É já comum a constituição de associações de “antigos”, com base no desejo do ressurgimento de amizades de outrora, na memorização dos bons velhos tempos ou outras facetas da vida. E os desejados surgem, muitas vezes, só ao fim de três ou quatro décadas. Com alegria vêm também as fotos amarelecidas com o tempo, a preto e branco, dando lugar ao reavivar desses tempos.
Mesmo sem a constituição oficial de uma associação, surgem, quantas vezes, os encontros periódicos de amigos, e, neste âmbito, vou situar-me tão só nos de antigos alunos, obviamente que do antigo ensino secundário, pois que o universitário não existia, como nos dias de hoje, diversificado por quase todas as cidades, mas tão só restrito a Lisboa, Porto, Coimbra e Évora.
E, “antigos”, na actualidade, reporta-se mais propriamente às gerações mais velhas de estudantes, situando-se nas de sessenta e setenta.
Assim, nasceu agora, com grande entusiasmo e crescente participação, por via da Internet, “os antigos alunos da Covilhã”: do Liceu, da Escola Industrial e Comercial ou do Colégio Moderno, reunindo-se em volta da Casa da Covilhã, em Lisboa.
Sou um dos que se insere já naquele número, que já vai em 176, com muito prazer. Qualquer antigo aluno da Covilhã, daqueles três estabelecimentos de ensino antigos, pode inscrever-se gratuitamente através do e-mail: antigos.alunos.covilha@gmail.com
Outra associação de antigos alunos, mas aglutinando também os antigos professores e empregados da Escola Industrial e Comercial Campos Melo da Covilhã, de que me orgulho de ter sido um dos sócios fundadores, daquela que foi e é a primeira associação do País, constituída com as características referidas – a APAE CAMPOS MELO – apae.apae@sapo.pt - levou a cabo, no passado sábado, dia 12 de Março, o seu habitual convívio de fados. Reuniu mais de centena e meia de covilhanenses, muitos dos quais se deslocaram de vários pontos do País, dando calor a um ambiente de amizade e de recordação daqueles tempos de outrora.
Foram fadistas covilhanenses, ou da região, os próprios antigos alunos, que deram uma boa animação, tendo sido acompanhados à guitarra portuguesa pelo José Manuel Brito, e à viola por João Carvalho, numa apresentação de Paulo Runa, que se seguiram por esta ordem: Sara Caixinha, Orlando Chareca, Graziela Cosme, Manuel Correia, Manuela Cosme, José Manuel Matias, e sendo a habitual ovação da noite para a jovem médica covilhanense Daniela Runa.
Está assim de parabéns a excelente organização da APAE Campos Melo, que, na falta da presidente da Direcção, por impossibilidade enviou uma mensagem, não deixou a mesma por mãos alheias, vindo assim a desempenhar, como já vem sendo hábito, muito bem o seu papel de organizadores, a Manuela Cosme e o João Ernesto.
No entanto, sabe-se que, como em qualquer associação ou colectividade, as coisas não correm de feição e há dificuldades, pelo que se apela a todos os associados para que no próximo dia 13 de Abril participem na Assembleia-Geral para, entre outros assuntos, procederem à eleição dos novos corpos gerentes. A APAE bem merece.
E, deixo esta resposta da “covilhanense de coração” Eugénia Melo e Castro, em resposta à minha no facebook.
Foi assim que lhe enderecei a minha mensagem, no seu mural: “Sou da Covilhã e ainda me lembro de si, criança, na Escola Campos Melo, na festa do 1.º de Dezembro, com seus pais e seu avô, engenheiro Ernesto Melo e Castro, e também de estar com seu pai no centenário da mesma Escola Técnica, em 1984”, e Géninha escreveu: “que máximo, bons tempos aqueles lá na Covilhã, uma vida que dificilmente se consegue descrever…beijinhos”.
Pois, também beijinhos para a Geninha Melo e Castro e que continue a lembrar-se da Covilhã.
Sem comentários:
Enviar um comentário