Chegar à longevidade, nos
tempos que correm, já não nos leva à estupefação. Isto no que concerne ao tempo
das nossas vidas, com uma duração mais longa, apesar de surgirem muitas
exceções nos caminhos de todos nós.
Já fora da generalidade deste
bem humano que, duma forma mais ou menos global, podemos vir a beneficiar,
dependendo também de vários fatores, muitos deles na dependência dos homens,
vamos encontrar outros bens, estes patrimoniais, que podem transcender para uma
parte do imaterial.
E é esse património que, para
se manter firme como rocha, se torna necessário que os homens do leme consigam
manter o barco a flutuar em águas tranquilas, procurando dissipar as
tempestades que agitam a navegação. Assim, para o prolongar dessa vida, as
instituições têm que contar com o trabalho empenhado daqueles homens de rija
têmpera.
E, numa dualidade desse
empenhamento, para o seu bem comum, aí se contam os órgãos possuidores das
veias de comunicação, do sentir das suas gentes, exprimindo no papel, ou agora
nas redes sociais, que, num ápice, chegam duma ponta à outra do mundo, a
transmissão noticiosa, e de âmbito cultural, do que se passou, na memorização
doutrora, no que hoje se faz e conjeturas para o amanhã. Algumas vezes se terão
que passar por tristes e ledas madrugadas.
Ter nascido antes de se terem
completado três décadas do surgimento do futebol em Portugal, e permanecendo
até aos dias de hoje, com sintomas de muita vida, é sinónimo de ter despontado
uma Coletividade com pergaminhos desde os seus primórdios, enraizada naquele nobre
povo, nação valente, evocada por Luís de Camões.
Assim o foi demonstrando, ao
longo de mais de dez décadas de história, para o esplendor das gentes algarvias,
e de Portugal, o Sporting Clube Olhanense.
Tendo já apagado as 104 velas
aniversariantes, vão os nossos votos, dos lados de cá da Serra da Estrela, para
que possa continuar a caminhar fora dos meandros do emperramento e que muitas
glórias venham possibilitar o acender de novas luzes, com o empenho dos heróis
do mar.
Não será menos importante
enfatizar o papel daquela forma de expressão que carateriza os meios de
comunicação social a que se dá o nome de jornalismo.
E é através das páginas da
publicação periódica do jornal “O Olhanense”, ainda que a forma em papel, na
sua generalidade se confronte com a afronta dos online, que os leitores podem desfrutar de grande fulgor cultural,
quinzenalmente. Também para ele, e os seus heróis do mar, nas suas 53
primaveras, sinceros votos de continuidade de longa vida, transmitindo o que de
bom têm merecido as suas páginas.
O tempo passa numa correria
louca, e, como “a vida é um ai que mal soa”, na voz poética de João de Deus,
também tenho o prazer de aproveitar um espaço em “Ecos da Beira Serra”,
memorizando já contar duas décadas com alguns textos e crónicas. Como o tempo
passa!...
O Jornal “O Olhanense” nasceu
em 1963 e eu iniciei o meu contacto com a escrita nos jornais, aos 18 anos, no
ano seguinte ao nascimento deste Jornal, obviamente que para as bandas dos
hermínios.
Nesta dual intenção, as
maiores felicidades para todos os obreiros – heróis do mar – do Sporting Clube
Olhanense e jornal “O Olhanense”.
(In "O Olhanense", de 15-06-2016, com o título "Ainda o Aniversário do SCO e do nosso Jornal)
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