São notícias do dia-a-dia. Eles
são criminosos, outros ladrões. Há corruptos e traidores. Matam inocentes por
ódio e ambição. Voltam a fazer escravos. Eles são homens sem consciência. Seus
corações são inexistentes e não têm alma. Vivem interiormente como bestas no
cometimento das suas barbaridades. Tragédias ou desgraças são palavras que não conhecem,
ou desejam omitir. Pensam e materializam esse pensamento. São homens sem alma!
Fanatismo é um dos seus ideais. Um humano é como um irracional. A brutalidade,
no desígnio da sua divindade, é duma feroz loucura. Inocentes condenados e
famílias destroçadas. Eles são homens sem alma!
Já vai na quarta vítima dos
jihadistas do Estado Islâmico, com decapitações sob as garras desses terroristas
bárbaros e repugnantes. Depois dos jornalistas norte-americanos James Foley e
Steven Sotloff, seguiram-se no martírio os britânicos David Haines e Alam
Henning, mesmo a trabalhar no voluntariado em organizações não-governamentais,
em prol dos países que lhes dão guarida. Mas os carrascos são homens sem alma!
São mais de trinta mil esses
combatentes do Estado Islâmico que domina uma vasta faixa territorial entre a
Síria e o Iraque, e a sua raiva já não é só sobre os americanos e britânicos,
estende-se também aos franceses e aos ocidentais na sua generalidade, assim
como à Austrália.
Eles aproveitaram a Primavera
Árabe de 2011, e a liberdade das eleições para tentar subvertê-la a seu favor.
Os extremistas islâmicos que proclamaram o califado no Iraque e na Síria apelam
à violência, e violência extremamente feroz, com métodos medievais nas
execuções.
E na aderência a este grupo
terrorista, recrutados muitas vezes por via da Internet, também há ocidentais.
Para além dos ingleses, também franceses, alemães e de outros países, e, como
não podia deixar de ser, consta que há doze jihadistas de origem portuguesa na
Síria e no Iraque. São filhos de emigrantes e vivem na Europa. Consta ainda que
um deles já cometeu em atentado suicida no Iraque. Um é de Trás-os-Montes e
outro, engenheiro de profissão, é de Lisboa.
O autodenominado Estado Islâmico
(EI), que de Estado nada tem, está também agora a atrair mulheres
norte-americanas, recrutadas para serem “fábricas de bébés”, com o objetivo de
aumentar a população do Califado que pretendem criar, fenómeno que já não é
estranho, onde se inserem adolescentes, recrutadas através da Internet.
Ora, que balanço podemos fazer da
luta contra o terrorismo, treze anos volvidos sobre os bárbaros atentados que
mataram milhares de pessoas nas torres gémeas de Nova Iorque? Será que o mundo
está mais seguro? A Primavera Árabe acabou por se transformar num Inverno:
Iraque, Líbia, Síria e Egito caíram no caos. Os que se consideram agora
libertadores ultrapassaram na violação dos direitos humanos os assassinados
Saddam e Kadhafi, e Assad e Mubarak. E se este pretenso Estado Islâmico, entre
o Iraque e a Síria, que se propõe construir um Califado, num desejo de
extermínio de milhares de infiéis que professam uma religião diferente, outro
“Estado Islâmico”, a Sudoeste da Nigéria, dedica-se a raptar meninas que depois
vende a pedófilos, como castigo por terem aprendido a ler e a escrever. Santo
Deus! Qual é a divindade destes loucos, muito próximos dos irracionais?
Ao longo de toda a história
universal encontramos guerras, conflitos, situações geradas e que poderiam ter
sido evitadas. Acabou a Guerra Fria mas logo surgiram novas situações de
conflitos no globo. Temos agora, para além de outras preocupações, o medo do
“Estado Islâmico” (EI) – ou ISIS ou ISIL – que reúne a fação mais radical da
jihad, ou seja, a guerra santa, que, apesar de recente, já se distinguiu pela
sua crueldade e primitivismo.
Tem o Ocidente que fazer um esforço para separar os
países que se envolveram na luta pelo Estado Islâmico, ou pelo Iraque, ou
qualquer outra ambição de conquista ou vingança. E também tem que tomar as
precauções necessárias para que a jihad não penetre no seu território.
(In "Notícias da Covilhã", de 23.10.2014)
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