Realizou-se no dia 2 de fevereiro
(sábado), na Covilhã, a Assembleia Geral deste Conselho de Zona, com os
Vicentinos que na mesma participaram a proporcionar um diálogo muito interessante
face aos temas apresentados.
Efetivamente, foram pontos de
discussão e reflexão sobre a atuação que se tem vindo a desenvolver face aos
muitos problemas na temática da Caridade com a assistência ao cada vez maior
número de casos que chegam a todas as Conferências.
Estiveram representadas todas as
Conferências deste Conselho de Zona: Nossa Senhora da Conceição, Santa Maria,
São Pedro, São Martinho e S. José (Penedos Altos), Canhoso, Tortosendo e Santo
André, da Boidobra.
As dificuldades emergem à porta
de muitos necessitados, cada vez mais na sociedade de hoje, na vertente de
inúmeros casos, que outrora não existiam, mas que são provenientes dos novos
tempos, e que para cada caso foram dados exemplos de atuação no âmbito do
espírito da Caridade.
As dificuldades em conseguir
reunir maior número de Vicentinos, muitos deles já com muitos anos nas
Conferências, onde os jovens têm dificuldade em se afirmar, foi também uma
preocupação sentida.
As várias Conferências Vicentinas
do Conselho de Zona da Covilhã desdobram-se na assistência em várias locais,
muitos deles bem distantes do local da sua Conferência. E há os casos de
estudantes universitários, oriundos das antigas Colónias, a estudar na
Universidade da Beira Interior, bem como alguns de pobreza envergonhada.
Surgiu em 2018 a novel
Conferência de Santo André, da Boidobra, cujos órgãos tomaram posse em novembro.
Embora estejam com grande entusiasmo, encontram-se a dar os primeiros passos, o
que é uma esperança para poderem vir a tomar conta duma zona bastante
carenciada.
De salientar que, na Diocese da
Guarda, é no Conselho de Zona da Covilhã que se mantêm ainda em atividade, cada
vez mais envolvidas nas suas variadas tarefas em prol dos muitos necessitados
que chegam com frequência a cada Conferência, as já centenárias Conferências
Vicentinas, a saber:
- Conferência de Santa Maria
Maior, na Covilhã, fundada em 12 de novembro de 1899;
- Conferência de Nossa Senhora da
Conceição, na Covilhã, fundada em 19 de março de 1903;
- Conferência de São Pedro, na
Covilhã, fundada em 29 de junho de 1905;
- Conferência de São Martinho, da
Covilhã, fundada em 19 de fevereiro de 1911.
O Conselho de Zona da Covilhã,
então na altura designado Conselho Particular, foi fundado em 03 de dezembro de
1910. Este Conselho no início ia encontrando dificuldades na coordenação das
Conferências a que a ele estavam ligadas porquanto tinham poucos membros ativos
para tão grande ação. Foi organizado em 25 de fevereiro de 1921, dependendo do
Conselho Central do Porto, pelo que nessa altura o Conselho da Covilhã, por
sugestão do Prelado, reuniu as Conferências da Covilhã numa só, com a
designação de Conferência da Covilhã. E, na Guarda, a Conferência da Guarda.
Mas tal não deu resultado e, assim, a partir de 1923 voltaram a passar a
funcionar separadamente.
A Conferência mais antiga da
Covilhã – Santa Maria Maior, fundada em 1899 – deu origem à criação do Lar de
São José (na altura designado Albergue dos Pobres), fundado em 1900. Dois anos
após a sua abertura, em 10 de junho de 1902, conseguiu esta Conferência a vinda
das Irmãzinhas dos Pobres para cuidar do Albergue. Há muitos anos que partiram.
João de Jesus Nunes
(In "Boletim Português da Sociedade de São Vicente de Paulo, Ano 113, Nº. 2, Fevereiro 2019)