Junho quentinho, alegre apesar da
pandemia ainda andar por aí a fazer alguns estragos.
Junho de três Santos Populares
que, se a união faz a força, que o trio se compadeça daquele povo ucraniano e
proporcione o milagre de queimar numa fogueira do São João esse Putin satânico.
Mas como os Santos não se vingam,
há que manter as festas populares: o 13 de junho para o Santo António, esta
data comemorativa do seu falecimento em 13 de junho de 1231, perto de Pádua, na
Itália.
Para não falarmos só de
falecimento, então aí vem o 24 de junho para a comemoração do nascimento de São
João Batista, profeta do Novo Testamento.
E, para terminar, o dia 29 de
junho, dedicado a São Pedro e também a São Paulo, como grandes apóstolos.
Todas estas festas são celebradas
em todo o País, mais centradas em determinados locais, como o Santo António, em
Lisboa, com as Marchas Populares; e o São João, no Porto, com as fogueiras, os
martelos e o alho-porro.
Nesta prodigalidade de
festividades e datas memoráveis, salientamos o dia 10 de junho, que é Dia de
Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. Nesta data assinala-se o dia
da morte do poeta Luís Vaz de Camões, em 1580. Autor do imortal livro Os
Lusíadas, tornou-se feriado nacional em 5 de outubro de 1910, com a
implantação da República.
Durante o tempo que durou o
Estado Novo (paradoxalmente, velho de mentalidades), e até ao 25 de abril de
1974, em que se deu a Revolução dos Cravos, este designava-se “Dia de Camões,
de Portugal e da Raça”. Só a partir de 1978 passou a ser designado como até à
presente data – Dia de Portugal, Camões e das Comunidades Portuguesas.
Neste ano da graça de dois mil e
vinte e dois, as Comemorações do Dia de Portugal decorreram em Braga e também
junto das comunidades portuguesas no Reino Unido.
Milagre, milagre para quem vive
em certos concelhos foi o facto de este feriadinho do dia 10 de junho ter
acontecido a uma sexta-feira. Logo, por exemplo, Lisboa regala-se pois tem quatro
dias de descanso e festança, já que o dia 13, de Santo António é a uma
segunda-feira.
Mas, entre dias de descanso em
demasia, ou na vontade de quem os desejaria, vamos lá falar de coisas também
sérias, ainda que com pedido de intercessão aos Santos Populares para que concedam um milagre para as bandas da Rua de
Santa Maria (antigamente), hoje Rua Notícias da Covilhã, levando-lhes resmas de
papel para que o Semanário deixe de ser exclusivamente digital.
E, já agora, que procurem um
Diretor que não é forçoso ser dentre os muitos “santos populares” que por aí
andam.
João de Jesus Nunes
(In “Notícias da Covilhã” digital, de
16-06-2022)
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