17 de novembro de 2023

“UMA TERRA SEM POVO PARA UM POVO SEM TERRA”

 

Longe estaríamos de pensar que iríamos viver tempos de reviravolta no planeta, numa enorme agitação entre os povos, guerreando-se freneticamente, causticamente, ao ponto de quando ainda nos encontrávamos virados para a invasão da Ucrânia pela Rússia, (re)começar uma luta feroz entre judeus e uma fação terrorista palestiniana que dá pelo nome de Hamas.

Parece termos voltado aos tempos bíblicos e da história da antiguidade. Para trás ficou-nos o espetro das duas grandes guerras mundiais, que aconteceram com as perdas de milhares de vidas humanas e destruição de património construído, além de outros nefastos problemas. Embora as guerras localizadas, outras que desmembraram países e uniões de países jamais deixassem de existir – Guerra da Coreia, do Vietname, Crise dos Mísseis, Muro de Berlim; e entre judeus e árabes a Guerra dos Seis Dias que possibilitou a Israel expandir o seu território, conquistando a Península do Sinai, a Cisjordânia, Gaza, Jerusalém oriental e as colinas de Golã, não deixou de existir um tempo um pouco “pacífico” ainda que tenha sido durante a Guerra Fria. No entanto, com estas conquistas pelos judeus viria a desencadear-se a Guerra do Yom Kipur, em 1973. Os portugueses encontravam-se envolvidos nas Guerras com as Colónias que terminariam com a Revolução do 25 de Abril de 1974.  Em meados da década de 1980, o novo líder soviético Mikhail Gorbachev introduziu as reformas liberalizantes e com a perestroika encerrou o envolvimento soviético no Afeganistão. Em 1989 foi uma onda de revoluções (com exceção da Roménia) que derrubaram pacificamente todos os governos comunistas da Europa Central e Oriental e em grande parte da África e Ásia. Os Estados Unidos foram deixados como a única superpotência do mundo. A Guerra Fria acabava com a decadência da União Soviética e do bloco socialista. Em 25 de dezembro de 1991, Gorbachev renunciou e a União Soviética foi dissolvida. No seu lugar, quinze nações conquistaram a sua independência, entre as quais a Ucrânia; e o bloco socialista deixou de existir no leste europeu. Esses acontecimentos marcaram o fim da Guerra Fria. Apesar disso, um estado renovado de tensão entre o Estado sucessor da União Soviética – a Rússia, e os Estados Unidos nos anos 2010; bem como tensão crescente entre uma China cada vez mais poderosa e os Estados Unidos e seus aliados ocidentais; passou a ser referido como a Segunda Guerra Fria.

O título desta crónica é uma frase amplamente citada e associada com o movimento para estabelecer uma pátria judia na Palestina durante os séculos XIX e XX. Embora geralmente é assumido ter sido um slogan sionista, a frase foi usada já em 1843 por um clérigo restauracionista cristão e continuou a ser usado durante quase um século por outros restauracionistas cristãos. A frase tem sido vasta em extremo na citação por políticos e ativistas políticos opondo-se às reivindicações sionistas. Na sua declaração de independência de 14 de novembro de 1988, o Conselho Nacional Palestino acusou “forças locais e internacionais” de tentativa de propagar a mentira de que “a Palestina é uma terra sem povo”.  Também o fundador e presidente da Sociedade da Terra Palestina chama a frase de “uma mentira perversa, a fim de fazer o povo palestino ficar sem teto”. No fundo, são resmas de interpretações.

O dia 14 de maio de 1948 dita a fundação do Estado de Israel. Esta fundação não remete ao surgimento de um novo país ou nação. Tal data marcou o ponto máximo da invasão da Palestina pelo movimento sionista, apoiado pelos diferentes imperialismos. Desde então, o povo palestino tem resistido à ocupação do seu território e exigido a sua devolução.

No final do século XIX, surgiu um movimento na Europa, o sionismo, “promovido pela burguesia imperialista e por proeminentes bilionários judeus”. Na Palestina, durante muitos séculos, a maioria da população árabe coexistiu pacificamente com uma pequena minoria judaica. O sionismo destruiu essa situação desde que começou a pôr em prática o seu plano de “colonização” e ocupação militar daquele território.

“Com a ajuda direta do imperialismo britânico, que era amo e senhor da região, o sionismo difundiu a falsa ‘história’ das terras vazias, que voltaram às mãos dos seus legítimos habitantes desde os tempos bíblicos”. Na realidade, milhões de palestinianos viviam ali ao lado da pequena minoria judaica. A Palestina estava sob domínio inglês desde o fim da Primeira Guerra Mundial. Longas lutas de resistência anti-imperialistas ocorreram em todo o Médio Oriente. Entre as duas guerras ocorreram numerosas insurreições contra os colonialistas britânicos e franceses. O auge da resistência na Palestina ocorreu entre 1936 e 1939, tendo a Inglaterra que mobilizar para lá metade do seu exército, um dos mais poderosos do mundo.

Na década de 1960 foi fundada a Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

Muito mais haveria a dizer sobre os diferendos, as vontades e as lutas destes dois povos – judeus e palestinianos, mas o tempo, o espaço deste quinzenário, e a paciência dos prezados Leitores têm de ser respeitados nos seus limites. Ficamos por aqui.

 

João de Jesus Nunes

jjnunes6200@gmail.com

(In “O Olhanense”, de 15-11-2023)


8 de novembro de 2023

A INVASÃO DOS BÁRBAROS

 

Autêntica barbárie a ocorrida no do dia 7 de outubro, inesperadamente, em território israelita, próximo da fronteira da Faixa de Gaza. Estava-se na manhã de sábado. Um ataque sem precedentes por ar, mar e terra foi lançado pelo grupo palestiniano Hamas que combinou a infiltração de terroristas armados, que passaram a massacrar civis.

Israel, apanhado de surpresa, e o Hamas a utilizar o lançamento de foguetes e a tomada de dezenas de reféns. No início da noite, já Israel contabilizava centenas de mortos e mais de 2.000 feridos.

Aconteceu então durante a festividade judaica de Simchat Torah, situação que ocorreria 50 anos e um dia depois da Guerra do Yom Kippur, considerada o último grande episódio que ameaçou a existência de Israel.  Na ocasião forças egípcias e sírias lançaram uma ofensiva durante o feriado judaico do Yom Kippur, num esforço para recuperarem território que Israel havia tomado durante a Guerra dos Seis Dias, travada em 1967.

Este ataque marca a mais ambicionada ofensiva já lançada por um grupo palestiniano. Nem mesmo a Segunda Intifada, no início dos anos 2000, que deixou mais de um milhar de israelitas mortos em quatro anos, foi palco deste tipo de incursão em massa no território israelita.

O líder do braço militar do Hamas disse que a ofensiva foi uma resposta ao bloqueio de 16 anos a Gaza, aos ataques israelitas nas cidades da Cisjordânia no ano passado, e, entre outros, ao aumento dos ataques de colonos israelitas aos palestinianos e à expansão dos assentamentos israelitas em território palestino.

Os serviços de inteligência de Israel falharam todos: Mossad, que recolhe informações e realiza operações no estrangeiro; a Agência de Segurança de Israel, que controla a segurança interna e nos territórios ocupados; o Aman, responsável pela inteligência militar. Não é normal tanto falhanço e até foram avisados pelo Egipto que o Hamas estava a preparar uma ação em grande escala. Netanyahu considerou que o aviso era uma fake news. Enfim.

Agora Israel está prisioneiro de um dilema. Segundo Jorge Almeida Fernandes, in Público, “após o selvático massacre de 7 de outubro, a opinião pública israelita exprime duas exigências: garantir a libertação dos reféns, a qualquer preço; destruir o Hamas de uma vez por todas”. Mas numa análise dum jornalista do diário Haaretz refere que “O governo israelita deve dizer aos cidadãos, e especialmente aos reféns e suas famílias, a insuportável verdade; não podemos realizar os dois objetivos, libertá-los e destruir o Hamas.”

“O resgate dos reféns é a máxima prioridade”, diz Ayraham Sela, professor de Relações Internacionais na Universidade Hebraica de Jerusalém. “Israel tem uma obrigação para com eles. Já não basta deixar que tenham sido capturados?”.

Michael Milshtein, diretor do Fórum de Estudos Palestinianos na Universidade de Telaviv diz que personalidades do Hamas “são ideólogos que acreditam na jihad e o declaram abertamente. O seu autêntico objetivo a longo prazo é destruir Israel. Eles planearam este ataque desde 2014. Têm um culto pela morte e pelo martírio. Não é por acaso que usam o termo ‘judeus’ e não ‘sionistas’. O Hamas recusou sempre a solução ‘dois estados’.”

Na prática, o 7 de outubro suscitou comparações com a Al-Queda e o Estado Islâmico.

Já Fernanda Câncio, na sua coluna habitual do DN refere que “Israel está então a fazer tudo de acordo com o plano do Hamas, e é impossível que até Netanyahu, o irresponsável, o sem-vergonha, o sangrento, não o saiba. É impossível que o homem que desguarneceu de tropas a zona sul do país, junto a Gaza e ao seu governo de terroristas, para garantir a segurança dos colonatos ilegais, ocupados pelos seus apoiantes de extrema-direita, na Cisjordânia – a ponto de não só permitir um ataque como o de 7 de outubro, mas também de não haver, durante horas, socorro para as comunidades martirizadas –, não saiba que está a fazer tudo segundo a cartilha dos atacantes”.

Mas vejamos o Hamas e Israel à luz da lei internacional. Segundo Patrícia Akester, in DN, “Tanto Israel como a Palestina são signatários das quatro Convenções de Genebra de 1949. Nestas Convenções e nos seus Protocolos Adicionais reside o cerne do Direito Internacional Humanitário, pelo que tanto Israel como a Palestina estão obrigados a cumprir os ditames básicos de um ramo de Direito que visa, no âmbito dos conflitos armados, limitar as barbáries da guerra. Quanto ao Hamas, desde 2007 que governa de facto a Faixa de Gaza e por lá comanda um Exército, encontrando-se indissoluvelmente ligado ao Estado da Palestina e tendo, por extensão, de cumprir as Convenções de Genebra. Além disso, sendo a Palestina signatária do Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional (TPI), a conduta do Hamas cai sob a égide da jurisdição do TPI, que tem competência para julgar certos crimes que ‘chocam profundamente a consciência da Humanidade´”.

António Guterres, secretário-geral da ONU, condenou os “atos de terror” e “sem precedentes” de 7 de outubro perpetrados pelo Hamas em Israel nas frisou que “esses ataques terríveis não podem justificar a punição coletiva do povo palestiniano”. O discurso não foi bem recebido por Israel.

“Os ataques do Hamas não acontecem do nada. O povo da Palestina tem sido sujeito a anos de ocupação (...). Mas as reivindicações do povo palestiniano não podem justificar os ataques terríveis do Hamas. E esses ataques não podem justificar a punição coletiva do povo palestiniano”.

É um tema extraordinariamente sensível, de paixões desabridas, na opinião de José António de Sousa, “em que é preciso saber andar descalço sobre cacos de vidro. António Guterres sempre foi cuidadoso e moderado, e como máximo responsável das Nações Unidas tem de saber unir, não tomar partido. O Hamas é um grupo terrorista que tem de ser erradicado, a população árabe na Palestina não é o Hamas, tem de ser protegida, não pode ser um ‘dano colateral’ no processo de erradicação do Hamas. Israel está na posição difícil de ter de lutar contra um inimigo que utiliza populações civis, crianças, etc. como escudos humanos. É uma luta que Israel tem que lutar com inteligência, e não força bruta, para que o Hamas não ganhe a opinião pública mundial. Acredito que fosse isso que António Guterres quis dizer, e com o qual eu concordo.”. Eu também concordo.

 

João de Jesus Nunes

jjnunes6200@gmail.com

 

(In “Jornal Fórum Covilhã”, de 08-11-2023)


3 de novembro de 2023

RUMAR CONTRA A MARÉ OS INDÓMITOS ALGARVIOS E SERRANOS

 


Em posições nada condizentes com a valia que tanto o Sporting Clube Olhanense (SCO) e o clube da minha Terra, Sporting Clube da Covilhã (SCC), respetivamente 4ª e 8ª filiais do meu clube de sempre – Sporting Clube de Portugal (SCP), representam como históricos do futebol português, fica aqui mais um apontamento de momentos que agitaram desportivamente gentes deste país.

Naquele mês de janeiro de 1962, no Estádio José dos Santos Pinto, na Covilhã, confronto entre as duas equipas para uma jornada do Campeonato Nacional da Primeira Divisão, onde a turma algarvia havia então regressado ao seio dos maiores, depois de ter vencido o Campeonato Nacional de 2ª. Divisão – Zona Sul, deixando atrás de si equipas como o Farense, Vitória de Setúbal e Oriental.

Estávamos na 2ª volta da época 1961/62 e o SCO tornava-se forasteiro do SCC. Já havia vencido os serranos, no seu reduto, na 1ª volta, numa vitória arrancada a ferros, por uma bola a zero, golo de Armando. O guarda-redes era o Filhó (ex-Farense).

Pontificavam nesta época, na 1ª Divisão, equipas como a C.U.F., Atlético, Leixões, Académica, Beira-Mar, Lusitano de Évora e Salgueiros, num total de 14 clubes. Uma vitória contava 2 pontos e não três, como hoje. Não podia haver substituições, a não ser do guarda-redes, por lesão. Entre outras modificações que posteriormente se vieram a verificar como a aplicação dos cartões amarelos e vermelhos. A expulsão dum atleta era por gestos do árbitro, indicando o caminho dos balneários. Isso não quer dizer que não deixava de haver castigos, segundo o que o árbitro registasse no seu relatório.

Neste encontro, o SCC encontrava-se a atravessar um período de castigos aplicados a jogadores, pelo que andou três jogos a jogar desfalcado de algumas peças importantes do puzzle serrano.

Reporto-me ao caso do jogo Leixões – Sp. Covilhã, em janeiro de 1962, que abalou a equipa leonina, os seus dirigentes, a cidade e até o país, como um caso inédito então vivido. O encontro, realizado em Matosinhos, tinha o Beira-Mar também a lutar pela manutenção na divisão maior, tal como o clube serrano. O jogo foi arbitrado pelo aveirense Porfírio da Silva. Os Leões da Serra empenharam-se, entretanto para não perder o jogo, e até estavam a ganhar por 1-0. O árbitro prolongou o desafio mais sete minutos, duma forma tão flagrante que enervou os atletas covilhanenses, porquanto nesse prolongamento excessivo surgiu o golo da vitória do Leixões, quando o resultado se encontrava 1-1, num golo irregular por ter sido obtido em posição de fora de jogo, como igualmente foi forjado o primeiro golo do Leixões.

Da reação dos Leões da Serra, surgiram pesados castigos para os jogadores do Sp. Covilhã: Rita, Couceiro, Lanzinha, Chacho e Palmeiro Antunes, com três jogos de suspensão. Repreensão a Adventino e 30 dias de suspensão ao treinador Mariano Amaro, com 250$00 de multa A reação dos dirigentes leoninos e da própria população da Covilhã foi tão forte que a Federação Portuguesa de Futebol – caso inédito para a época! – levantou alguns castigos aos atletas covilhanenses, como ilibar o capitão Lanzinha de qualquer culpa e o castigo de Chacho foi reduzido de três para um jogo.

”O vasto salão de conferências da sede encheu-se muito antes da hora anunciada e nas ruas de acesso também se comprimiu multidão, compacta, indiferente à chuva e ao frio, olhos e coração postos no terrível dilema criado no seu Clube: manter-se, ou não, na prova máxima com a equipa ‘Reserva’, ou melhor, com os únicos 12 elementos que o Sr. Porfírio deixou fora da alçada da Federação (...)” E, daqui o grito do Ipiranga dos covilhanenses. Registaram-se ecos da imprensa local e nacional (n’“A Bola”, por exemplo) naqueles dias de janeiro de 1962.

“Perante a gravidade da extensão dos castigos impostos e ainda o reflexo do próprio futuro da equipa no Campeonato, a Direção, visivelmente contristada pelo facto da FPF não ter sequer ligado qualquer espécie de importância à exposição acerca das revoltantes arbitrariedades cometidas pelo direto causador de quaisquer excessos, porventura cometidos no supracitado jogo em relação ao aspeto disciplinar, iniciou desde logo uma longa e trabalhosa série de diligências oficiais e extraoficiais que o caso aconselhava”. Todo o desenvolvimento deste caso encontra-se descrito no meu livro “Sporting Clube da Covilhã” – Passado e Presente” – Bodas de Diamante – 1998.

Foi neste contexto que o SCC recebeu o SCO, na segunda volta, em que os castigados não puderam jogar, apresentando-se assim as duas equipas:

Sporting da Covilhã – Alves Pereira; Patiño, Cavém e Lourenço; Lanzinha e Carlos Alberto; Manteigueiro, Adriano, Adventino, Chacho e Amilcar. Olhanense – António Paulo; Rui, Luciano e Nunes; Madeira e Reina; Matias, Campos, Cardoso, Mateus e Armando.

Árbitro – Dr. Décio de Freitas, de Lisboa.

Segundo o primeiro volume do livro “Sporting Clube Olhanense – 90 anos de História – 1912 – 1962”, de Raminhos Bispo, “O intervalo chegou com o marcador em branco. Quer algarvios, quer os serranos, proporcionaram, nos primeiros 45 minutos, um magnifico espetáculo, a decorrer numa tarde amena, sem vento nem frio, sem calor, nem chuva, antes uma temperatura ideal e convidativa para a prática do futebol.

Colocados em vantagem numérica, lesão de Lanzinha, os donos do campo tinham de se desdobrar já que para a muralha defensiva de tanta eficiência apenas dispunham de quatro pedras.

Logo nos primeiros minutos, o Sporting da Covilhã altera o marcador, com dois golos de rajada. Uma jogada do espanhol Chacho, oferece de bandeja ao seu colega Adriano, que inaugura o marcador. Três minutos depois, Reina, ao cortar um centro contrário, faz o esférico entrar na própria baliza”.

Estive presente nesse encontro. Tinha então 16 anos. No final, esperávamos o regresso dos atletas para os seus autocarros, entre sorrisos e palavras simpáticas, os votos de boa viagem.

Foi a partir daqui, naquela esperança de ver o meu clube a manter-se na Primeira Divisão, com os jogadores não habituais a darem tudo por tudo para substituírem os seus colegas punidos, e, no final, a referida simpatia dos forasteiros, que me levou a uma afeição pelo Olhanense, que, tal como outros, já acompanhava pela leitura dos jornais, na antiga Biblioteca Municipal, ao jardim. Mas, principalmente, pelos jogadores que vieram do Algarve, nomeadamente de Olhão, para o clube da minha Terra.

No final desta época 1961/62 dava-se o regresso do Olhanense à Primeira Divisão e a saída do Sporting da Covilhã, que só regressaria ao seio dos maiores volvidos 23 anos.

Espero um novo ciclo de reanimação para as duas Coletividades Históricas, tendente ao seu regresso ao seio dos maiores do futebol português.

João de Jesus Nunes                                                                                          jjnunes6200@gmail.com

 

 

(In “O Olhanense”, de 01-11-2023)