ESTÓRIAS DE UM ARQUIVO JUDICIAL – A
GRANDE DEVASSA E OUTRAS ESTÓRIAS
Este é o segundo livro do juiz
desembargador do Tribunal da Relação de Coimbra, Dr. José Avelino Gonçalves,
que na Covilhã permaneceu vários anos então como juiz presidente do Tribunal Judicial
da Comarca de Castelo Branco, e que na Cidade laneira e universitária, assim
como na região, deixou grandes amizades e reconhecida competência.
Esta valiosíssima obra, obtida
como a anterior, em 2020, da recolha de entre o pó dos sótãos onde os arquivos
se tumulavam, reforça outras estórias quão interessante como de reais que
ficariam para sempre sem qualquer utilidade, não fosse a paciência, sacrifício
e tenacidade deste Homem – Juiz e Escritor – como já me havia referido num
escrito em dezembro de 2020.
Acabei de ler este segundo livro
e, não obstante dentre de algumas horas ir gozar uns dias de férias com a
família, não podia deixar de digitar no teclado do meu computador um breve
apontamento de várias estórias recolhidas pelo amigo autor desta nova
publicação que me seduziu com memórias que, de algumas personagens ou
referências das mesmas me transportaram para tantos assuntos que a esta região
dizem respeito.
Por falta de espaço e de tempo,
porque estou a caminho das duas da madrugada, apenas me reporto a algumas
partes das últimas páginas, entre as quais a quantidade de barbeiros que, quantas
vezes ardilosamente, utilizavam a
medicina indevidamente, como curandeiros, lá para as bandas de Penha Garcia, e
onde o médico escritor Fernando Namora exerceu a atividade clínica em Monsanto.
Sobre a estória d’”O Capelão da
Panasqueira e o casamento de consciência”, meu caríssimo amigo Dr. Avelino, não
me podia deixar de alegrar ao recordar o padre Manuel Vaz Leal que eu e muitos
dos Covilhanenses conheceram muito bem, pois era ele que cantava e fazia os
sermões na Procissão dos Passos, com a sua eloquência e excelente voz.
Durante a minha vida
profissional, numa das visitas às Minas da Panasqueira, tive necessidade de
bater à porta do pároco para indagar algo, e atendeu-me o seu sucessor, o
sobrinho padre Américo, que quando eu era jovem me lembro de ajudar o pároco da
minha freguesia – São Pedro – o padre José Domingues Carreto, nalgumas
festividades e mormente na Visita Pascal.
Depois, a direção do padre Leal
como diretor do jornal O Mineiro.
Muito mais haveria a registar, mas tenho que ficar hoje por aqui.
Parabéns ao Dr. José Avelino Gonçalves por nos ter brindado com mais
esta interessante obra.
João de Jesus Nunes
(In “Notícias da Covilhã” digital,
de 14-07-2022)
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