Não é por demais exagerado
continuar a falar na exemplaridade deste quinzenário, batizado de “O Olhanense”, que neste número completa
cinquenta e seis primaveras.
E porquê?
É que, manter o navio a flutuar em águas
tranquilas, a ser capitaneado e a ter obreiros de voluntariado, não é fácil
seguir a rota, algumas vezes contra ventos e marés.
Pode levar por vezes a alguma
impaciência, ao desânimo, ao invés do lenitivo necessário no sentido do
reconhecimento da justiça que merece quem dá do seu sem esperar nada, no desejo
de jamais encontrar alguém a assobiar para o lado.
No entanto, a força de vontade
desses voluntários, dotados daquele espírito de servir uma causa que lhes diz
muito – o seu Clube do coração, a sua Cidade, a sua Região – leva-os a
transcender do esforço que desenvolvem, algumas vezes em prejuízo da família, e
das suas atividades que os sustentam, para a alma que os anima em ver erguida
uma bandeira que tantos ajudaram a manter flutuando envaidecida da sua missão.
Um jornal não se faz sem apoios
variados, que vai do financeiro (publicidade, assinaturas, aquisição de
exemplares nas bancas) aos incentivos de quem nele trabalha, e, como no caso em
apreço, voluntariamente, já que dos poderes públicos pouco, ou nada, se pode
esperar.
Uma participação de colaboradores
com notícias verdadeiras, entrevista a figuras destacadas na região, crónicas e
artigos de opinião, é essencial, diversificados em vários campos, onde a
vertente cultural deverá ter posição destacada, e banindo de vez as famigeradas
fake news, hoje tão em voga,
principalmente nas redes sociais.
Mas, para que tudo isto aconteça
nas páginas de um periódico, até chegar ao domicílio do leitor assinante, ou da
banca ou lugares públicos onde possa ser lido, dá lugar, tantas vezes a muito
trabalho oculto, se bem que outro, na evidência das ações para que o mesmo se
processe, é neste contexto muitas vezes de alguém que, como sói dizer-se, “faz
das tripas coração”.
Alguns periódicos desapareceram
fruto das intempéries do momento que atravessaram, pelo que se deve fazer jus à
homenagem dos Homens que compõem este “navio” que se mantém em movimento.
É que “O Olhanense” não tem só a vertente desportiva mas insere variados
temas interessantíssimos e verte para o panorama cultural a voz da região
algarvia, como seu baluarte informativo e formativo.
O “O Olhanense” emparceira já com os principais jornais regionais do
País.
Os meus parabéns aos prezados
amigos José Isidoro Sousa e Mário Proença, respetivamente, Diretor e Diretor
Adjunto, envolvendo neles todos quantos são verdadeiros obreiros deste
quinzenário.
(In "O Olhanense", de 15-05-2019)
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