18 de junho de 2009
O adeus a José Pereira
Inesperadamente desaparece do mundo dos vivos mais um antigo atleta do Sporting da Covilhã.
Depois de dois antigos dirigentes que ajudaram a cimentar o clube serrano para o galarim da história nacional do futebol português, e da imagem da cidade e região que acolhe de bom grado o “Leão da Serra”, terem partido – refiro-me claramente aos saudosos José de Sousa Gaspar e Carlos Xistra – coube também a vez dos homens das “chuteiras” terem visto cedo o destino certo dos humanos: foram eles os cunhados Rui Leite e Guilherme Moreira, depois de outros anteriores também já terem desaparecido.
Outras grandes glórias do SCC, já octogenárias, nomeadamente Suarez, Cabrita e Tomé, vão atravessando dificuldades nas suas doenças, mas de quando em vez, vão enviando saudações para o clube serrano cujas camisolas briosamente envergaram.
O antigo guarda-redes do Sporting Clube da Covilhã, José Pereira Moreno, covilhanense de gema, brioso desportista, amável nas palavras quão de simplicidade nas suas atitudes, vem aumentar o número dos que já passaram para a outra margem da vida, cedo para os tempos de hoje.
Foi incontestável titular nos juniores do SCC, na década de 60, ao lado de nomes de destaque como os irmãos Prata, Victor Campos, Berrincha, Ferrinho, Cipriano, Humberto e outros.
Depois, titular várias vezes, nas 2.ª e 3.ª Divisões Nacionais – nesta última chegou a ser Campeão Nacional na época de 1974/75 – sendo geralmente o 2.º guarda-redes nos seniores.
Depois de ter deixado de representar o SCC, envergou as camisolas da Associação Desportiva da Guarda, Benfica de Castelo Branco, Pinhelenses e Sport Clube do Barco, tendo, neste último, como treinador-jogador, levado a colectividade a ganhar o distrital da época 1981/82, no surgimento de César Brito.
No dia do seu falecimento, em conversa com Miguel Saraiva, Filipe Pinto e seus antigos companheiros, Fazenda e Eduardo Prata, comentámos as qualidades deste homem simples que continuava a vibrar com as cores serranas e a acompanhar alguns jogos fora.
No passado dia 1 de Maio esteve presente no jantar das velhas glórias do Sporting da Covilhã, onde confraternizou com antigos colegas, que agora lamentam a sua perda.
Paz à sua alma.
(In Diário XXI, de 17 de Junho e Jornal Notícias da Covilhã, de 18 de Junho)
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