Estamo-nos aproximando da porta
de entrada daquele período do ano próprio da gripe sazonal. Dos costumes, a
precaução. Corpo mais agasalhado. Evitar contágios. Os mais idosos, alguns,
aceitam vacinar-se. Não querem o estado mórbido desta gripe. Houve os anos
precedentes à atual pandemia. Muitos foram os que rejeitaram vacinar-se. Nas
suas mentes, o perigo iminente de uma situação muito grave não se faria sentir.
Chazinho quente com a medicação apropriada resolviam o problema. Podiam solucionar,
ou talvez não, no imediato. Mas veio a Covid-19. A caminho de dois anos com o
nome pomposo de Coronavírus SARS-COV-2. O resultado é sobejamente conhecido do
cosmopolitismo. A dita cuja não abranda. Parecia que sim. Vai-nos enganando.
Com outros cambiantes na sua rota devastadora. Os descrentes da gripe sazonal
convertem-se. Querem agora a ditosa picadela. Não vá o diabo tecê-las. É melhor
prevenir que remediar. Os provérbios continuam na sua sapiência ancestral.
Confinamentos obrigatórios por
toda essa Europa e Mundo fora. Cercas e cordões sanitários. Também por cá, na
Lusa Pátria tal se passou. Entretanto, se ia aliviando por alguns tempos, logo
surgiam aqui e acolá, alguns surtos. Muitos surtos pandémicos.
Procurava-se não haver desânimo.
O deserto era intenso e imenso. Começava a haver a nostalgia de outros tempos. Afinal,
até aqui éramos felizes sem o saber! Nem nos passava pela cabeça o que contaram
os nossos avós. Aqueles do início do século XX. As pandemias dos seus tempos.
Para já não se falar da história da humanidade. Vivíamos agora uma nova
pandemia, com várias vagas. Que saturação!
Só se resolve quando for criada
uma vacina! Mas ela surgiu. Foram, aliás, várias em tempo record. Continuava a contagem
de infetados pelo novo Coronavírus. Também de doentes internados nos cuidados
intensivos e das mortes. Leva-nos para uma situação assustadora.
Um pequeno lenitivo surge em
Portugal. Ao atingir-se a fase de
imunidade à Covid 19, com o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo a dar por
terminada a missão da Task Force do Plano de vacinação contra a Covid-19.
Era já 85% da população vacinada.
Mas há os resistentes que não
pretendem o desiderato da generalidade dos portugueses. São os negacionistas. Nem
a verem a morte à frente dos olhos acreditam! Nem com o impacto dantesco que
houve noutros países, como a Itália.
A vacinação contra a Covid-19 é voluntária. Apenas
é vacinado quem o deseja.
Os casos provocados por este
Coronavírus persistem. A pandemia por COVID-19 ainda não está dominada. A
vacina continua a ser a principal solução para tentar limitar o número de
mortos e internamentos. Nos EUA os
hospitais estão sobrecarregados por surtos graves da variante delta. Os seguros
americanos têm vindo a adaptar-se ao estado da pandemia. Sustentam o tratamento
das doenças, incluindo as hospitalizações. Ser hospitalizado por causa da
COVID-19 nos EUA fica caro. Nesse sentido, alguns hospitais estão a apresentar
contas diferentes aos infetados. Os que têm ou não seguro. Há seguros que
excluem simplesmente estados de pandemia. Evitam-se aumentos do seguro ou
pagamentos diretos ao hospital. As pessoas são incentivadas a vacinarem-se.
A Itália passa a exigir
passaporte sanitário a todos os trabalhadores. Medida aplica-se ao público e ao
privado. Quem não exibir o passaporte sanitário fica impedido de aceder ao seu
local de trabalho. Ou arrisca-se a pesadas multas. Determinação do
primeiro-ministro, Mario Draghi. Acontece a partir de 15 de outubro. São consideradas
ausências injustificadas, incluindo-se nelas os feriados ou de descanso semanal. E isto
apesar de estar excluída a hipótese de despedimento pelo facto de não possuírem
passaporte sanitário.
Por que não adotar esta conduta
também em Portugal?
Estamos na semana em que se sabe
que uma nova subvariante da Delta, a AY.4.2, está a ter grande impacto
epidemiológico. Leva alguns países de novo ao confinamento. A diretora-geral da
Saúde, Graça Freitas tem uma entrevista ao Diário de Notícias. Do ponto de
vista do vírus, “ainda há para saber e em aberto”. As medidas de proteção
individual continuam a ser fundamentais. No Plano Referencial Outono-Inverno
2021-2022 estão previstos três cenários. “O primeiro é o que vivemos,
perfeitamente estável. O segundo é aquele em que a efetividade da vacina começa
a cair. Haverá necessidade de fazer reforços para aumentar a proteção da
população. É o que estamos a fazer agora com os maiores de 65 anos. O terceiro, o pior, é aquele em que
apareceria uma nova variante. Mais agressiva. Com capacidade para escapar ao
nosso sistema imunitário. Estas três realidades têm que estar sempre presentes
até que o vírus termine o seu percurso entre nós.”
Vamos todos ser responsáveis. Não
só para nosso bem como também para os que nos rodeiam.
(In "Notícias da Covilhã", de 04-11-2021)
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