12 de setembro de 2012

INDIFERENTES, PELA CIDADE VAMOS ANDANDO


Várias vezes nos acontece, algo de inesperado, um furo num pneu da nossa viatura, ainda que seja um coche novo ou uma bomba de pneus largos e pujantes.

E, vai daí, não nos apercebemos do motivo porque furou, um furinho impercetível, e sempre do lado direito…

Aconteceu-me há poucos meses, a uma velocidade não aconselhável, no Algarve, na autoestrada.

Mas, penso eu de que… se deve também ao desgaste devido a algumas anomalias originadas pela irregularidade dos pisos das calçadas ou junto às bermas das nossas ruas, que, depois, mais tarde, se vai refletir no atrás referido.

Vejamos, por exemplo, a posição em que se encontram alguns paralelepípedos do piso da Avenida 25 de Abril, a seguir à curva junto à Escola Frei Heitor Pinto, em sentido descendente, obviamente que do lado direito. Tive o cuidado de, numa das minhas pequenas caminhadas, avenida acima, verificar in loco o estado do piso. Puxo pelo meu telemóvel e, bumba! – Uma foto!


Estão alguns paralelepípedos em bico, originando danificação dos pneus. Circulando por ali diariamente, bem tento desviar-me…

Convidava os responsáveis pela edilidade a fazerem umas rondas pela cidade, a fim de se aperceberem de pequenos pormenores que se passam, ou existem na via pública, em muros ou edifícios, e que podem pôr em causa o prejuízo de pessoas e bens.

E, outro aspeto, o do inestético, e da perigosidade, como é o caso de alguns recantos de casas demolidas ou a cair, cheias de arbustos e ervas altas, secas, propícias para incêndios, basta uma ponta de cigarro acesa. Para já não falarmos de quintais particulares, devolutos, e não só. Basta tão só subir a Rua Mateus Fernandes!...


E, já agora, seria também de bom tom, que, para além de se poder tropeçar nas ruas, passeios ou estradas, também se evitasse tropeçar no que para aí vemos escrito, nalguns casos, como os dois que apresento, dentre de vários, em que a língua de Camões está muito mal tratada (não se trata de acordo ortográfico, não!), principalmente na nossa Terra que é uma cidade universitária.

Vejam só a placa que identifica o Parque Infantil do Rodrigo, da Comissão de Moradores –  “Sobe a égide”, em vez de “Sob a égide” – ou, então, a placa de saudação a quem visita as Penhas da Saúde, da freguesia das Cortes do Meio – “Benvindo”, em vez de “Bem-vindo”.

Por hoje fico por aqui, antes que apanhe algum tropeção…

(In Notícias da Covilhã, de 12.09.2012)

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