Por vezes as várias ocupações em
trabalhos culturais que estão em fase carente e de alguma pressão para o seu
término não me permitem olhar com uma atenção mais cuidada para os periódicos
onde tenho o privilégio de poder opinar, como é o caso deste excelente jornal,
superiormente dirigido por dois Amigos: o seu Diretor José Isidoro Silva Sousa
e o Diretor Adjunto Mário Proença.
Por isso só hoje endereço os meus
parabéns, não só ao Sporting Clube Olhanense pelas suas bonitas 106 primaveras,
como também ao Jornal O Olhanense pelos seus 55 anos de vida plena de conteúdos
que fazem inveja a muitas outras publicações análogas.
Como é que este serrano, nascido
há 72 anos numa aldeia do concelho da Covilhã teve contacto e se inseriu, como
“colaborador permanente” no Jornal O Olhanense?
Esse facto devo-o a um Amigo,
que não cheguei a conhecer pessoalmente
e que já partiu para o outro lado da vida, Augusto Ramos Teixeira, quando, em
1993, me contactou telefonicamente a propósito dum pedido que coloquei nos
jornais desportivos nacionais para a tentativa de localizar Velhas Glória do
Sporting Clube da Covilhã, o que deu origem ao meu segundo livro sobre a
história do clube serrano, donde viriam a surgir mais duas obras sobre o mesmo,
e a prefaciar e apresentar a quinta de um autor Amigo, no pretérito ano.
Daí que, tendo conhecimento da
existência deste quinzenário, o Amigo Augusto Teixeira me enviou um exemplar e
o contacto com o falecido Diretor Honorário a Título Póstumo, Herculano Valente
(ainda não era diretor) onde passei a, esporadicamente, ver publicados alguns
dos textos enviados, e algumas referências à minha pessoa, na bondade daquele
Homem.
Posteriormente, quando tive
conhecimento do seu insólito falecimento, e que pensaria vir a terminar aqui as
minhas linhas opinativas e informativas, fui agarrado pela mão incentivadora de
Mário Proença para a continuidade, o que faço, com muita alegria, até aos dias
de hoje, tanto mais que, a partir do momento em que este grande Senhor tomou
aos ombros a responsabilidade do quinzenário, o que é certo e verdade é que o
Jornal O Olhanense subiu muitos degraus na sua melhoria, o que dá gosto
colaborar com o mesmo, principalmente para quem conhece os meandros de manter
um periódico a circular regularmente.
Depois, o seu Diretor e meu
prezado Amigo, José Isidoro Sousa, é o único que conheci pessoalmente num
jantar de aniversário do meu clube serrano, que, casualmente, ficou com a
esposa na minha mesa. Mais tarde conheci o Senhor Júlio Favinha.
Como desde os meus 17 anos tive
contacto de escrever nos jornais, inclusive num boletim militar enquanto estive
no serviço militar obrigatório, e, depois, mais assiduamente desde que me
aposentei da minha atividade profissional, com regularidade em dois semanários
e, trimestralmente, no órgão do Núcleo da Covilhã da Liga dos Combatentes, de
que fui subdiretor, geraram-se ainda mais raízes ligadas à escrita.
Em 2014 foi-me solicitado por um
especial Amigo, CEO e Administrador da empresa que representei durante 40 anos,
para escrever a história da atividade que então exercia, que é ancestral,
levando a minha aventura de aceitar tal tarefa a vê-la agora já na mão do
editor, romanceada, tendo passado algures pelo Algarve, pelo que também tem um
bocadinho da colaboração do Amigo Mário Proença, a quem pedi algumas
informações.
E é nesta veia de pensamento que
mantenho acesa a chama da continuidade de transpor para o papel, a expressão do
que sinto, do que penso, do que me rodeia, norteado sempre pela minha linha de
pensamento, mas também na aceitação da opinião democrática dos outros.
E é neste contexto, que se consegue
viajar pelo Portugal de todos nós, e pelo Mundo, através dos órgãos de
comunicação social.
(In "O Olhanense", de 01-06-2018)
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