10 de julho de 2019

TEMPO DAS FESTAS, DOS EXAMES E DOS INCÊNDIOS


Ora bem, com muito gosto cá estamos a partilhar com os estimados associados e os leitores em geral mais um número d’ “O Combatente da Estrela”, no início do verão, época do ano mais agradável para a generalidade das gentes deste recanto mais ocidental da Europa, e não só.
Desde o último número até agora, esta instituição em movimento continuou a desenvolver várias atividades entretanto programadas, destacando-se o Dia do Combatente na Covilhã, em 9 de abril; as comemorações do 93.º Aniversário do Núcleo, em 19 de maio; e a 13ª. Peregrinação do Núcleo a Fátima, no dia 16 de junho.
Para muitos de nós tem-nos sido reservado aquele espaço de tempo em que é necessário, no exercício de “motoristas” dos nossos netos, irmos buscá-los à porta das escolas, quer sejam do ensino básico, do preparatório ou do secundário; e, depois, para as atividades extras: basquetebol, natação, música, ginástica, futebol, línguas estrangeiras com incidência no inglês, e por aí fora.
Quem é que haveria de dizer que do nosso tempo escolar, em que nada disto era possível, na similaridade com a idade dos nossos netos, a futurologia se encarregaria das fontes da modernidade, duma expansão galopante do desenvolvimento a nível mundial?!
Junho é o mês das festas populares, e os estudantes têm de saber adaptar-se ao tempo das mesmas com a coordenação do seu tempo de estudo na preparação para os exames que se aproximam.
Começou, logo no dia 1 de junho, com o Dia Mundial da Criança, para no dia 10 de junho se celebrar o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. Chegaria, entretanto, o primeiro dos santos populares, Dia de Santo António a 13 de junho (para mim uma data mítica culturalmente, como sempre venho assinalando), com um interregno para o Dia do Corpo de Deus, assinalado no dia 20 e, em 21 de junho, a entrada do verão. O São João a 24 de junho e por último o São Pedro a 29 de junho.
Mas, atenção, os cotas também têm o seu dia, e eis que a 26 de julho é o Dia Mundial dos Avós.
Depois do frenesim para alguns dos muitos jovens e também dos menos jovens estudantes, passada a época dos exames, vem o descanso merecido de agosto, com alguns dias tórridos contrabalançando com outros em que, segundo o ditado, em “agosto dá o frio pelo rosto”.
Pois é, só que de permeio nestes meses mais quentes surgem as habituais e lamentáveis calamidades dos incêndios florestais que dizimam uma das principais riquezas nacionais e, incrivelmente, até vidas humanas têm sido ceifadas e a sofreram o terror desta grande desgraça.
No dia em que escrevo este texto, o País, através da Comunicação Social, recorda os dois anos em que ocorreu o grande Incêndio florestal de Pedrógão Grande, em 17 de junho de 2017, que causou 64 mortos e cerca de 200 desalojados.
Não ficaria por aqui, e em 15 de outubro daquele mesmo ano foram registados, num só dia, 523 incêndios, que causaram 50 mortos e cerca de 70 feridos. Este foi considerado o pior dia de incêndios de sempre em Portugal. Os piores foram registados na região Centro e Norte, nomeadamente Viseu (distrito mais fustigado) e Coimbra, chegando a entrar dentro de diversas cidades, vilas e aldeias, acabando por destruir dezenas de casas e indústrias.
Já no ano 2018 há a registar, entre outros, um grande incêndio na Serra de Monchique, no dia 3 de agosto, que durou até ao dia 17, consumindo mais uns bons milhares de hectares de floresta, quando no ano anterior se haviam consumido nas chamas, só até outubro, mais de 440 mil hectares de floresta e povoamentos.
Esperemos que este ano a situação seja menos preocupante para o País, que é o mesmo que dizer para todos nós, e para os Bombeiros portugueses.
A este propósito, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Covilhã, vai comemorar no dia 23 de junho o seu 144º. Aniversário da sua fundação, associação gloriosa para a qual tive a honra de escrever a sua história em livro, já lá vai uma década e meia. Como o tempo passa…
João de Jesus Nunes
jjnunes6200@gmail.com

(In "O Combatente da Estrela", n.º 115, Julho 2019)

Sem comentários: