3 de outubro de 2022

CONTE-NOS A SUA HISTÓRIA - FRANCISCO DOS REIS SIMÕES


 Nasceu em Famalicão da Serra, concelho da Guarda, no dia 19 de dezembro do ano da graça de 1944, mas desde março de 1969 passou a residir na Covilhã. É casado e tem um filho.

Trabalhava na cidade da Guarda, na empresa Manuel Conde, do ramo da reparação de automóveis, quando, ainda sem ter completado os 19 anos, foi incorporado, como voluntário, no Curso de Paraquedismo.

Iniciou a vida militar em Tancos, no dia 14 de outubro de 1963, então na recruta, até final do curso de paraquedista, com mobilização posterior para o Ultramar.

Começou o Curso de Paraquedismo em 25 de março de 1964, no Regimento de Caçadores Paraquedistas (RCP), em Tancos, fazendo o tirocínio em 25 de setembro do mesmo ano.

Em 17 de setembro de 1965, embarcou no porto de Lisboa, com destino à 3ª. Região Aérea (BCP 31), via marítima, no Vera Cruz, desembarcando em Luanda em 26 de setembro de 1965. Embarcou no mesmo dia, via aérea, para Moçambique, tendo desembarcado no aeroporto de Lourenço Marques no dia seguinte.

Em 15 de dezembro de 1965 marchou para o Norte de Moçambique para o BCP 31, em Nacala, concelho de Nampula.  

Regressou à Metrópole, passando à disponibilidade, no CRM 3, em 27 de setembro de 1967.

Foi ainda condecorado com a medalha comemorativa das Campanhas das Forças Armadas à Província de Moçambique, no dia 2 de junho de 1967.

Na sua Caderneta Individual de Saltos e Voos (nº. 662/63) consta, por exemplo, que fez o primeiro salto de 500 metros, na Base Aérea nº. 3, em Tancos, no dia 16/03/1964, seguindo-se outros. Em Moçambique fez dois saltos: no dia 28/04/1966, num voo de 40 minutos fez um salto de 400 metros em UMBELUZI; e no dia 19/06/1966, num voo de 30 minutos, fez novamente um salto de 400 metros, no aeroporto da Beira. Todos eles eram só para demonstração, já que era perigosíssimo fazerem saltos em zonas de combate.

O pessoal paraquedista ajudava a tropa do Exército sempre que necessário. Assim, o seu pelotão ainda foi ao mato para ajudar o pessoal do Exército. Numa dessas operações faleceram três camaradas paraquedistas que ajudavam o Exército, no dia 14/03/1966. 

Regressado à vida civil, passou a residir na Covilhã, onde trabalhou na sua atividade de reparação auto, na Garagem de São João, Lda, durante sete anos, e, posteriormente, de conta própria, primeiramente numa sociedade – Auto Montanha da Covilhã – onde esteve seis anos, e depois sozinho, na Rua da Indústria, até que se aposentou por invalidez em 2001.


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