20 de julho de 2023

TRÊS MONUMENTAIS TAÇAS “O SÉCULO”


 Na exposição que o Sporting Clube da Covilhã tem patente no Museu da Covilhã e que se estende até ao dia 19 de setembro, lá está a Monumental Taça “O Século” ganha em 1948, com muito mérito, por esta Coletividade que está celebrando o seu centenário.

Dizia-se que só havia em Portugal duas monumentais taças com esta matriz – uma, ganha pelo Sporting Clube de Portugal (SCP) e, outra, pelo Sporting Clube da Covilhã (SCC), em 1948.

Iguais à primeira, com 123 cm de altura, existem efetivamente duas, mas uma segunda monumental Taça, esta com 140 cm, e formato diferente, encontra-se no Museu do SCP, ganha em 1953.

A história desta Taça começa com a iniciativa do diretor do extinto jornal O Século, João Pereira da Rosa, organizando, em 1938, a “Exposição Histórica do Futebol”, para comemorar os 50 anos do futebol em Portugal e, com a respetiva receita, criou duas gigantescas taças, do mesmo tamanho, a que se chamou Monumental Taça “O Século”, destinando-se uma para os Clubes da I Divisão e outra para os Clubes da II Divisão.

O diário “O Século” elaborou então um projeto de regulamento das mesmas que submeteu à apreciação da Federação Portuguesa de Futebol, tendo merecido a sua aprovação.

Deste regulamento, que é extenso, resultou que houve dois Clubes que, no 10º ano da sua instituição, ganharam a monumental taça. Foram eles, o SCP (I Divisão) e SCC (II Divisão). Durante estes 10 anos, a taça esteve provisoriamente em cada Coletividade que ganhava o Campeonato Nacional, quer da Primeira quer da Segunda Divisão Nacional, ficando propriedade do Clube, quem a ganhasse no décimo ano, dado que os pressupostos do regulamento não foram atingidos antes deste período.

Os vencedores dos Campeonatos das I e II Divisões foram então os seguintes:

I Divisão: 1938/39 – FC Porto; 1939/40 – FC Porto; 1940/41 – Sporting; 1941/42 – Benfica; 1942/43 – Benfica; 1943/44 – Sporting; 1944/45 – Benfica; 1945/46 – Belenenses; 1946/47 – Sporting – Sporting; 1947/48 – Sporting.

II Divisão: 1938/39 – Carcavelinhos (ganhou na final ao Sp. Covilhã, por 1-0); 1939/40 – Sp. Farense; 1940/41 – Olhanense; 1941/42 – Estoril; 1942/43 – Barreirense; 1943/44 – Estoril: 1944/45 – Atlético; 1945/46 – Estoril: 1946/47 – Sp. Braga; 1947/48 (Sp. Covilhã, ficando em 2.º lugar o Barreirense, com o mesmo número de pontos, 8. O SCC teve 17 golos marcados e 7 sofridos e o Barreirense 13 golos marcados e 7 sofridos, o que o inibiu de subir em favor do SCC).

Embora tivéssemos desconhecimento de que o jornal “O Século” deu continuidade a nova Taça “O Século” (só para a I Divisão), o mesmo jornal viria a deixar de instituir este troféu a partir de 1953.

Foi, entretanto, ganha novamente pelo Sporting Clube de Portugal por ter sido vencedor de três campeonatos seguidos, em 1950/51, 1951/52 e 1952/53 (ganhou também o de 1953/54).

                                                                                                                                   João de Jesus Nunes

jjnunes6200@gmail.com

(In “Gazeta do Interior”, de 19-07-2023)

17 de julho de 2023

O HÁBITO DE LER JORNAIS


 

Sou um insaciável pela leitura de jornais. Não um, nem dois, mas uma dose suficiente para me subtrair tempo ao tempo que tenho disponível diariamente. Já vem dos tempos antes da televisão e da Internet, ou seja, antes dos digitais. Um velho hábito gerado na Biblioteca Municipal, e, também em minha casa; antes destes, mesmo os boletins paroquiais que me iam ter à residência. Neles, jornais, se incluíam as revistas exclusivas ou fazendo parte dos próprios jornais, como “O Século Ilustrado”. Tão só um exemplo.

Agora é uma panóplia de jornais online. Para além dos que assino, logo que abro o computador, caem-me as notícias, mais ou menos sensacionalistas; e a exaustão de convites para aceitar e/ou assinar mais um título.

Se, outrora, eram os tempos dos tempos em que os tempos eram outros, de pouca abundância de conteúdos, quer por via da censura, quer num contexto de um Portugal atrasado, hoje, são os tempos da concorrência desenfreada da Comunicação Social, tantas vezes sem sentido no tempo dos conteúdos jornalísticos, sobrepondo-se na duplicidade de notícias e de textos análogos.

O hábito de ler jornais me levou, desde sempre, a outra mania: a de recortar, selecionar e guardar certas notícias que me pareciam importantes, ou algo curiosas. O facto é que as páginas ou recortes extraídos dos jornais ou revistas se acumularam, ainda que de quando em vez fizesse uma limpeza geral.

Mas a avidez de guardar, guardar, levava-me a gastar horas, e alguns aborrecimentos, para descobrir uma bendita página que a minha memória me garantia se encontrava nas resmas que iam subtraindo espaços que começavam a fazer falta.

Até que aquele maldito tempo de prisão nos nossos domicílios fruto da pandemia, paradoxalmente me veio dar oportunidade de fazer uma seleção, tão temática quanto possível, de consultas, compilando, encadernada, uma grande parte dos conteúdos. Outra enorme quantidade de papel então excluído, ainda serviu para ser entregue no Banco Alimentar contra a Fome em vez de ir parar ao lixo.

Mas, além dos jornais, ainda há os livros. Segundo o INE, 58 por cento dos portugueses não leram um único livro em 2022.

Segundo Jorge Morais, in “Tal & Qual”, naquele ano, a imprensa portuguesa manteve praticamente o número de leitores que tinha em 2021. E, citando os dados do Bareme Imprensa da Marktest, “Ao longo de 2022, foram 5,7 milhões os portugueses que contataram com jornais ou revistas. O Bareme Imprensa contabilizou 5 milhões e 662 mil residentes no Continente com 15 e mais anos que, em 2022, leram ou folhearam jornais ou revistas, o que representa 66,1% do universo em estudo. Isto significa que dois em três portugueses contataram com este meio ao longo do ano. A audiência média de Imprensa no mesmo período foi de 35,7%, percentagem de portugueses que leram ou folhearam a última edição de um qualquer título de imprensa estudado no Bareme Imprensa, num total de três milhões e 59 mil indivíduos”.

Segundo Jorge Morais, “a maior afinidade com a Imprensa continua nos leitores entre os 35 e os 54 anos, nos quadros médios e superiores e nos indivíduos das classes mais elevadas”.

Chegou-se a pensar que os jornais estavam a acabar, mas o tempo provou que a notícia da morte da Imprensa era manifestamente exagerada, tanto por cá como no resto da Europa. Desenvolveram-se, é certo, outras formas de comunicação rápida.

A Imprensa continua a ser o veículo privilegiado do jornalismo de esclarecimento.

Abaixo dos 35 anos, existe uma substancial abstinência de leitura. Muitos dos mais jovens abstêm-se de ler também seja o que for, com reflexos de participação na vida comunitária.

O que é certo e verdade é que para muitas destas pessoas, tudo o que ultrapasse o tamanho do ecrã do telemóvel já constitui esforço excessivo.

Não é à imprensa que cabe resolver este problema, mas tão só “os parlamentos, os governos e as comunidades pedagógicas a tomar o encargo de inverter, na urgência de uma ou duas gerações, a tendência arrepiante para a inutilidade mental”.

 

João de Jesus Nunes

jjnunes6200@gmail.com

(In “O Olhanense”, de 15-07-2023)

 

 

13 de julho de 2023

E TUDO O VENTO LEVOU


 

Não, não se trata de falar do filme romântico e histórico com este título, de 1939, um dos mais conhecidos da história do cinema. Amor e ódio foi o que envolveu uma das principais personagens – Scarlett O’Hara, jovem mulher duramente atingida pela guerra, numa relação com um charmoso aventureiro. Quanto ao filme ficamos por aqui.

Do meu artigo de 4 de maio, sobre “Amigos em Castelo Branco”, houve reflexos interessantes que chegaram até mim. São reminiscências dum passado que o vento levou.

Voltei à carga com dois desses amigos – o João José Dias Tomás e o Luís Vicente Barroso, residentes em Castelo Branco, mas que na minha intromissão telefónica foi encontrar o Luís na sua aldeia, na Fonte Longa, para me darem notícias sobre pessoas e instituições com quem eu contatava nas décadas de 70 e 80 do século passado. Foi de certo modo confrangedor verificar que muitos deles já partiram ainda cedo, como o Joaquim Sobreira, de Cebolais de Cima, que foi motorista da edilidade albicastrense e tocava acordéon; e o Jorge Manuel Torrado Valente, ligado aos automóveis.

Ainda no meu tempo ativo havia perdido, precocemente, um antigo Colega e amigo, o albicastrense José Beato Ferreira.

Neste dia em que escrevo estas linhas, e rebusco informações doutrora, com o sol a brilhar mais alto sobre a montanha, e o calor a fazer-nos sonhar com oc caminhos idílicos do nosso País, recordo as grandes temperaturas na cidade albicastrense, que dificultava andar a pé, mas a força de uma atividade profissional assim nos obrigava.

Afinal, a empresa J. Valente & Irmãos, Comércio e Indústria, S.A. ainda existe, e no mesmo local. Dela recordo o sócio Ricardo Valente, que faleceu de acidente automóvel, no regresso da Covilhã, onde tinham um stand Ford. Seu filho, economista, Dr. Luís Filipe Valente, com quem tratei vários assuntos ligados à minha atividade profissional, incluindo quando se encontrava a estudar na Bélgica, também já partiu. Desconheço o paradeiro de seu irmão, Nuno Valente.

Artur Valente estava ligado à venda dos automóveis, sendo que, no lugar do falecido Ricardo Valente, assumiu as funções de gestão, Rafael Valente. Esta família dos Valentes era grande, e, por isso, ali conheci um idoso, simpático, Isidro Valente, e também o Dr. Manuel Valente que, nalgumas conversas me dizia, sorridentemente, face a tantos funcionários que por ali passaram: “Aqui foi e é uma autêntica escola de vida”.

Algumas vezes acontecia, quando eu já estava de regresso à Covilhã, ter de voltar para trás, porque o Eng.º José Maria Valente necessitava de segurar tantas arrobas de cortiça abadia e outras tantas de nacional. São memórias que perduram.

Surgiria então uma grande empresa de iogurtes, em 1979 – a “Iophil – Produtora de Iogurtes, S.A.”, criada pela família Gomes Filipe, na altura retornados da antiga colónia de Moçambique, mas naturais da aldeia de Paradanta, freguesia de São Vicente da Beira, no concelho de Castelo Branco. Esta foi a primeira empresa a instalar-se na primitiva zona industrial de Castelo Branco, quando tudo aquilo não passava de um enorme descampado nos arredores da cidade. Por curiosidade, houve anos depois outra grande empresa de Castelo Branco – a Centauro – à qual fiz referência na minha anterior crónica, que partiu também de um retornado de Angola.

Foi com um grande espírito empreendedor, dedicação e empenho dos seus fundadores, e a simpatia do administrador Luís Filipe Gomes, que conseguiram pôr de pé a empresa Iophil e fazê-la crescer. Chegou a atingir, em poucos anos, mais de uma centena de postos de trabalho. A marca Iophil começou a singrar no mercado nacional. Em 1989, a Danone adquiriu 70% do capital da Iophil, chegando aos 85% em 1991. Ampliou a fábrica em Castelo Branco, com o lançamento de novos produtos para, em 1994 atingir a liderança do mercado nacional de produtos lácteos. Em 2013 a Danone vendeu a sua atividade industrial da fábrica de Castelo Branco à empresa americana Schreiber Foods.

Ainda como Iophil, a empresa teve uma grande atividade recreativa, para além do apoio financeiro que a própria Iophil/Danone deu ao longo dos anos no patrocínio a equipas desportivas da cidade e também ao Sporting Clube da Covilhã.

 

João de Jesus Nunes

jjnunes6200@gmail.com

(In “Reconquista”, de 13-07-2023)

 

 

12 de julho de 2023

A GERUNDIAL FORMA DE NOS CONTACTARMOS




 

Somos um povo de gerúndios. Esta palavra é um tempo verbal que indica uma ação em andamento, um processo verbal não finalizado.

- “Então como é que vai?” – É uma pergunta usual nos cumprimentos de quase todos nós.

- “Vou andando” – Lá está a grande probabilidade de resposta, no gerúndio. Poderia ter sido dito tão só: “bem” ou “mal”.

Pois é, neste contexto de gerundismo, vamos tendo em conta que os problemas que estamos “vivendo”, são para se ir “resolvendo”; as coisas para se ir “fazendo”, e as dívidas para se ir “pagando”. E enquanto isto, quem tem crianças, elas vão “crescendo”, e, pela lógica, também vão “estudando”. Será que, com esta excitação dos professores, elas verdadeiramente se vão “apercebendo” neste ensino, do que vão “aprendendo?”.

Nas comemorações do 10 de junho, no Peso da Régua, o procedimento de um grupo de professores foi “envergonhando” a sua classe e o país, com as suas condutas muito injuriosas e humilhantes, com aquela ideia saloia de retratarem nos seus cartazes o primeiro-ministro com nariz de porco e lápis espetados nos olhos, na visão de António Costa como “racismo”, “foi um tiro no pé da parte dos professores, que se pensam que ganham alguma coisa com isto, não, só perdem”, na opinião de Marques Mendes. Já antes, noutro cartaz, empunhado por uma professora, bem visível, apregoando RESPEITO. Esses professores que se afastaram de condignamente representarem a classe e a professora que empunhava o outro cartaz, como é que vai explicar aos infelizes dos seus alunos o conceito de “RESPEITO?”, lia-se nas redes sociais. O enfado das suas greves, com os sindicatos na teimosia da imediata recuperação do tempo de serviço de 6 anos, 4 meses e 2 dias, congelados no período da crise económica e financeira, levam-nos a perder a razão, pois quantos cidadãos ficaram também com as suas carreiras congeladas? Parece que só existe uma vítima – os professores. Este congelamento do tempo de serviço afeta outros trabalhadores da Função Pública e o ministro da Educação não aceita negociar, pelos reflexos que teria nas contas públicas.

Bom, mas não vou falar mais nos professores, ainda que lhes “reconhecendo” justiça no que vão “reivindicando”, porque para isso teria de ir “mencionando” muitas outras injustiças noutras classes trabalhadoras.

O gerúndio traduz bem a nossa forma de sentir e de agir. Parece que vamos “gostando” desta   fórmula gramatical que nos permite ir “arrastando” as situações e os estados de alma no tempo. Vamos “tendo” dificuldade em ser diretos, assertivos, “de pegar o touro pelos cornos”. Vamos “tentando” contemporizar, “evitando” comprometer-nos, “querendo” sempre um meio-termo, “procurando” as zonas cinzentas em vez de optarmos pelas pretas ou brancas. Somos assim.  Desta feita, o gerúndio está-nos tão entranhado nos genes que nem nos ocorre ser/dizer de outra maneira. Mas há alturas em que temos mesmo de conjugar os verbos nos seus modos mais perfeitos, conforme refere Sofia Barrocas na extinta revista Notícias Magazine. Como o presente e o futuro do indicativo. Não há espaço para condicionais ou conjuntivos sob pena de ficarmos presos aos pretéritos (passados). O país que queremos ser não pode ser conjugado no gerúndio.

No tempo em que ainda fomos “louvando” ações governamentais, passámos depois “diabolizando” tudo, num país “parecendo” ter perdido o norte.

Vai-se “brincando” com os portugueses, sem sentido, numa de finca-pé, e com um governo de maioria absoluta entre sorrisos e beijoqueiras dum presidente da República que quer agradar a Deus e ao Diabo. Que quer ficar bem na foto da futurologia.

Portugal necessita de gentes, com líderes nas vertentes da verdade, em que a palavra confiança deve ser levada muito a sério. E só porque este (des)governo optou por ocupar o tempo numa de brincar às casinhas, queria dizer aos casos e casinhos, não se riam os antecessores, das várias cores políticas, e os que se pretendem perfilar à substituição, porque todos tiveram mais culpa, ou menos culpa, no cartório.

Todos reivindicam, e ninguém exige rigor nas atuações, “ponderando” para que se façam leis para cumprir e não para “faz de conta”. É que passamos o tempo a enervar-nos, “galambando” (permitam-me a acepção desta palavra num neologismo caseiro), em vez do ponto final em João Galamba.

E mais não vou “dizendo”, para não enfadar de tanto gerúndio.

 

João de Jesus Nunes

jjnunes6200@gmail.com

(In “Jornal Fórum Covilhã”, de 12-07-2023)

5 de julho de 2023

A CONTAGEM DOS ANOS NA ERA CRISTÃ



 

Todos nós sabemos que os anos começaram a ser contados a partir do nascimento de Cristo. Dividiu-se assim a história da humanidade em antes de Cristo (a.C.) e depois de Cristo (d. C.).

Como e quando se tomou essa decisão?

Entre outros historiadores, de harmonia com o narrado por Rodnei Domingues, por volta dos anos 600 d.C. imaginou-se considerar a data de nascimento de Cristo com o ano zero.

O monge Dionísio, o Pequeno, que viveu no século VI, foi quem se preocupou e quem estabeleceu a data de nascimento de Cristo, fixada então em 25 de dezembro de 753 da fundação de Roma.

A Igreja acolheu a data de 25 de dezembro como o dia do nascimento de Jesus Cristo porque o dia de Natal se sobreporta, assim, às celebrações do solstício de inverno e à festa de Mitra, deus da luz, que os antigos festejavam juntamente nesse dia. Assim, a Igreja cristianizou essas festividades pagãs, fornecendo-lhes simbolismos cristãos e uma nova linguagem cristã.

A fonte cronológica relativa ao ano do nascimento de Cristo é uma passagem do Evangelho de Lucas (2,1-2). Segundo essa passagem, naqueles dias, apareceu um edito de César Augusto ordenando o recenseamento de todo o mundo habitado. Esse recenseamento foi o primeiro realizado quando Quirino era governador da Síria, com o alistamento de todos, cada um em sua própria cidade. Nessa época, consta que José saiu da região da Galileia, da cidade de Nazaré, para a região da Judeia, para a cidade de Davi, chamada Belém, a fim de se inscrever no recenseamento com Maria, sua esposa, que estava grávida.

Mateus (2,1-2) acrescentou a estrela dos Magos à narrativa e, sobretudo, colocou o nascimento de Jesus no tempo do reino de Herodes, também mencionado por Lucas (I,5), indiretamente.

A partir dessas fontes e depois de muitos cálculos, Dionísio pensou que poderia estabelecer o ano preciso da morte de Herodes – consta que Jesus nasceu no ano em que Herodes morreu. Mas se enganou, pois o soberano morreu certamente no ano 4 a.C. É ainda mais difícil estabelecer o tempo exato do recenseamento de Quirino, que aconteceu, de qualquer forma, entre os anos 7 e 6 a.C.

O sistema estabelecido por Dionísio foi adotado muito lentamente. Pode-se dizer que só se difundiu realmente no século IX d.C. (no tempo de Carlos Magno). Hoje, os historiadores concordam em considerar que Cristo nasceu cinco ou seis anos antes do que propõem os cálculos do monge; portanto, o nosso milénio terminou antes que nos déssemos conta. Mesmo assim, a datação do nascimento de Cristo, impôs-se em todo o mundo, independentemente da religião praticada. Para os muçulmanos, o ano de 622, teoricamente o primeiro da sua era, foi substituído pela contagem à maneira ocidental.

Portanto, todas as nossas dúvidas, são ligadas à convenção da Igreja e ao cálculo – ainda que errado – de um monge medieval.

Todas as citações hodiernas que envolvem datas são influenciadas pelo nascimento de Cristo. Por isso, normalmente, dizemos 200 depois de Cristo (d.C.) para falar do ano 200 após o nascimento de Jesus ou também 100 antes de Cristo (a.C.), quando queremos citar um evento acontecido 100 anos antes do nascimento de Jesus.

Esse modo de marcar os anos a partir do nascimento de Cristo começou a ser praticado no século V, graças ao monge Dionísio, o Pequeno. Até essa data, o ponto de referência para a história era o ano da fundação de Roma, em 753 antes de Cristo. Basicamente, quando Jesus nasceu era o ano 753 da fundação de Roma. Esse resultado foi aquele alcançado pelos cálculos do monge Dionísio. O ano 753 da fundação de Roma foi então definido como ano 1. O ano anterior foi definido como ano 1 antes de Cristo (não existe o ano 0!).

Hoje em dia sabemos que os cálculos de Dionísio não foram exatos. Sabemos que Herodes, que tentou matar Jesus depois que recebeu a visita dos Reis Magos e fez com que a Sagrada Família fugisse para o Egito, morreu no ano 740 da fundação de Roma, ou seja, 4 anos antes do ano 1, aquele calculado como o ano do nascimento de Cristo. Todavia Herodes não pode ter morrido antes de Cristo. Por isso, apesar de ser quase incrível, é bastante segura a tese segundo a qual Jesus teria nascido cerca de 5 anos antes do ano 1, ou seja, Jesus nasceu no ano 5 antes de Cristo.

 

João de Jesus Nunes

jjnunes6200@gmail.com

(In “O Olhanense”, de 01-07-2023)

Entrevista à Rádio Fórum em maio de 2023 - Algo mais que o constou da entrevista

 

JOÃO DE JESUS NUNES

Nasceu no lugar da Pousadinha, freguesia de Aldeia do Carvalho, atualmente, Vila do Carvalho, do concelho da Covilhã, no dia 28 de março de 1946. Casado há 53 anos, tem dois filhos e quatro netos.

Estudou na Escola Industrial e Comercial Campos Melo da Covilhã, e, mesmo antes de ter concluído o Curso Geral do Comércio e Exame de Aptidão Profissional. exerceu várias funções, ainda enquanto estudava, como trabalhador-estudante, sempre na área administrativa, como empregado de escritório. Depois, aos 17 anos, foi funcionário e progrediu na carreira para o quadro vitalício da Câmara Municipal da Covilhã, com a nota mais alta, até que surgiu o serviço militar obrigatório onde foi integrado no Curso de Sargentos Milicianos.

Após o regresso do serviço militar, ainda passou pelos escritórios de uma empresa no concelho do Sabugal, passando depois a exercer as funções de gerente da delegação duma seguradora, na Covilhã, atividade que nunca mais largou, terminando como empresário em nome individual, até à sua aposentação, nesta última atividade, num total de 40 anos.

Efetuou vários cursos profissionais e participou em muitos seminários e cursos de formação, alguns dos quais ministrou. Em representação do ISP (atualmente ASF) foi nomeado para fazer parte do júri de exames a mediadores de seguros.

Foi convidado para participar nalgumas Conferências, sobre assuntos ligados à vida cultural, e também no âmbito do jornalismo, em Casas de Cultura e na Universidade da Beira Interior.

Dedicou-se ao dirigismo, onde exerceu alguns cargos entre os quais Presidente da Direção.

Desde os 18 anos que começou a escrever nos jornais, através de artigos de opinião e crónicas, a caminho dos 59 anos de escrita, contando já com 759 artigos dispersos por 32 jornais e revistas da Covilhã, Região Beirã e País, para além de centenas de referências aos seus trabalhos em cinco periódicos nacionais e um espanhol.

Publicou já 12 livros, de âmbito monográfico e biográfico, e criou duas revistas.

Atualmente é cronista permanente num semanário, num quinzenário, num trissemanário e esporadicamente escreve noutros periódicos regionais.

 

E-mail: jjnunes6200@gmail.com

Blogue: www.https://entre-as-brumas-da-memoria.blopspot.com

A MINHA AÇÃO CULTURAL

Sempre gostei de escrever, influenciado pela minha vivência na antiga Biblioteca Municipal, ao Jardim, onde passei grande parte da minha meninice e adolescência. Era aí que meu Pai trabalhava com a responsabilidade de abrir e encerrar a mesma, o atendimento dos leitores procurando saber o que pretendiam, numa altura de forte iliteracia, na entrega dos livros e jornais solicitados, e de todo o arquivo e trabalhos inerentes. Desempenhava muitas vezes o lugar de bibliotecário, nas longas ausências da primeira bibliotecária que conheci – a Drª. Maria José Borges, nos anos 50 do século passado. Só mais tarde veio a nova bibliotecária, Drª. Maria Celeste de Moura.

As novas tecnologias ainda nem por sonhos tinham emergido. O meio universitário era inexistente, pois só o havia em Lisboa, Porto, Coimbra e Évora.

Havia a Escola Industrial e Comercial Campos Melo, com cursos muito vocacionados para a indústria local enquanto o Liceu só mais tarde passou a Nacional. Quem quisesse prosseguir via universitária teria de ter as algibeiras bem recheadas para se poder deslocar para fora da Covilhã. Aqui havia ainda o Colégio Moderno onde os estudantes podiam ir até ao 7º ano nessa altura, contrastando com o Liceu que só prosseguia até ao 5º ano, assim como a Escola Industrial, com a sua equivalência.

Como o meu Pai, antes desta atividade fora professor primário, foi ele que me ensinou a ler e a escrever, pois eu, na Primária, no Asilo, entrei logo para a 2ª classe. Terminada a 4ª classe (a obrigatoriedade escolar na altura terminava aqui) fiz exame de admissão ao ensino secundário que efetuei na Escola Industrial, e fiquei aprovado. Aqui, na Escola Industrial, iniciei o Ciclo Preparatório e vim a concluir o Curso Geral do Comércio e respetivo Exame de Aptidão Profissional.

Meus País vieram a ter uma prole de filhos, habitual para a época. As dificuldades económicas eram enormes. Não conhecíamos o que era ter férias e as nossas algibeiras andavam vazias, pois não havia hipótese de qualquer tipo de semanada. Então, incuti no meu Pai a ideia de arranjar um emprego e passar a estudar à noite. Assim sucedeu. Tive de fazer um exame de transição que me obrigou a estudar, naquele calor de verão, o livro do 2º. Ano da História Geral e Pátria, sem qualquer apoio de um professor. Estudar num mês e meio a matéria que se dava num ano. Para além de também ter de fazer exame a Francês. Isto para não atrasar um ano, já que à noite o Curso tinha mais um.

Os jovens de hoje não sabem destas dificuldades, como sói dizer-se: comer o pão que o diabo amassou.

Mas a minha veia para a escrita foi emanada do ensino de meu Pai, da vivência na biblioteca municipal, atento a tantos estudantes que por ali passaram, e que hoje vejo pelo país fora, com cursos superiores, aposentados; e outras figuras de proa que por ali conversavam com meu Pai, por quem tinham enorme consideração e respeito. Note-se que ele foi professor da 4ª classe, em Casegas, na Primária, do falecido Cónego José de Almeida Geraldes, antigo diretor do Notícias da Covilhã (NC), e do poeta, escritor, professor universitário aposentado, conhecido dos meios televisivos, Prof. Dr. Arnaldo Saraiva, além de dois padres jesuítas.  Os professores de excelência que tive na disciplina de Português, levaram-me ao desenvolvimento cognitivo, qual musa inspiradora nas redações ou composições onde geralmente tinha nota elevada.

É que, meu Pai, nas poucas horas vagas que tinha do serviço na Biblioteca Municipal, esticava o tempo ao tempo e ainda lecionava Cursos de Educação de Adultos, também a preparação para os exames de admissão ao Secundário, situação que existia na altura (a obrigatoriedade do ensino terminava na 4ª. classe, como referi), conseguiu que, pela primeira vez, fosse criado um Curso de Adultos na Cadeia Comarcã da Covilhã, destinado a meu Pai que foi ali o primeiro professor a exercer.

Com 17 anos era administrativo na Câmara Municipal da Covilhã. Concorri ao que havia na altura da minha categoria, tirei a nota mais alta e, entretanto, chega o Serviço Militar Obrigatório. Guia de marcha para Tavira, para o Curso de Sargentos Milicianos, onde me acompanharam antigos Colegas da Escola Industrial (dois já falecidos), e lá fui encontrar outros. Daqui, para Leiria, onde acabei por ficar colocado em terras do Lis, mas distante da Covilhã. Era uma unidade militar – o RAL 4 – junto ao castelo, onde iam chegando covilhanenses que ali iam tirar a especialidade de escriturário, e eu tirei a de amanuense. Vários deles passaram pela formação que eu ali estava a ministrar – datilografia.

Mas a família e o namoro faziam com que eu desenvolvesse esforços para ir para mais perto de casa. E assim, guia de marcha “sem despesas para a Fazenda Nacional” para a Guarda. No RI 12 fui encontrar mais covilhanenses, uns mais velhos que eu, antigos Colegas da Escola: o Eduardo Prata, o Bicho Nogueira, o Nuno Rato, do Teixoso; outros mais novos, como o José Marques Abrantes. Também lá se encontrava o António José Fazenda que jogava no Sporting da Covilhã, tal como o Eduardo Prata.

Como esta Unidade Militar tinha um boletim informativo, toca de me intrometer e fazer o meu primeiro artigo, fora da Covilhã, em Fronteiros da Beira.

Após 42 meses de vida militar obrigatória, chegou a vez de dar o salto para a vida civil, e regressar à Câmara Municipal.

Enquanto escrevia no NC, algumas vezes com receio da PIDE, face a algumas minhas críticas, tratei de nova vida para o setor privado, indo trabalhar durante um ano para uma empresa do Sabugal, e, de seguida, chegava um convite para chefiar a parte administrativa e comercial da Companhia Europeia de Seguros, onde me realizei, passando depois a empresário nesta área, então já com a Liberty Seguros e outras Seguradoras.

Mas o bichinho da escrita mantinha-se com artigos em vários jornais regionais e nacionais, até que, na envolvência do dirigismo duma associação que ajudei a fundar – a APAE Campos Melo -Associação de Antigos Professores, Alunos e Empregados da Escola Campos Melo, incuti naquela Associação que se homenageassem todos os antigos atletas, treinadores e dirigentes do Sporting Clube da Covilhã (SCC) dos tempos da então Primeira Divisão Nacional. Escrevi aos jornais desportivos Record e A Bola, que, na altura ainda não eram diários, num apelo para o evento. Embora tivesse o azar de ser num terrível período financeiro do clube que chegou ao ponto de ter as taças e troféus penhorados, para além das receitas dos jogos, acabou por ser um êxito, com a receção das Velhas Glórias do Clube no Salão Nobre da Câmara Municipal, no dia 28 de setembro de 1991. Tinha-me então comprometido a escrever, ainda que duma forma rudimentar, por falta de dinheiro, dentro do que foi possível na altura, o primeiro livro sobre a História do Sporting Clube da Covilhã.

E a comunicação social nacional dava notícia destes eventos, chegando ao ponto de, numa formação profissional que eu tive em Leiria, o orientador da mesma ter feito referência antes de se prosseguirem os trabalhos, do anúncio dum dos meus livros que tinha saído no jornal O Jogo.

O mesmo aconteceu com os espanhóis que vieram jogar à Covilhã, num Torneio Quadrangular, em que no jornal El Adelanto, de 14 de agosto de 1993, faziam referência a um outro livro que eu iria publicar.

Não havia muitos escritores na altura e a inexistência das novas tecnologias dificultavam a missão. Utilizava a máquina de escrever por falta de computador. As tipografias também ainda não estavam muito avançadas e quando surgiu o primeiro livro com algumas páginas a cor, era necessário empregar várias chapas. Agora é tudo muito mais fácil e económico.

Depois foi uma sequência de publicações, umas de minha iniciativa, em momentos de efemérides, outras a pedido dos responsáveis pelas associações, coletividades e instituições, conhecedores de que quando me pediam e eu aceitava sabiam que não falhava. Este aspeto de confiança na minha pessoa levou-me a assumir compromissos que para mim me ficavam caros em material necessário (jamais levei algo por direitos de autor), mas mormente nas centenas de horas gastas e no desgaste mental, chegando algumas vezes perto do desânimo, mas que jamais quis assumir.

Foi assim que, depois dos três livros sobre a história do SCC (ainda viria a surgir o quarto), veio a ser publicada a História dos Bombeiros Voluntários da Covilhã (BVC), em dois volumes, a convite do presidente da Direção, de que eu fazia parte do Conselho Fiscal.

São obras monográficas que nem todos se arrojam a avançar para uma publicação porque têm imenso desgaste, conforme já referi. E nem todos dão valor ao conteúdo histórico que ali está.

Mas a rainha das minha aventuras de historiar foi na anuência ao convite que me foi feito por um grande amigo, no Restaurante do Sangrinhal, acabando por tudo se decidir exclusivamente com um aperto de mão, sem papeis de compromisso: Fazer a História dos Seguros em Portugal. Depois da minha insistência de incapacidade para tal, face à existência de várias obras por autores consagrados, mas contra a insistência de quem em mim confiava, acabei por perder a cabeça e ceder. Foi a obra que mais me agradou fazer, incutindo-lhe um cunho inédito, “descrevendo a história dos seguros, universalmente e em Portugal, de uma forma surpreendente através do argumento de romance e de uma antologia das mais importantes fontes”. O Documento Antigo – Uma outra forma de ver os Seguros, assim se designa a obra, encontra-se em mais de 150 bibliotecas municipais do País, e também universidades e instituições diversas.

Para terminar, o ano 2022 viu publicar os meus dois últimos livros: Da Montanha ao Vale, e Recordar é Viver, este que é uma adaptação daquele que começou a nascer em 2 de julho de 1967, já lá vão 56 anos.

 

 

 

 

 

 

 

Para além da minha vida profissional na atividade seguradora, primeiro como gestor, depois como empresário, a par do espaço de tempo gasto na literária,

ainda me dediquei ao associativismo, primeiro no dirigismo da APAE Campos Melo – Associação dos Antigos Professores, Alunos e Empregados da Escola Campos Melo, da qual fui o seu segundo Presidente da Direção, depois de a ter ajudado a fundar, e na participação dos grandes trabalhos das Comemorações do Centenário da Escola Campos Melo. Foi aqui que iniciei as minhas primeiras publicações – APAE – Nove anos de atividades culturais e recreativas ao serviço da Cidade e do Concelho, em 1992, depois de ter feito uma Retrospetiva, dos sete anos desta Associação, em 2 de junho de 1990 (que eu não incluo no cômputo dos meus livros publicados). Já em 1991, após a homenagem às Velhas Glórias do SCC, saiu a 1ª edição do livro Subsídios para a História do SCC, em 28 de setembro de 1991 (que, tal como o anterior, também não incluo no cômputo dos meus livros publicados).

No meu mandato de Presidente da Direção criei a revista ECOS DA APAE, de periodicidade trimestral, que passou a ser, pelas direções seguintes, revista anual, a apresentar nas Comemorações daquela Associação.

Depois, nos Bombeiros Voluntários da Covilhã (BVC), numa altura de grande convulsão com os Presidentes da Direção cessante e a eleger, fui eleito, já pela madrugada, Vice-Presidente do Conselho Fiscal, com a presidência neste órgão do meu falecido amigo, Dr. Carlos Barradas. Pretendia o então presidente da Direção eleito, professor Ricarte Anjos de Matos, que fosse o Vice-Presidente da Direção, mas não pude aceitar por desgaste na APAE. Contudo, surgiu-me aqui o convite para escrever a História dos BVC, a qual foi concluída, com muito sacrifício, ao longo de seis ou sete anos, por escassez de tempo, e na tentativa de solucionar polémicas existentes. Saiu uma obra, em dois volumes, muito completa, desconhecendo, na altura, a existência de outra melhor no País.

Liberto um pouco da publicação de livros, mas mantendo a escrita nos jornais, sempre com leitores atentos, viria a publicar, como mais adiante refiro uma obra que foi considerada, mais que um ensaio, um autêntico Tratado de Seguros, inédito, porque lhe foi incutida uma forma romanesca no seu desenvolvimento, com personagens, na sua maioria, covilhanenses.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Conferências e Jornalismo

A convite do Professor Doutor João Manuel Messias Canavilhas, participei num painel, com debate, sobre Jornalismo e Cidadania, na UBI, em 15 de março de 2012.

A convite do Professor Doutor António dos Santos Pereira, participei na Conferência no Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, no Museu dos Lanifícios – Fábrica Veiga, sob o tema “Desporto, Um Património Comum”, em 18 de abril de 2016.

Exposições Temáticas

- 28-09-1991 (durante 30 dias) – Na Sede da APAE Campos Melo – Exposição histórico-documental sobre o Sporting Clube da Covilhã (SCC) e objetos de clubes e federações de todo o mundo, para além de algumas peças pertencentes ao SCC.

- 02 a 16 de junho de 2007 – No Espaço do Museu de Arte e Cultura da Câmara Municipal da Covilhã (reclassificado, atual Museu da Covilhã) – Exposição histórico-documental sobre o Sporting Clube da Covilhã, com todos os objetos que constituíram a exposição anterior, acrescida de mais de uma centena de livros sobre a história de clubes portugueses, bem como de jornais, revistas, variadíssimos objetos e documentação desportiva, e fotos alusivas à coletividade serrana.

Foram ainda expostos todos os desenhos sobre o SCC, incluindo os premiados, do concurso que diligenciei fosse promovido para as crianças da Escola Básica e Jardim de Infância do Rodrigo.

- 18 de abril de 2016 (durante 10 dias) – Exposição sobre algumas figuras, documentos e livros sobre o SCC, conjuntamente com outras do Museu.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PUBLICAÇÃO DE CRÓNICAS E ARTIGOS DE OPINIÃO E REFERÊNCIA DA COMUNICAÇÃO SOCIAL SOBRE OS MEUS TRABALHOS, NOS SEGUINTES PERIÓDICOS:

NOTÍCIAS DA COVILHÃ

FRONTEIROS DA BEIRA (extinto)

JORNAL DO FUNDÃO

A GUARDA

GAZETA DO INTERIOR

SPORTING

RECONQUISTA

O LEÃO DA SERRA (extinto)

A BOLA

O SPORTING OLHANENSE (atualmente O OLHANENSE)

ASSOCIAÇÃO DE FUTEBOL DE CASTELO BRANCO – COVILHÃ DESPORTIVA – I TORNEIO QUADRANGULAR CIDADE DA COVILHÃ (revista única)

ECOS DA APAE

TRIBUNA DESPORTIVA

RECORD

VOZ DO TRABALHO

VERDE E BRANCO – SPORTING CLUIBE DA COVILHÃ (revista única)

VELHAS GLÓRIAS DO SPORTING CLUBE DA COVILHÃ NUM ENCONTRO DE AMIZADE NO FUTEBOL CLUBE ESTRELA DE UNHAIS DA SERRA (revista única)

DIÁRIO XXI (extinto)

O INTERIOR

O COMBATENTE DA ESTRELA

NOTÍCIAS DE GOUVEIA

PORTA DA ESTRELA (penso que já extinto)

ESSENCIAL SEGUROS (depois SELFIE SEGUROS, atualmente FRELANCER)

NOTÍCIAS MAGAZINE (extinto)

VIDA ECONÓMICA (Separata Seguros)

BOLETIM PORTUGUÊS DA SOCIEDADE DE SÃO VICENTE DE PAULO

FÓRUM COVILHÃ (depois JORNAL FÓRUM COVILHÃ)

BOLETIM INFORMATIVO DA CASA DA COVILHÃ Nº. 1

LIBERTY EM ACÇÃO (extinta)

KAMINHOS MAGAZINE (extinto)

EUROPEIA (extinta)

JÁ AGORA (extinto)

AGENDA CULTURAL DA COVILHÃ (extinta)

URBI ET ORBI

EL ADELANTO (Salamanca)

JN

CM

O JOGO

DIÁRIO DE COIMBRA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CRÓNICAS E ARTIGOS DE OPINIÃO PUBLICADOS

ATÉ 15-05-2023

- Inseridos no blogue ...................................................   605

- Conforme discriminação na minha última análise,

Inserida em “Escrever a Caminho de 56 anos” – De

1964 (14 de novembro) a 2020 (16 de janeiro)................  154

- Total .............................................................................  759

 

Tendo em conta o número de páginas escritas (incluindo conteúdo de fotos), dos 12 livros (excluídos os que não considerei para o cômputo), acrescidas das 759 crónicas e textos de opinião, são mais de Cinco mil e seiscentas as páginas escritas ao longo dos 58 anos e meio, conforme abaixo detalho:

 

- Da minha última análise (páginas de livros) .... 4500

- “Da Montanha ao Vale” ....................................   369

- “Recordar é Viver” ............................................    58

SOMA PÁGINAS DE TODOS OS LIVROS................ 4927

CRÓNICAS E ARTIGOS DE OPINIÃO .....................   759

TOTAL ....................................................   5 686

 

 

 

 

 

LIVROS PUBLICADOS

1992 – APAE Campos Melo – 9 anos de Actividades Culturais e Recreativas ao Serviço da

Cidade e do Concelho

1992 – Subsídios para a História do Sporting Clube da Covilhã (com uma 1ª edição em 1991)

1993 – Figuras e Factos do Sporting Clube da Covilhã

1998 – Sporting Clube da Covilhã – Passado e Presente

2004 – A Conferência de São Vicente de Paulo da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição no seu Centenário – 1903 – 2003

2004 – Vida e Obra dos Bombeiros Voluntários da Covilhã (2 volumes – I – Ontem e Hoje, II – Vultos da sua História)

2007 – Sporting Clube da Covilhã na Taça de Portugal – Cinquentenário da sua participação na Final

2010 – Ernesto Cruz – Um Visionário da Indústria – Um industrial do seu tempo

2015 – Breve resenha do Centro de Recreio Popular Estrela Desportiva de São Pedro – 1944 – 1972

2018 – O Documento Antigo – Uma outra forma de ver os Seguros

2022 – Da Montanha ao Vale – As Viagens de um Grupo de Tertulianos

2022 – Recordar é Viver

 

 

 

 

 

FIM

"Paixão pela escrita nunca morre" - Entrevista à Rádio Fórum