras regras ortográficas, o ensino não vai bem. E isto nada tem a ver com o novo acordo ortográfico.
Já no que toca a pedagogia também há algo a dizer. Chegou-me ao conhecimento que numa escola do ensino básico desta cidade, a professora fez uma divisão interna dos seus alunos, com o conhecimento dos mesmos, desta forma: o grupo dos inteligentes, o grupo dos mais ou menos, e o grupo dos do apoio. Como se sentirão os que têm mais dificuldade perante esta classificação? Que motivação lhes vai na alma? Não será que é a professora que necessita de formação?
Voltamo-nos para outro caso, este mesmo tão de hilariante quão de estúpido, do nosso primeiro-ministro, pela forma anedótica como se referiu, na inauguração da queijaria em Aguiar da Beira, teorizando sobre o português que no futuro há-de fazer um país novo, desenvolvido e sem mais invasores troikanos. O exemplo de Passos Coelho não podia ser mais caricato (talvez o muito queijo que ali comera o tivesse levado ao esquecimento) com o símbolo de Dias Loureiro. Disse então este inteligentíssimo primeiro-ministro que ele, Dias Loureiro, “conheceu mundo, é um empresário bem-sucedido, viu muitas coisas por este mundo fora e sabe, como algumas pessoas em Portugal sabem também, que se nós queremos vencer na vida, se queremos ter uma economia desenvolvida, pujante, temos de ser exigentes, metódicos”. É inacreditável o que este governante na liderança do País afirmou, duma figura que foi arguido no caso do BPN. Isto daria pano para mangas.
Mas, neste País em que 1% dos portugueses tem 21% da riqueza de Portugal, os casos sobre casos não deixam de existir.
A esperança, que já foi acentuada, na mudança, começa a ter contornos de perplexidade pelos cidadãos mais sofredores, se isto não vai ficar mais do mesmo, ou parecido. António Costa também já deu uns tiros nos pés, com aquele sms ao jornalista, com pouca paciência para a comunicação social, apesar de ser filho e irmão de jornalistas. Esperemos que o documento Uma Década para Portugal, elaborado por doze economistas para o Partido Socialista, nas suas propostas para o setor económico, se revistam de uma grande eficácia para Portugal, caso vença as eleições.

Mas, para isso, como diz o povo, na sua proverbial sabedoria, é preciso “juízo e cabeça fresca”. Vejam só as sondagens erradas no caso do Reino Unido, acabando por ganhar, contra o imprevisto, o conservador Cameron, numa primeira maioria absoluta desde 1992.

(In "fórum Covilhã", de 12.05.2015)