Estes dias que passaram foram férteis de distracções, onde predominaram alegrias, reflexões e esperança, e, daí, formas proporcionadoras de algum lenitivo para o governo “socrático”, com a populaça a não o incomodar.
Foi mandada às malvas a malfadada crise.
Milhares de benfiquistas deliraram com a conquista do 1.º lugar, no último dia do Campeonato, entronizando um “Jesus” terreno, cantando, gritando, numa berraria histérica, e surgindo o anedotário, aproveitando, inclusive, a vinda de Bento XVI a Fátima.
O próprio Papa, e figuras da Igreja, seriam caricaturados, por vezes abusivamente, no humor benfiquista.
Por cá, a Selecção Portuguesa tem sido o nosso encanto. E nela a esperança de poder levar dos Hermínios aquela força de Viriato, com os ares puros da montanha, para as bandas sul-africanas.
Um acontecimento o qual Carlos Pinto soube muito bem aproveitar, e preparar, para que a Covilhã surja, durante a permanência dos “maiores” do futebol em Portugal, e não só, nos noticiários diários das várias televisões e restante comunicação social.
Na Taça de Portugal, o FC Porto venceu com exiguidade o Desportivo de Chaves, que, da Liga de Honra, baixou à II Divisão B.
Comparativamente, também acontecera com o Sporting da Covilhã, em 2/6/1957, na final com o Benfica, em que o clube serrano também perdeu e desceu à II Divisão, esta nos moldes antigos.
E, falando no clube covilhanense, pregou-nos um susto. O alívio, surgido só depois do final do último jogo, obrigou os forasteiros na Póvoa de Varzim, face à derrota do SCC com o clube local, a permutarem então os olhos pelos ouvidos como as partes mais importantes do corpo.
E seria a vitória do Fátima em Chaves que iluminaria os corações serranos, que, nem por isso, foram colocar uma velinha no Santuário…
Jogou o Pimenta no SCC, mas faltou o sal, para o tempero completo direccionado a uma dinâmica que faltou no relvado poveiro.
Mas as fases finais, aquelas de decisão nos momentos cruciais, têm faltado ao SCC, com algumas excepções.
Vem a propósito recordar que foi em 1964 que o Sporting da Covilhã, então tendo disputado um grande campeonato, esteve quase com um pé na subida à primeira divisão, em confronto com o Sp. Braga.
Recordo os nomes dessa valorosa equipa: Arnaldo, Rodrigues, Nogueira, Graça, Coureles, Couceiro, Lanzinha, Hugo, Biu, Carvalho, Manteigueiro, Madaleno, Amílcar, Leite, Osvaldo.
Na 1ª. Volta, em Janeiro de 1964, com a vitória do SCC sobre o Sp. Braga, alcandorou-se no 1.º lugar, num jogo em que rendeu ao SCC a bonita receita, para a época, de 24.825$00.
Só que em Abril desse ano, na última jornada, exactamente contra o Sp. Braga, o SCC viria a sucumbir com a derrota de 4-1. Subiu o Braga à I Divisão, o SCC em 2.º lugar, seguido do Beira-Mar, Feirense, Salgueiros, Leça, Oliveirense, Famalicão, Boavista, Marinhense, Sanjoanense, Espinho, Vianense e Vildemoinhos.
Foi o ano de despedida de Amílcar Cavem e com o guarda-redes covilhanense, Arnaldo, a ganhar a “Baliza de Prata”, seguido de Rocha, do Beira-Mar, e Balacó, do Peniche (II Divisão – Zona Sul).
Nesse ano subiram à I Divisão o Sp. Braga e o Torriense, em troca com o Olhanense e Barreirense.
A Braga foi uma comitiva de 3.000 adeptos, em cerca de 55 autocarros, numa situação análoga, embora em menor número, à que se deslocou ao Varzim.
Só que a comunicação social, nomeadamente a escrita, da altura, era totalmente diferente da de hoje, com pouco noticiário, em contraste com a exuberância da dos dias de hoje.
Fazemos votos para que este ano, quer a Selecção Nacional, quer o Sporting da Covilhã, sejam bafejados pela sorte.
(In Notícias da Covilhã, de 20/05/2010 e vai sair no Jornal O Olhanense, de 01/06/2010)
Foi mandada às malvas a malfadada crise.
Milhares de benfiquistas deliraram com a conquista do 1.º lugar, no último dia do Campeonato, entronizando um “Jesus” terreno, cantando, gritando, numa berraria histérica, e surgindo o anedotário, aproveitando, inclusive, a vinda de Bento XVI a Fátima.
O próprio Papa, e figuras da Igreja, seriam caricaturados, por vezes abusivamente, no humor benfiquista.
Por cá, a Selecção Portuguesa tem sido o nosso encanto. E nela a esperança de poder levar dos Hermínios aquela força de Viriato, com os ares puros da montanha, para as bandas sul-africanas.
Um acontecimento o qual Carlos Pinto soube muito bem aproveitar, e preparar, para que a Covilhã surja, durante a permanência dos “maiores” do futebol em Portugal, e não só, nos noticiários diários das várias televisões e restante comunicação social.
Na Taça de Portugal, o FC Porto venceu com exiguidade o Desportivo de Chaves, que, da Liga de Honra, baixou à II Divisão B.
Comparativamente, também acontecera com o Sporting da Covilhã, em 2/6/1957, na final com o Benfica, em que o clube serrano também perdeu e desceu à II Divisão, esta nos moldes antigos.
E, falando no clube covilhanense, pregou-nos um susto. O alívio, surgido só depois do final do último jogo, obrigou os forasteiros na Póvoa de Varzim, face à derrota do SCC com o clube local, a permutarem então os olhos pelos ouvidos como as partes mais importantes do corpo.
E seria a vitória do Fátima em Chaves que iluminaria os corações serranos, que, nem por isso, foram colocar uma velinha no Santuário…
Jogou o Pimenta no SCC, mas faltou o sal, para o tempero completo direccionado a uma dinâmica que faltou no relvado poveiro.
Mas as fases finais, aquelas de decisão nos momentos cruciais, têm faltado ao SCC, com algumas excepções.
Vem a propósito recordar que foi em 1964 que o Sporting da Covilhã, então tendo disputado um grande campeonato, esteve quase com um pé na subida à primeira divisão, em confronto com o Sp. Braga.
Recordo os nomes dessa valorosa equipa: Arnaldo, Rodrigues, Nogueira, Graça, Coureles, Couceiro, Lanzinha, Hugo, Biu, Carvalho, Manteigueiro, Madaleno, Amílcar, Leite, Osvaldo.
Na 1ª. Volta, em Janeiro de 1964, com a vitória do SCC sobre o Sp. Braga, alcandorou-se no 1.º lugar, num jogo em que rendeu ao SCC a bonita receita, para a época, de 24.825$00.
Só que em Abril desse ano, na última jornada, exactamente contra o Sp. Braga, o SCC viria a sucumbir com a derrota de 4-1. Subiu o Braga à I Divisão, o SCC em 2.º lugar, seguido do Beira-Mar, Feirense, Salgueiros, Leça, Oliveirense, Famalicão, Boavista, Marinhense, Sanjoanense, Espinho, Vianense e Vildemoinhos.
Foi o ano de despedida de Amílcar Cavem e com o guarda-redes covilhanense, Arnaldo, a ganhar a “Baliza de Prata”, seguido de Rocha, do Beira-Mar, e Balacó, do Peniche (II Divisão – Zona Sul).
Nesse ano subiram à I Divisão o Sp. Braga e o Torriense, em troca com o Olhanense e Barreirense.
A Braga foi uma comitiva de 3.000 adeptos, em cerca de 55 autocarros, numa situação análoga, embora em menor número, à que se deslocou ao Varzim.
Só que a comunicação social, nomeadamente a escrita, da altura, era totalmente diferente da de hoje, com pouco noticiário, em contraste com a exuberância da dos dias de hoje.
Fazemos votos para que este ano, quer a Selecção Nacional, quer o Sporting da Covilhã, sejam bafejados pela sorte.
(In Notícias da Covilhã, de 20/05/2010 e vai sair no Jornal O Olhanense, de 01/06/2010)
Sem comentários:
Enviar um comentário