Felizmente para muitos de nós,
viventes, podemos expressar-nos na palavra em título. Outros, porém, que também
o desejariam, e sem que contassem com os novos males deste primeiro quarto do
século XXI, precocemente deixarem o mundo dos vivos. Viverão agora noutra vida,
além-túmulo, para os crentes, mas aqui com as suas memórias desta efémera
passagem planetária.
Os nossos familiares e amigos são
os que constam desta listagem de saudade.
Mas como a vida continua,
independentemente de prós e contras, teremos que, tanto quanto possível,
prosseguir no ambiente social, que tanta falta nos fez durante o primeiro
rigoroso confinamento.
Dois dias antes de escrever estas
linhas, deleitei-me num desses encontros de amigos, que a pandemia fez recuar,
onde a D. Purificação, de 100 anos, beirã mas radicada em Lisboa, com uma vida
que também foi de emigrante, fazia-nos aquela inveja positiva, caminhando
sozinha, comendo todas as refeições, onde não faltava o cafezinho com o
“cheirinho…”. Filha e genro que a tratam carinhosamente, nos narram que
diariamente tem que ler o jornal. E gosta de acompanhar as conversas. Numa foto
que lhe tirei dum grupo onde estava inserida, referiu que vissem que ela era a
que estava mais fotogénica… Hilaridade óbvia entre o grupo.
Para as bandas do Tortosendo, em
ambiente de grande amizade, com aquela Figura que um dia me disse, após ter
terminado a minha vida profissional e ter rumado para outro ciclo de vida – “Enquanto
você quiser, manteremos este ‘nosso dia’” – vai a amizade entre vários amigos
com uma Couvada do Natal, com produtos regionais, como antigamente,
selecionados pelo Pedro, de São Jorge da Beira.
E, para que não sejam olvidados
os Covilhanenses radicados em Lisboa, e que brilhantemente honram a sua Terra,
na liderança da Casa da Covilhã, são os seus pontos de reunião, nos almoços das
3ªs feiras, que enchem o espaço, onde não falta a distração e a cultura, num
enlaçar de amizades. Produtos e objetos expostos, tudo se reporta à cidade
laneira. E tão pouco têm sido dados a conhecer os seus eventos, a não ser nas
redes sociais. São Covilhanenses com o corpo na Capital mas que têm o espírito
na Covilhã. Liderada pelo Manuel Vaz Rodrigues, tem na Daniela Runa, médica e
fadista, como vice-presidente e outros valorosos covilhanenses como o delegado
regional, João Romano, o António Chorão, o Elói, o José Assunção Rodrigues, o
Pedro Freire, e outros mais, um forte baluarte na representatividade desta
Instituição covilhanense na Capital, de elevado prestígio.
É desta forma que deixo a última
crónica deste ano, no prestigiado semanário Notícias
da Covilhã, memórias do tempo de Natal, procurando assim afastar os
nefastos tempos pandémicos por que ainda estamos passando em mais um Natal.
Votos de um Santo Natal e Feliz
Ano Novo, para todos os prezados Leitores, e para os que fazem com que o Notícias da Covilhã continue a chegar
semanalmente até nós, e seus Familiares.
(In "Notícias da Covilhã", de 09-12-2021)
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