11 de maio de 2011

QUASE NOS CEM ANOS

Testemunhar sobre um semanário com esta longevidade – o mais antigo da região – é, para mim, especialmente algo de grande afectividade. Nele comecei a fazer a primeira leitura dum jornal, na minha meninice, na antiga biblioteca municipal, onde meu pai trabalhava, e, depois, em casa.

“Notícias da Covilhã” foi quem publicou o meu primeiro texto, há quase meio século! Este semanário acompanhou-me durante o longo tempo de serviço militar obrigatório (levava um selo de cinco centavos, verde-negro, emissão de D. Dinis...) e na deslocação para férias, quando elas eram mais prolongadas…

Comecei depois a conhecer os homens do Jornal, a sentir o cheiro do seu papel, da sua tinta, na consulta atenta das suas páginas, e, nalgumas pesquisas efectuadas, a serem minhas companheiras na luz de muitas das memórias citadinas.

E, quando menos esperava, surgiam ecos de leituras atentas, para além das fronteiras do concelho, numa visibilidade de, afinal, verificar vários assinantes, por esse país fora, e na estranja também.

Numa linha de defesa dos bens citadinos e bem-estar dos covilhanenses, ou dos que aqui se radicam, não deixa de se mover pelas raízes da sua origem que são a defesa dos valores da vida.

Os antigos Directores do “Notícias da Covilhã”, do meu tempo, Padre José de Andrade, Dr. Mendes Fernandes, Dr. José Almeida Geraldes e, actualmente, o Padre Fernando Brito dos Santos, a par dos seus jornalistas e colaboradores, souberam dar um cunho importante nas várias fases de transformação para o desenvolvimento deste importante órgão da comunicação social regional.

O “Notícias da Covilhã” não pode, nestes tempos difíceis que sabe atravessar, transformando-os em oportunidades, deixar de continuar a ser mensageiro da voz dos covilhanenses.

Está, pois, de parabéns, na sua caminhada para o centenário, o prestigiado “Notícias da Covilhã” e todos os seus obreiros.

(In Notícias da Covilhã, de 12.05.2011)

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