29 de junho de 2015

QUASE…

Na dinâmica em que se envolveu uma das grandes instituições da cidade Covilhanense que dá pelo nome de “Liga dos Combatentes – Núcleo da Covilhã”, acaba por ver reforçada essa envolvência fruto da nova Direção, então empossada, que reuniu entre si vários Colaboradores interessados no rumo para o êxito.
Atingimos, n’ “O Combatente da Estrela”, já o número que antecede o centésimo, o que é, sem dúvida, de realçar, desde o primeiro que viu a luz da comunicação social no já distante ano de 1988, mês de janeiro. Manter-se-ia com a sua periocidade mensal até maio de 1990; e, depois, numa tentativa de manutenção desta mesma saída regular, com algumas fases mais alargadas, surgiria um hiato com o seu número 61, em janeiro/fevereiro de 1964.
Uns anos mais tarde, sentida a falta deste órgão, viria a ressurgir, com outra dinâmica, agora trimestral, até aos dias de hoje.
Como “CARTÃO DE APRESENTAÇÃO”, inserido no primeiro número, registamos o seguinte: “Chamo-me “O COMBATENTE DA ESTRELA”; tenho a IDADE que hoje teria Viriato; Sou SOLTEIRO, CASADO, DIVORCIADO e VIÚVO; professo todas as religiões, por isso, sou ECUMÉNICO; sou, por inteiro, PATRIOTA, logo, não tenho partido; SIRVO social e culturalmente a comunidade dos vivos; GLORIFICO os que morreram em combate e também não esqueço os que combateram; ABOMINO os desertores e falsários, a quem chamo cobardes!!!”
Consultando todos os números anteriores o leitor pode constatar duma riqueza cultural, nas várias vertentes: história citadina, envolvente da vida dos antigos Combatentes, desporto local, defesa dos interesses da Covilhã, reflexões de combatentes, notícias, entrevistas variadas, e um rol de curiosidades, tudo na base de autodidatas.
Sem qualquer favor trata-se duma publicação que em nada fica aquém de muitas outras que proliferam por este País fora.
Verifica-se o interesse pel’“O Combatente da Estrela” no recrudescer de novos Leitores e também de Colaboradores, sintoma de que estamos no bom caminho.
Criámos duas páginas destinadas a entrevistas com antigos Combatentes, geralmente acompanhadas de fotografias dos locais, nas Colónias, onde prestaram serviço por obrigação, sendo desta forma que muitas pessoas, principalmente as novas gerações, se apercebem que, na História de Portugal, não foram só as grandes batalhas, as conquistas e os descobrimentos que fizeram resplandecer o nome de Portugal, também ainda hoje há heróis, muitos nossos familiares e amigos, merecedores de serem inspirados das páginas dos Lusíadas, “Que eu canto o peito ilustre Lusitano”.
E porque estamos QUASE no centésimo número d’“O Combatente da Estrela” queremos anunciar que o mesmo irá sair como número especial, a fim de comemorarmos todo este trabalho gracioso mas com muito carinho, ao longo dos anos, na colaboração de autênticos autodidatas, conforme já foi referido.
Alguns eventos se irão proporcionar para comemorar os 100 números d’“O Combatente da Estrela”.
Seria de grande injustiça se não informasse que, desde o seu primeiro número, esteve sempre na liderança da responsabilidade pela vida deste periódico o Presidente da Direção do Núcleo da Covilhã da Liga dos Combatentes, e também Diretor do jornal, que, aliás, o tem sido ininterruptamente, desde o seu início.
Para ele não pode deixar de ir uma palavra de gratidão.

João de Jesus  Nunes

(In "O Combatente da Estrela", n.º 99, de maio a setº 2015)


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