Poderíamos hoje estar a falar
sobre efemérides, pois aconteceu há 50 anos a Primavera de Praga, com a Checoslováquia, então 8.ª potência
industrial do mundo, a ser invadida pelas tropas russas, na noite de 20 para 21
de agosto de 1968. Foram entre 400 a 500 mil soldados do Pacto de Varsóvia a
atravessarem a fronteira. Mas hoje, excetuando a Crimeia, e a ajuda aos seus
apaniguados beligerantes, a Rússia opta por invadir por processos mais
sofisticados, através da Internet.
Poderíamos estar a falar sobre
o Maio de 68, com as greves
estudantis em França, naquela expressão de “É
proibido proibir”.
Poderíamos ainda estar a falar
do assassinato de Martin Luther King, também há 50 anos, Nobel da Paz em 1964,
conhecido como “Gandhi da América”, naquele
fatídico dia 4 de abril de 1968, com o assassino a fugir para Portugal e a
refugiar-se em Lisboa.
Assim, o ano de 1968 foi
repleto de eventos importantes, entre eles invenções que mudaram o mundo,
conflitos que quebraram barreiras e música que ficou para a História. Foram
descobertas científicas, tecnológicas e avanços sociais e políticos que
marcaram aquele ano. Vivia-se um clima internacional pesado devido à Guerra
Fria entre a Rússia e os Estados Unidos. Além disso, também a Guerra do
Vietname ainda estava a decorrer e a primeira aeronave Boeing 747 era lançada
pela primeira vez. Um mundo bastante diferente daquele que conhecemos hoje.
De outros eventos ou memórias,
referem-se alguns casos que se tomam de conhecimento no nosso País, nos dias
que correm, depois de 44 anos do 25 de Abril.
Num ridículo de ganância, inveja
ou de chico-espertismo, – Que raio! –
afinal o que se passa com o Sindicato da PSP? Sindicato?... Não!... São 16
sindicatos, segundo o Diário de Notícias, e 36 mil dias de folga para os 3680 dirigentes
e delegados. “São os próprios sindicatos
a dizer que ‘é uma vergonha’ o que se passa na polícia. Três sindicatos têm
mais dirigentes que sócios”. Eles têm vários nomes. O primeiro a ser criado
e o mais representativo é a Associação Sindical dos Profissionais de Polícia
(ASPP), e, depois, há para todos os gostos: Vertical, Independente, Autónomo,
Livre, Polícias do Porto, e uma mão cheia deles, que, por culpa governamental, não
cria leis para disciplinar esta nova geringonça.
Segundo é referido, o
sindicato mais recente – Organização Sindical dos Polícias –, nascido em
fevereiro, conta com 459 dirigentes e delegados para 451 associados!... “É uma vergonha!” – Quem o diz é o
presidente da ASPP.
Depois, claro, há falta de
polícias em determinadas localidades; vemo-los aos pares em certas ruas, para
quê, quando na rua de cima ou na de baixo não passa lá nenhum?
Os polícias vão comemorar o
seu dia histórico do sindicalismo policial – os “Secos e Molhados” – Recordam-se? Tão só para rir, dos tempos
cavaquistas.
Sentimo-nos mais seguros
quando vemos polícias na rua, ou na estrada, e não nos gabinetes (esse lugar é
para civis). Hoje têm mais urbanidade e cultura que noutros tempos, excetuando
um ou outro caso que se refugia no uso da farda, para um excesso de autoridade.
Entretanto, são mais humanos e menos polícias.
Outro caso que merece reparo
são os distribuidores do correio na Covilhã, conhecidos como carteiros. De quando em vez, e isto
reportando-nos aos últimos anos, com forte incidência no que está em curso, é
um autêntico caos na distribuição, nesta cidade dos lanifícios e universitária,
que deveria ser mais respeitada pelos homens que mais parecem convertidos na
ignorância de não conhecerem o nome das ruas da cidade – e tão só nos reportando
à Rua Mateus Fernandes – com cartas frequentemente a ser entregues em números
de porta errados. Já foram apresentadas várias reclamações por escrito e
pessoais, mas o problema persiste.
Parece vir a propósito, pois
acabamos de ler no Jornal O Gaiato,
de 31 de março de 2018. “Informamos que
desde 2016 até ao presente, mais acentuadamente no ano de 2017, temos
conhecimento que muita correspondência que nos é dirigida, é extraviada,
segundo contacto posterior do Remetente. Apesar de, por várias vezes, o
comunicarmos aos serviços competentes dos CTT, o problema persiste. Esta
situação tem provocado algum desconforto às pessoas que nos escrevem e que, não
obtendo resposta à sua correspondência, ficam alarmadas e preocupadas com o que
fazer, principalmente quando enviaram um cheque como donativo”.
Esperemos que tudo se
recomponha para bem de todos, mas de todos, porque todos necessitamos da boa
prestação dum serviço, seja ele qual for.
(In "Notícias da Covilhã", de 12/04/2018)
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