Acabaram ainda há pouco tempo as festas dos santos populares, com a participação de muitos covilhanenses nos vários eventos pela cidade distribuídos.
Num desses dias, como noutros mais, no jardim público, num aprazível ambiente em que até os “santos dançam”, na expressão do dinâmico professor Eduardo Cavaco – uma alma das festas populares da Covilhã –, batiam as badaladas anunciando as 23 horas, no sino da igreja de S. Francisco , quando o professor, depois de tangos e de valsas, sorteava o loto. E, entre sardinhas, bifanas, cervejas e tintol, nem se pensava na lixeira que por aí nos vinham trazer à porta.
Entre farturas de falhadas esperanças, adocicadas numa fritura já desesperante, e depois de alguns momentos de expectativa numa outra forma de conduzir o autocarro político nacional, surge o “murro no estômago” do novo primeiro-ministro português.
E, neste lixar dos portugueses, vem a agência de rating – Moody’s – anunciar a revisão em baixa da notação de risco atribuída aos títulos emitidos pela República Portuguesa, para o nada edificante nível de lixo.
Chega-se à conclusão que as agências de rating americanas dizem o que interessa aos americanos, se atentarmos que o nascimento da crise actual teve como consequência o facto da falência do senhor Madoff, imediatamente seguida da falência do enormíssimo banco americano Lehman & Brothers.
E é a fragilidade de vários países europeus que origina um frenesi nas agências de rating.
Se não é o interesse americano, onde é que está a credibilidade da Moody,s, ao direccionar-nos para o lixanço, quando atribuiu uma nota de excelência ao citado banco, que, passado pouco tempo, entrou em falência; assim como idêntica atribuição à Islândia, que, paradoxalmente, entrou na bancarrota?
E, nesta lixadela, (que isto de lixa não usamos para polir o País) vale mais mandá-los às malvas, ou, mais propriamente, para o rating que os parta!
Ou há moralidade, ou comem todos, como soe dizer-se.
Lixo?!
Os europeus não são parvos. Mas é preciso que sejam mais atentos e atrevidos, formando as suas agências de rating, para competir e/ou enfrentar as americanas.
E foram os europeus que, fartos de calor, criaram o bikini há 65 anos, tendo a bailarina Micheline Bernardini vestido o primeiro bikini da história, numa apresentação, em Paris, que deu brado, no dia 4 de Julho de 1946, pouco mais de três mesas após me terem cortado o cordão umbilical.
Esta novidade bombástica, inspirada no Atol de Bikini, uma ilha do Pacífico onde foram feitos testes nucleares, veio deitar para o verdadeiro lixo muitos dos anteriores fatos de banho femininos.
E é também em plena época estival que, volvidos 65 anos deste evento, vem uma agência de rating do Pacífico, e também do Atlântico, deixar-nos lixados com a sua “oferta” de nível de lixo, pelo que apetece dizer: “Que se lixem!”, ou mesmo, “Ide-vos lixar!”.
E, assim sendo, termino como comecei.
Foi interessante ver, pela primeira vez, o excelente aproveitamento das Escadas do Raimundo e do Largo de Infantaria XXI, para uma noite de fados, com comes e bebes… Estão de parabéns os organizadores e compete à Câmara Municipal agarrar esta excelente ideia para os próximos anos, se não nos mandarem para o lixo.
E o meu amigo professor Eduardo Cavaco, também para terminar, vi-o neste último sábado, 9 de Julho, no programa da RTP, “Prove Portugal”, com a apresentação de Carlos Alberto Moniz e a bonita e simpática Ana Galvão (mesmo sem bikini…), verdadeiramente entusiasmado a defender a gastronomia covilhanense e da Beira Baixa, representando a Confraria da Pastinaca (Cherovia) e Pastel de Molho.
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