11 de novembro de 2010

ERNESTO CRUZ


(In Notícias da Covilhã, de 11/11/2010)

SPORTING DA COVILHÃ FAZ HISTÓRIA



Pela primeira vez na vida da prestigiosa e principal colectividade, não só da Covilhã como de toda a Beira Interior, foi assinalada uma página inolvidável, e diferente, de todo o seu historial, ao longo de 87 anos.

O evento que regista esta estória do clube covilhanense, deveu-se ao facto de, num caso único da sua já longa existência, terem surgido duas listas candidatas à sucessão directiva.

Depois do anterior Presidente da Direcção, e agora vencedor das eleições, ter sido constrangido a demitir-se, e com o surgimento de duas candidaturas, originou que os associados tivessem despertado para o interesse do seu Clube do coração, e, neste contexto, fruto das mesmas se terem envolvido em dinâmicas campanhas eleitorais, jamais vistas, reunindo cada qual figuras pujantes para uma vontade de fazer o melhor pela Colectividade serrana, ficou assim, pela parte dos associados, uma forte expectativa de ver o novo rumo que o SCC vai levar.

Efectivamente, foi a demonstração de que o Sporting Clube da Covilhã é acarinhado, não só na Covilhã e na Beira Interior, como de âmbito nacional, onde se fez eco destas eleições.

Num universo de 2216 sócios com capacidade eleitoral, vieram a votar 1087, ganhando a lista A, por maioria, liderada pelo actual presidente da Direcção que foi reeleito.

Algumas feridas profundas deixadas no âmbito da contenda que levou ao voltar de costas entre o Presidente da Direcção, agora reeleito, e o Presidente da Assembleia-Geral cessante, figura reconhecida internacionalmente pelos seus méritos, serão difíceis de dissipar, muito embora se fale em enterrar o machado de guerra.

Esperemos que o novo líder da Assembleia-Geral não passe a ser uma figura para ser emoldurada, quer dizer, “decorativa”, como pejorativamente o Presidente da Direcção reeleito intitulou o anterior líder deste órgão importante da Colectividade.

É de realçar o facto de, após conhecidos os resultados, toda a equipa liderada pelo candidato vencido, aceitando normal e democraticamente o veredicto dos associados, sem interesses pessoais mas com uma vontade indómita de ver o Clube no lugar que merece, e possuidores dum projecto invejável, se terem comprometido a manterem as suas vontades indómitas, numa perfeita coesão, e atentos, sobre a vida dos Leões da Serra, entronizados na figura do maior Presidente do SCC de todos os tempos – Ernesto Cruz – recentemente homenageado, a título póstumo.

Com a força destas eleições, o grande ganhador antecipado foi o Sporting Clube da Covilhã, pelo que se irá exigir total transparência e disponibilidade para que o número de associados cresça, e o fenómeno desportivo, num espírito ecléctico, floresça no seio do principal Clube da Beira Interior.

Depois desta atitude atenta dos associados do Sporting Clube da Covilhã, jamais os responsáveis pela condução dos destinos da nau serrana poderão defraudar o que prometeram, uma vez que o lugar dos Leões da Serra é na I Liga, duma forma sustentada, o que não quer dizer, que, para que tal aconteça, se tenham que aguardar décadas.



(In “Tribuna Desportiva”, de 2/11/2010; “Notícias da Covilhã” e “Notícias de Gouveia”, de 11/11/2010 e a sair no Jornal “Olhanense”)

10 de novembro de 2010

PROGRAMA DE REFLORESTAÇÃO LIBERTY - 10 DE NOVEMBRO DE 2010



Regressado da Herdade da Murteira, em Mouriscas, do concelho de Abrantes, com os meus companheiros de viagem, Pedro Carrola (Covilhã), Alexandre Nogueira (Fundão) e João Luís (Belmonte), onde, após as nossas plantações de freixos e cupressus, e a constatação da existência de variadíssima vegetação autóctone, como a giesta, rosmaninho, alecrim, esteva e medronheiro, entre outras, e já confortados, neste dia dez de Novembro do ano da graça de dois mil e dez, com o almoço na Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Abrantes, naquela herdade, tenho o prazer de redigir estas linhas, pelo significado especial que, para mim, se reveste.

Diz a sabedoria popular que “um homem só tem uma vida completa quando planta uma árvore, escreve um livro e tem um filho”. Ora, os meus referidos Colegas de viagem, e de profissão, já referidos, predispuseram-se a fotografar-me nas várias fases da plantação, e até o Grande Chefe (Administrador da Liberty, Dr. José António de Sousa) não se esqueceu de referir também o facto…pelo que vão os meus agradecimentos e a certeza que só hoje passei a ser “um homem com uma vida completa”, ou lá o termo que se assemelhe, depois de ter dois filhos, quatro netos, onze livros publicados, vai daí, ajudei a plantar 37 árvores das 2.500.