Neste período da canícula, onde
a Silly Season também se faz sentir, não posso deixar de expressar a minha
admiração pelo diretor deste quinzenário que, não obstante o seu estado de
saúde fragilizado por uma melindrosa intervenção cirúrgica, se esforça por não
deixar que o Jornal O Olhanense se prolongue numa pausa para os prezados
leitores. Contrasta assim com a generalidade dos periódicos regionais que pausam
para férias.
Para o Amigo Mário Proença, vão
assim os votos de rápido restabelecimento.
Na altura em que escrevo esta
crónica ainda não terminaram os Jogos Olímpicos de Verão, que se estão a
realizar em Paris, mas o seu fim aproxima-se.
Os Jogos Olímpicos são
desporto, mas também são palco de muitos romances, incluindo algumas paixões
reais. Os reis pioneiros desta modalidade foram Carlos Gustavo e Sílvia da
Suécia, que se conheceram há mais de 50 anos nos Jogos Olímpicos de Munique.
Seguiram-se outros membros da
realeza: a princesa Ana, do Reino Unido, e Mark Philips; a infanta Cristina de
Espanha e Iñaki Urdangarin; Frederik e Mary da Dinamarca ou Alberto e Charlene
do Mónaco.
Carlos XVI Gustavo da Suécia é
atualmente o rei há mais tempo no trono na Europa e foi o primeiro a conhecer a
sua consorte nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972. A rainha Silvia Sommerlath,
ex-assistente de bordo alemã, mas com ascendência brasileira, é a única rainha
europeia que fala português.
Foi também nos mesmos Jogos
Olímpicos que encontraram a união a princesa Ana, filha de Isabel II e de
Filipe, Duque de Edimburgo, do Reino
Unido, e o capitão do Exército, Mark
Philips, por força das competições equestres, dando seguimento a uma paixão da
família pelos cavalos. Ana viria a tornar-se a primeira atleta olímpica real. Entretanto,
o casal viria a separar-se em 1989 e a divorciar-se em 1992.
Nos Jogos Olímpicos de Atlanta,
em 1996, viriam a conhecer-se a infanta Cristina, filha do meio do rei Juan
Carlos e Sofia, de Espanha, e Iñaki Urdangarin, jogador de andebol, cuja equipa
ganhou a medalha de bronze. Casaram-se na catedral de Barcelona em 4 de outubro
de 1997. No entanto, em janeiro deste ano, o casal divorciou-se.
Nos Jogos Olímpicos de Sydney,
no ano 2000, foi a vez de se conhecerem Mary, australiana, e Frederik, dinamarquês,
na marina de Sydney, horas depois da cerimónia de abertura dos Jogos. Ele era o
príncipe da Dinamarca. Desde o dia 14 de maio de 2004, na Catedral de
Copenhaga, Mary e Frederico X já são reis da Dinamarca.
Chegado o ano de 2006, e então
nos Jogos Olímpicos de Inverno de Turim, é a vez de Alberto e Charlene do
Mónaco se conhecerem.
Charlene Wittstock nasceu na Rodésia, atual Zimbabwe, mas cresceu na
África do Sul e desde cedo se notabilizou na natação. Em 2000, estreou-se nos
Jogos Olímpicos de Sydney como parte da equipa feminina de natação sul-africana
e terminou em quinto lugar. Foi precisamente nesse ano que conheceu Alberto do
Mónaco, no evento Mare Nostrum, organizado pelo principado, no qual Charlene arrecadou
a medalha de ouro nos 200 metros. A experiência olímpica terá sido um dos
pontos em comum entre os dois. Alberto era filho de Rainier III e de Grace Kelly.
A ligação do casal com os Jogos Olímpicos não termina aí. É nos Jogos Olímpicos
de Inverno em Turim, no ano 2006, que escolhem fazer a primeira aparição
pública como casal
Fonte: Público,
Exclusivo Monarquia, Inês Duarte de Freitas.
João de Jesus Nunes
(In “O Olhanense”,
de 15-08-2024)