À Covilhã, que o viu nascer, consagrou grande parte da sua vida, duma forma simples, sem querer dar nas vistas, com uma alma de verdadeiro homem de bem e uma grande dedicação às causas da sua Terra.
Há já bastante tempo que, retirado de qualquer envolvimento no associativismo, víamos este homem, de caminhar lento, do “Repolho” para o seu escritório na Visconde da Coriscada, onde passava o seu tempo, e, depois, a caminho de casa em Santa Maria.
Eram assim os seus dias, depois de ter deixado para trás uma participação em vários organismos, de acção profícua, que a história covilhanense não poderá esquecer.
Foi distinguido por várias instituições, com diplomas de mérito, e pela edilidade covilhanense, onde integrou a Comissão Administrativa após o 25 de Abril.
Quando muitos se apregoam os arautos de acções influentes na vida da cidade ou suas instituições, Sousa Gaspar, na sua simplicidade, de fino trato e saber ser, deixou marcas indeléveis da sua passagem que jamais se poderão apagar.
No Sporting Clube da Covilhã foi incansável na dedicação ao desporto em várias modalidades, numa das quais se integrou como atleta, incentivando para que o mesmo se implantasse verdadeiramente na cidade, patente no lema “alma sã em corpo são”, naquele tempo longínquo em que se projectava o Pavilhão de Desportos para a Cidade.
A sua escrita registou muito da sua sensibilidade pela causa e defesa do Sporting Clube da Covilhã, em páginas da imprensa regional, e não só, dos seus valores e dos vultos do clube das épocas de então, procurando transmitir o que de bom se fazia nesta Cidade em tempos também difíceis, incluindo os das vias de acesso à cidade. Na Direcção, liderou o clube leonino, durante cinco anos, além de participar noutros órgãos directivos.
Quem se abeirava de Sousa Gaspar encontrava sempre um sorriso e, além de mais, palavras de incentivo, sendo um profundo conhecedor do meio citadino.
Nos Bombeiros Voluntários da Covilhã, onde foi Presidente da Direcção durante cinco mandatos consecutivos, deixou a marca de ter sido um dos melhores líderes, emparceirando com o melhor Comandante dos Bombeiros das últimas décadas – Júlio Morão – o que levou à época de ouro daquela instituição, culminando com a construção do então novo quartel.
A Covilhã, que em vários domínios, lhe reconheceu qualidades de excelência, com a atribuição de muitas distinções, perdeu um dos seus dilectos filhos.
(In Notícias da Covilhã e Jornal do Fundão de 29/01/2009)
Também pode ser lido em www.sportingdacovilha.com
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