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Complementarmente, o fadista lisboeta, sobejamente
conhecido, cuja sua ação no âmbito da solidariedade
para com os mais
desprotegidos é muito sensível, e atuante, ofereceu-se para apresentar um
espetáculo no Teatro-Cine da Cidade da Covilhã, a título meramente gratuito, em
favor da Associação de Deficientes da Covilhã, evento que veio a ser um grande
êxito, com a casa repleta de gente.
Estes dois eventos foram distintos, competindo-me
tão só dar
a conhecer o retumbante entusiasmo vivido neste grande convívio dos antigos
alunos do “Asilo”, com Nuno da Câmara Pereira, espelhado nas memórias vividas
de outrora, e na chegada dos “antigos” que éramos cada um de nós. Foi grande,
de facto, pela alma de cada um dos presentes, apesar de como que alguma
contradição pelo facto de terem participado pouco mais que duas dezenas de
antigos alunos, face a sucessivas desistências de última hora. Mas como dos
fracos não reza a história e valem mais poucos e bons, eis o que se veio a
desfrutar deste encontro-convívio.
À chegada, no ponto de encontro, eram visíveis os rostos
risonhos de cada um, ao encontrar antigos colegas da mesma escola, ainda que de
gerações diferentes. Contavam-se peripécias dos tempos da escola primária,
aventuras de outros tempos, para além das reguadas levadas do professor Poeta,
principalmente, do professor Raul, ou de outros.
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Por vezes atravessavam-se
as conversas entre uns e outros, no óbvio de cada um querer memorizar os tempos
de meninos e moços.
Chega a hora de se ir ao encontro das memórias do “Asilo”,
in loco, já com a chave na mão para abrir aquela porta da rua, estreitinha, dos
Combatentes da Grande Guerra.
Uma caminhada, desde o
restaurante até à antiga escola, com fotos pelo caminho. Interregno com uma
passagem de Nuno da Câmara Pereira pela igreja de S. Francisco para visitar os
túmulos de seus antepassados, já que ele é herdeiro da família de Pedro Álvares
Cabral, neto na 16.ª geração.
No Asilo, incumbido que eu
fôra de fazer uma súmula daquela instituição de prestígio, e das suas memórias,
fundada em 9/6/1870; e da sua biblioteca – “a Frei Heitor Pinto” –; foi a vez
de o famoso fadista cantar ali um fado, na sala onde levou reguadas do professor
Poeta, e de fazer algumas considerações muitos oportunas sobre o campo da
solidariedade neste tempo de crise. Seguiu-se uma visita ao pequeno recinto
destinado ao recreio e à instrução da Mocidade Portuguesa, com a foto da praxe.
Foi, de facto, um dia inolvidável.
(In "Notícias da Covilhã", de 24.04.2014)
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