Se bem se recordam, no número
anterior d’O Combatente da Estrela,
escrevi que só com a alma que cada um infunde, dentro da sua missão, se pode
chegar a bom porto, porque o caminho se faz caminhando. E, também, neste
âmbito, assim a robustez de uma publicação.
A divulgação da notícia e dos
textos de opinião, neste contexto, quer seja por via de um jornal, de um
boletim ou de uma revista, terá que ter uma periodicidade no mínimo trimestral,
para que possa ser constante elo de ligação entre os seus habituais leitores e
os seus devotos associados, como no caso do Núcleo da Covilhã da Liga dos
Combatentes. Aqui tem marcado os pontos máximos. Mais: essa forma de publicação
terá que ser enviada graciosamente aos seus associados, pelo correio, no caso
em papel; ou pela via online. Nesta vertente, o Núcleo da Covilhã da Liga dos
Combatentes exerce aqui a exemplaridade de uma das suas missões, com a nota
máxima.
Quantas vezes encontro um antigo
Colega da então Escola Industrial e Comercial Campos Melo, ou um antigo
Camarada das várias unidades militares por onde passei, após décadas de
desencontros, e, qual a minha admiração quando me dizem: “Eu vejo a tua cara
com frequência!...” E à minha pergunta, se é da leitura dos jornais regionais,
a resposta vem direcionada para “O
Combatente da Estrela”.
Casos surgem em que existe uma
publicação anual e só é entregue aos associados no dia do aniversário da
instituição, ficando os restantes associados, residentes por este País fora, sem
qualquer elo de ligação à mesma.
Outro pormenor de enorme atração
em ser associado de uma instituição como o Núcleo da Covilhã da Liga dos
Combatentes (e reporto-me a esta instituição porque é para o seu órgão de
comunicação que escrevo) é o facto de tantas vezes, quando nos encontramos no
dia a dia, geralmente já todos aposentados, podermos dizer ou perguntar: “Vou
ali à Liga!” – “Foste à Liga?” – “Sabes se lá está Fulano na Liga?”. Isto
significa também que uma instituição, com sede e onde há associados, exige a
porta aberta. No caso deste Núcleo, lá vamos, dentro do horário afixado, sempre
encontrando alguém, dirigentes e alguns associados, para a leitura de jornais
diários, de periódicos regionais, de cá, e para além do concelho e do distrito.
E alguma cavaqueira que vem sempre a propósito.
E se algum antigo Combatente
passa para o outro lado da vida, ele surge no próximo número d’O Combatente da Estrela”. Mais uma
missão cumprida: recordar os que partiram. Depois, as várias atividades
exercidas na dinâmica do Núcleo da Covilhã da Liga dos Combatentes surgem,
conforme sempre é divulgado, atempadamente, no espaço de três meses ou ainda
menos.
Para isto é preciso ter aquela
coragem de manter desfraldada a bandeira e não a desenrolar só anualmente em
dia de festa.
Vou terminar estes pingos de
reflexão, não esquecendo que sempre que um associado pretende contribuir para
uma ação cultural, como, por exemplo, a apresentação de uma sua obra,
geralmente alusiva à passagem pelas antigas Colónias, tem o empenho dos
dirigentes do Núcleo para que a possa condignamente apresentar na Biblioteca
Municipal.
Por vezes encontramos por aí
sedes próprias, de portas fechadas aos associados, de instituições em pleno
coração da cidade, onde se podiam fazer várias atividades para o público ver.
A minha especial satisfação neste
número vai no sentido de, como associado, poder anunciar aos leitores e
associados deste Núcleo, ter contribuído com a referida coragem para o êxito,
já assumido por muitos, de uma publicação de grande envergadura, inédita a
nível nacional, sobre a atividade seguradora.
Assim, espero que no dia 8 de
setembro, pelas 15 horas, o Salão Nobre da Câmara Municipal da Covilhã possa
“ser invadido” com muitas presenças, vindas de vários pontos do País, para a apresentação
do meu último livro “O Documento Antigo:
uma outra forma de ver os seguros”.
E porquê realçar este trabalho,
que iniciei em 2014 e me custou centenas de horas de trabalho, do qual rejeitei
receber qualquer importância de direitos de autor?
É que, sendo um livro de aturadas
investigações, destinado não só a estudiosos e a profissionais de seguros, é
também para todos quantos têm a curiosidade de querer conhecer a génese dos
seguros no mundo e no nosso País. Foi,
pela primeira vez, reunido num só volume de 888 páginas e, duma forma inédita,
romanceado, partindo de duas partes: I – Os Seguros, da Antiguidade até ao
Século XVIII; II – Os primórdios do Seguro em Portugal até aos nossos dias.
E é aqui que, na parte romanesca,
estão ficcionadas várias tertúlias, iniciadas em Valbom, Gondomar e Porto,
passando por Leiria, Algarve, e depois Covilhã, Castelo Branco e Lisboa.
Ao longo das tertúlias
romanceadas que suportam as transcrições que dão corpo à obra, as personagens
ficcionadas ou inspiradas em figuras reais desta cidade, atuam de forma a
aligeirar a leitura do texto, criando um romance coerente e com final feliz
contentes com o que aprenderam sobre a evolução dos seguros desde os seus
primórdios.
Pois a Covilhã, com várias
instituições e figuras citadinas, é referida ao longo dos vários capítulos do
livro, no contexto romanesco, onde sobressaem muitas personagens reais, quase
todas covilhanenses, nas várias tertúlias, entre as quais vários elementos do
seio do Núcleo da Covilhã da Liga dos Combatentes, e também da Casa da Covilhã
em Lisboa.
A tal coragem partiu da
iniciativa do então CEO e Administrador da Liberty Seguros em Portugal, Dr.
José António de Sousa, que renunciou ao seu mandato em 31 de maio, depois o ter
anunciado muito previamente, e que me solicitou este trabalho, sendo uma grande
honra o seu prefácio. A apresentação do livro será efetuada pelo novo CEO e
Administrador da Liberty em Portugal, Dr. Rogério Bicho, que igualmente honrará
o autor.
Aqui deixo o apelo para quem
puder e quiser estar presente, certamente não ficará desiludido.
(In "O Combatente da Estrela", n.º 111, de julho de 2018)
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