Depois de no número de 1 de
julho ter sido anunciada a troca de funções do então Diretor deste periódico,
estimado amigo Senhor Isidoro Sousa, pelo então Diretor Adjunto, prezado amigo
Mário Proença, surge agora no número de 15 de julho com a função de Diretor, o
que muito me apraz registar.
Desde que tenho o privilégio
de escrever no quinzenário O Olhanense, já vai para um quarto de século,
nunca tive o ensejo de conhecer pessoalmente qualquer obreiro do Jornal, com
uma exceção, abaixo descrita, a começar pelo falecido Senhor Herculano Valente,
com que iniciei a minha colaboração esporádica e do qual não passei de alguns
contactos telefónicos e por escrito.
Quando do seu falecimento e
face à minha perplexidade de continuar a escrever neste Jornal, logo recebi uma
comunicação, não sei se por mensagem, email ou carta, dum colaborador que dava
pelo nome de Mário Proença, animando-me no sentido de que havia quem desse
continuidade a este periódico, com inovações que certamente iriam surgir, pelo
que contava com a minha colaboração.
Num ápice, as brumas se
afastaram das minhas hesitações e houve assim um lenitivo para que eu pudesse
continuar a escrever entre o paradoxo do homem da serra e os das gentes algarvias,
ou seja, de outros horizontes. Fiquei satisfeito. Imediatamente anuí a esse
desiderato, até aos dias de hoje. E muito tenho aprendido, na alegria de ver
muito do que aqui escreve como um genuíno investigador, sempre na sua
simplicidade. Ele traz para as páginas dum periódico local, que também é regional,
o encanto de narrativas, por vezes duma similaridade das que eu algumas vezes
também escrevo nos periódicos da minha região beirã. Coincidências tão
positivas.
Na exceção atrás referida,
tive, sim, o prazer de conhecer pessoalmente o atual Diretor Adjunto, Senhor Isidoro
Sousa, conjuntamente com a esposa, então como Presidente do Sporting Clube
Olhanense, como hoje ainda é o seu ilustre Presidente, num jantar comemorativo
do Sporting Clube da Covilhã, sob a égide do seu Presidente, José Mendes, a
caminho de duas décadas na liderança do clube serrano, a fazer um excelente
trabalho, que convidara vários presidentes de clubes. Estava na minha mesa. Perguntei
quem era o casal, tendo-me informado que eram de Olhão. A partir daí gerou-se
uma amizade por via deste excelente quinzenário.
Com o surgimento do amigo
Mário Proença, este periódico foi sendo renovado com frequência, no âmbito da
sua criatividade, e admiro como tem disponibilidade para fazer sair para os
leitores temas tão diversos, desde a história citadina e do concelho, às
curiosidades e vivências de outros tempos, com que me delicio, pois são
geralmente idênticas a todos os recantos do País.
Sem menosprezar a colaboração
de outros cronistas, que leio atentamente, é da veia intelectual inserida nas
teclas do computador do atual Diretor d’O Olhanense, que saem o
preenchimento de páginas enriquecedoras do seu conteúdo.
Estes dois Homens com Garra,
souberam interpretar a valia dum órgão da Comunicação Social tão importante
para a sua Terra e Região, que deram as mãos, desprovidos de quaisquer egos na
ribalta, tão só o encimar tudo em prol da Coletividade histórica algarvia, das
gentes olhanenses e algarvias em geral, desfraldando a sua bandeira por todo o
País e estrangeiro que compreende e gosta da Cultura.
Parabéns a ambos, aos quais
envolvo num abraço serrano.
João de Jesus Nunes
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