Amigo do SCC
Sou um incondicional amigo do Sporting Clube da Covilhã (SCC) desde a minha meninice.
Sempre me alegrei com as suas vitórias, não só no campo desportivo, mas também em tudo quanto a galhardia desta colectividade continue a contribuir para ser a mais representativa de toda esta vasta região beirã. E, consequentemente, a poder exercer a sua influência cultural, desportiva, do conhecimento e comercial para a região.
Paradoxalmente, sou um sofredor com os maus resultados, nas várias vertentes da vida do clube.
Mas também sou um irreversível incomodado com os que lançam o grito de Ipiranga sem fundamento.
Trabalho feito gerador de amizades
Não vou fazer aqui relato de tudo o que, despretensiosamente, fiz pela colectividade, sem que ninguém mo tivesse solicitado, e sem que tivesse alguma vez pertencido aos corpos directivos da colectividade serrana. Não quero que me atirem à cara a piada da “presunção e água benta toda a gente toma a que quer”.
Mas sinto orgulho por ter conseguido grandes amizades, e o reconhecimento e interesse pelas publicações vindas a lume, sobre o SCC, donde muitos conhecimentos e pesquisas se extraíram. E essas gentes são de várias latitudes deste País, com mensagens gratificantes, procura de informações ou incentivos para prosseguir.
Dos amigos, conto velhas glórias do SCC, e seus familiares, que fui descobrindo pelos cantos do mundo, muito antes das novas tecnologias.
Fui e sou amigo de quem é amigo do SCC, e, embora respeitando a opinião divergente, não agressiva, jamais deixei de actuar de harmonia com o meu pensamento, e por ele respondo.
Um amigo dá continuidade à divulgação do SCC por via de um blogue
Fiquei feliz por ver que um amigo, a quem incondicionalmente apoio, deu continuidade ao meu trabalho em papel, mas pela via dum blogue de excelência, sobre o SCC, e, além de mais, de um grande fervor clubista, sempre em divulgação. Com ele confraternizámos com alguns atletas de outrora.
A Direcção do SCC homenageia-me
Depois de ter ficado sensibilizado com a conduta da Direcção do SCC, que me homenageara no último jantar aniversário do clube, em Unhais da Serra, sem que contasse com ela – longe disso! – e, já antes, em 1994, com a atribuição da categoria de sócio de mérito, fui confrontado com a zanga, num voltar de costas, entre os então presidentes da direcção e da assembleia-geral do SCC.
Zanga entre Presidentes da Direcção e da Assembleia-Geral do SCC
Era amigo de ambos, e de ambos, pela minha parte, continuo a sê-lo, independentemente de pensamentos diferentes.
No confronto, então deliberado, para eleições antecipadas no clube, originárias desta contenda, surgem duas listas.
Convidaram-me para integrar uma delas, e, embora relutante em me incluir em quaisquer corpos gerentes, por indisponibilidades profissionais, acabei por aderir, face à qualidade das pessoas inseridas naquela lista, e ao projecto lançado.
Sabia da minha força de vontade quando me empenho nas coisas e desafio as dificuldades.
Todo o meu interesse era contribuir para dar um rumo diferente ao SCC e colocá-lo, com os pés assentes no chão, no patamar em que o clube serrano deve estar.
Sabia também do meu bom relacionamento com a comunicação social, falada e escrita, não só desta região, como de outras zonas do País.
Veio um emissário da outra lista, pessoa que sempre fora amiga e por quem tinha muita consideração, para um convite direccionado para o Conselho Consultivo e Jurisdicional (CCJ), por indicação do presidente da direcção.
Embora eu tenha informado não me querer envolver em nenhuma lista, face à amizade entre quase todos os seus elementos, acabei por decidir de harmonia com a minha cabeça.
Não queria pensar pela dos outros.
Não me perfilhava na lista que acabou por vencer
Também não me via na equipa da Direcção cessante, por factores que sempre foram de minha rejeição. Sempre pensei ser inconveniente que qualquer elemento dos corpos directivos tivesse interesses instalados, ainda que latentes.
E não compreendia o “ódio” que tinham por uma outra colectividade de prestígio da cidade – a Associação Desportiva da Estação (ADE) – incutindo, inclusive, nalguns associados, a ideia perniciosa do que seria se ganhasse a lista opositora, “em favor da ADE e prejuízo do SCC” – uma autêntica leviandade, que nem o próprio Presidente da Câmara consentiria tal afronta, amigo que é do SCC e da Cidade.
Jamais, eu, integrado numa direcção, consentiria que o SCC fosse prejudicado, a qualquer pretexto. Mas também reconheço que a ADE é uma colectividade covilhanense. Haveria que ser feito um trabalho para que se evitassem “guerras civis” entre as duas colectividades, mas assim o não entende a Direcção.
Envolvi-me assim no entusiasmo reinante, para a campanha de uma das listas, não obstante ter antes alertado, na então assembleia-geral polémica, para que os “beligerantes” reconsiderassem as suas posições, a fim de que o SCC não tivesse que depois andar à procura de um Messias.
Surgiram as eleições
Dirigia-me para a mesa de voto, sem que antes cumprimentasse um grupo de amigos que se encontrava na sala, onde também estava o emissário do presidente da direcção cessante, que me fizera o convite para integrar, na sua lista, o CCJ, e de quem era amigo. Como rezam as normas da boa educação, fui cumprimentá-lo quando, inesperadamente e sem que fizesse qualquer sentido, me negou o cumprimento, dirigindo-me também palavras sem qualquer razão, numa atitude inqualificável. Muitos repudiaram esta sua conduta. Hoje é o vice-presidente para a comunicação social!
Afinal, eu havia cometido o “crime” de não ter querido integrar a sua lista, para o CCJ, órgão que, até aos dias de hoje, ainda não foi constituído.
Espero que este “delito” de eu ter aderido a uma lista opositora, não seja levado à letra como, mais adiante, o caricato director do jornal do SCC levou a minha ironia ao eu me intitular “escrevinhador”, repetindo a palavra várias vezes até se fartar!
O conflito com o jornal “O Sporting da Covilhã”
Já antes, o director do jornal do SCC, cujo periódico ainda não tinha nascido pela quarta vez, me atiçara com as eleições – ele, candidato à direcção da lista que acabaria por vencer, e que só me saudava, quase por favor – dizendo-me, nas vésperas, para não ir votar “na lista da ADE…”, numa errada interpretação da acção da lista que eu integrava. Não gostei desta sua lamentável atitude porque eu não penso pela cabeça dos outros, e, tão só lhe respondi que “não necessitava que me estivesse a ensinar o padre-nosso”, resposta com a qual ficou incomodado.
Os integrantes da lista contrária passaram a ser considerados inimigos por vários elementos da lista vencedora
Surge o SCC com maus resultados e o presidente da direcção diz que é motivado pelas eleições que perturbaram as mentes dos atletas.
A lista perdedora aceitou democraticamente o resultado das eleições mas não deixou de manter um clima de amizade e união em redor de todos os seus aderentes.
O SCC, já depois das águas passadas, continua a não encontrar o rumo certo direccionado para as vitórias, e os jogos seguem-se com derrotas. Todos nos começamos a preocupar e algumas mentes, no seio dos associados, começam a ficar perplexas com esta situação do clube.
O blogue da Rádio Cova da Beira (RCB)
Através deste blogue, várias pessoas afectas ou simpatizantes de ambas as listas, passaram a descarregar as suas mágoas, e a digladiarem-se anonimamente, sob pseudónimos, duma forma mais ou menos atrevida, face aos maus resultados da equipa.
Não é esta a minha atitude e lamento o anonimato.
Sou pelos valores da vida, e, pela minha parte, jamais fui capaz de utilizar esta forma de descarregar as baterias stressantes.
Actuação firme e sempre atento
Independentemente de amizades, sempre tive uma postura, nas várias vertentes da minha vida, de dizer o que penso e criticar sempre que o julgue oportuno, caso se justifique, dando a cara com a minha assinatura e não enlevado pelo anonimato. Cobardia não é comigo.
Assim aconteceu aquando da entrega do primeiro número do jornal “O Sporting da Covilhã”, no jogo entre o SCC e o Trofense.
Não gostei das palavras do presidente da Direcção, em parangonas, na primeira página do jornal, viradas contra alguns sócios, que reputei dirigidas aos elementos opositores à linha da actual direcção, pois disse: “esses detractores que temos que acabar com eles no clube e até nos faziam um favor se deixassem de ser sócios”.
Aquela expressão reportava-se a uma entrevista do presidente à Rádio Clube da Covilhã (RCC), onde aquelas palavras foram ditas, reportagem feita por uma jornalista daquela rádio, inserida nas páginas interiores do referido jornal.
No que concerne à jornalista nada tenho a opor-me, antes pelo contrário, desempenhou como lhe competia o seu trabalho jornalístico, mas o director do jornal do SCC veio defender-se, duma forma ridícula, acusando-me, sem qualquer engenho, de que eu pretendia que a mesma não fizesse o seu trabalho como fez, e então, inclusive, agradecia-lhe o trabalho efectuado. Eu era um censor, na sua mente, como nos tempos da velha senhora – eu que sempre rejeitei tal comportamento social – e então deleitou-se, várias vezes, a referir-se à minha censura, até se fartar no “naco de prosa” como ele se me dirigiu com tal expressão.
Contradição
No interior do jornal apelava-se para que se viessem a atingir os 5000 associados.
Surgiu aqui uma autêntica contradição entre as palavras agressivas do presidente da direcção em relação a alguns associados, e o pedido para que se viesse a verificar o aumento do número dos mesmos.
Ora, ainda eu não tinha o jornal nas minhas mãos e já ouvia comentários negativos ao meu lado, de alguns que liam a primeira página, algo agressiva contra alguns associados, pela forma como este primeiro número surgiu “a lançar farpas”, conforme eu me referi numa crónica sob o título “O Anti-jornalismo”, publicada nos jornais “Tribuna Desportiva” e “Notícias da Covilhã”.
Certo que eu já conhecia de ginjeira o director do Jornal do SCC, não pude deixar de manifestar o meu descontentamento pela forma como não soube evitar, sem aplicar a censura, note-se, que a nódoa caísse no primeiro número daquela publicação, com “pedradas contra alguns associados”, como eu respondi depois ao director do referido jornal, no seu direito de resposta à minha crónica.
As palavras proferidas contra os associados, em destaque, na primeira página, propositadas para entusiasmar os leitores ou para uma apetência pelos próximos números eram evitáveis no destaque porque as mesmas já vinham na entrevista inserida nas páginas interiores do mesmo jornal. Se assim acontecesse, nada haveria a opor, já que não denunciava os propósitos do jornal, e também nada omitia, e não havia motivo a tentar ferir o cronista com a censura, com que tanto se deleitou a registar nas suas respostas.
Não deveria o director dum jornal envaidecer-se, referindo o nome de dois jornais antecessores, com outra designação, só porque num foi director e noutro colaborador, omitindo o primeiro jornal do clube, que bem conhecia, e que foi a primeiro publicado em tempos sem as novas tecnologias, e em cujos números se exprimia o amor ao clube e não o afastamento de associados.
Serei sempre atento e crítico
Tentou o director do jornal do SCC, na segunda resposta à minha, provocar prurido na minha pessoa, alegando ataques pessoais e aplicando termos desapropriados nas sua expressões, que em nada dignificam uma publicação dum clube de prestígio, como é o Sporting Clube da Covilhã, e que não prestigiam um director dum jornal, por menor expressão que a publicação venha a ter.
E não é a atitude que tomou ao tentar denegrir a minha imagem, nas suas lamentáveis respostas, que me fazem esmorecer – antes pelo contrário – pois sou crítico, com a minha pena e agora pelos meios tecnológicos, dentro do espírito construtivo, há quase meio século, em várias publicações regionais e nacionais.