Cabe a vez de virmos falar duma figura sobejamente conhecida
entre os Covilhanenses, ele também desta génese, comerciante até à sua
aposentação, com estabelecimento que teve na Rua Ruy Faleiro, conhecido por
“Casa da Borracha”, que herdou de seu pai.
Nasceu na cidade dos lanifícios em 10 de abril de 1947, e,
como tantos outros da sua geração, que procuraram estudar no âmbito do ensino
possível para a época, o Fernando optou então pelo Colégio Nun’Álvares, em
Tomar, onde completou o 2.º Ciclo Liceal, sendo que o 3º Ciclo, que não chegou
a concluir, foi no Externato de Santo António, no Fundão, onde era diretor o conhecido
Dr. Menezes. Aqui foi colega dum que se evidenciava – o Gaiolas, mais conhecido
por Salavisa, hoje Coronel da GNR aposentado.
Chegada a altura do serviço militar obrigatório, em tempo de
guerra colonial – a chamada Guerra do Ultramar – Fernando Brito Ferreira foi
incorporado no RI 5, de Caldas da Rainha, em janeiro de 1969, no Curso de
Sargentos Milicianos. Seguiu-se a
especialidade que veio a tirar em Tavira, no CISMI, de atirador, em abril deste
mesmo ano. Foi depois para o RI 2, em Abrantes, em 21 de julho de 1969, sendo
daqui mobilizado para a Guiné como Furriel Miliciano, em 1 de agosto de 1969,
que só viria a surgir em 31 de janeiro de 1970.
Nesta data marchou para Lisboa, de Abrantes, onde na mesma altura
embarcou para o CTI Guiné, promovido já a Furriel Miliciano. Desembarcou em
Bissau no dia 6 de fevereiro de 1970. Aqui tomou parte ativa em zonas
operacionais, de 31 de agosto de 1970 a 26 de fevereiro de 1971.
Foi colocado em Teixeira Pinto, onde permaneceu todo o tempo
de serviço naquela então Província Ultramarina.
Aqui desempenhava as funções de adjunto do Comandante de Batalhão,
incluindo a segurança do quartel.
Competia-lhe também fazer segurança às povoações, para além
do seu trabalho de operação e informação.
Embarcou na Guiné, de regresso à Metrópole, em 2 de dezembro
de 1971, desembarcando em Lisboa, no Cais Conde da Rocha, em 8 de dezembro,
onde o esperava a família.
Passaria à disponibilidade em 2 de janeiro de 1972, sendo
posteriormente, já em casa, promovido a 2.º Sargento Miliciano, em 31 de agosto
de 1072.
Recebeu já a Medalha Comemorativa das Campanhas na Guiné com
a legenda: 1970/71 (O.S. 251 de 22 de outubro do B Caç. 2905).
(In “O
Combatente da Estrela”, nº 127, de julho 2022)
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