29 de junho de 2022

FERNANDO BRITO FERREIRA


 







Cabe a vez de virmos falar duma figura sobejamente conhecida entre os Covilhanenses, ele também desta génese, comerciante até à sua aposentação, com estabelecimento que teve na Rua Ruy Faleiro, conhecido por “Casa da Borracha”, que herdou de seu pai.

Nasceu na cidade dos lanifícios em 10 de abril de 1947, e, como tantos outros da sua geração, que procuraram estudar no âmbito do ensino possível para a época, o Fernando optou então pelo Colégio Nun’Álvares, em Tomar, onde completou o 2.º Ciclo Liceal, sendo que o 3º Ciclo, que não chegou a concluir, foi no Externato de Santo António, no Fundão, onde era diretor o conhecido Dr. Menezes. Aqui foi colega dum que se evidenciava – o Gaiolas, mais conhecido por Salavisa, hoje Coronel da GNR aposentado.

Chegada a altura do serviço militar obrigatório, em tempo de guerra colonial – a chamada Guerra do Ultramar – Fernando Brito Ferreira foi incorporado no RI 5, de Caldas da Rainha, em janeiro de 1969, no Curso de Sargentos Milicianos.  Seguiu-se a especialidade que veio a tirar em Tavira, no CISMI, de atirador, em abril deste mesmo ano. Foi depois para o RI 2, em Abrantes, em 21 de julho de 1969, sendo daqui mobilizado para a Guiné como Furriel Miliciano, em 1 de agosto de 1969, que só viria a surgir em 31 de janeiro de 1970.

Nesta data marchou para Lisboa, de Abrantes, onde na mesma altura embarcou para o CTI Guiné, promovido já a Furriel Miliciano. Desembarcou em Bissau no dia 6 de fevereiro de 1970. Aqui tomou parte ativa em zonas operacionais, de 31 de agosto de 1970 a 26 de fevereiro de 1971.

Foi colocado em Teixeira Pinto, onde permaneceu todo o tempo de serviço naquela então Província Ultramarina.  Aqui desempenhava as funções de adjunto do Comandante de Batalhão, incluindo a segurança do quartel.

Competia-lhe também fazer segurança às povoações, para além do seu trabalho de operação e informação.

Embarcou na Guiné, de regresso à Metrópole, em 2 de dezembro de 1971, desembarcando em Lisboa, no Cais Conde da Rocha, em 8 de dezembro, onde o esperava a família.

Passaria à disponibilidade em 2 de janeiro de 1972, sendo posteriormente, já em casa, promovido a 2.º Sargento Miliciano, em 31 de agosto de 1072.

Recebeu já a Medalha Comemorativa das Campanhas na Guiné com a legenda: 1970/71 (O.S. 251 de 22 de outubro do B Caç. 2905).

 

(In “O Combatente da Estrela”, nº 127, de julho 2022)

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