8 de dezembro de 2023

A CAMINHO DO FIM DE MAIS UMA ETAPA

 

Este meu texto vai ser mais abreviado, revestido de poucas consultas, análises ou prévias leituras, tão só ao correr da pena. Motivo: Uma cirurgia muito recente às cataratas que me inibe de trabalhar como desejaria, e até o não deveria fazer.

Estamos, de facto, a caminho de mais uma etapa das nossas vidas, que é o ano que está prestes a findar, ou já terá findado para quem ler este nosso jornalzinho já depois de 2023.

As perspetivas vão no sentido de que seja acolhido em casa dos nossos prezados Leitores, Amigos e Camaradas, antes da Festa Natalícia, desejando assim que o Menino Deus abençoe todos, crentes, como eu, e também os não crentes.

Muito se falou sobre a vida do País e do Mundo. Quanto ao primeiro momento, com reflexos do mundo, ainda não estávamos libertos de uma guerra entre duas nações dentro do Velho Continente, com repercussões económicas e não só, quando outra surge tanto ou mais feroz no seio duma quase mesma geografia (Israel está localizado na Ásia, mais precisamente no Médio Oriente, mas possui muitos laços políticos e económicos com os países da Europa), onde duas vertentes religiosas jamais se entenderam ao longo de muitos anos, num ódio que não se dissipa.

Num contexto deste segundo momento – o Mundo – é confrangedor assistirmos a autênticas carnificinas, atentados à dignidade e direito às vidas humanas.

Mas, voltando ao nosso País, longe estaríamos, penso eu, de chegarmos à situação de que o mesmo se vê rodeado nesta altura, envolvido numa crise política com a qual não se contava, dada a maioria absoluta do partido que lidera na governação. As novas eleições para o próximo ano serão uma nova etapa na vida deste Portugal de todos nós, no bom sentido, ou mais do mesmo?

Ao longo do que tenho vindo a escrever em várias publicações, vinco sempre que oportuno, a vertente da credibilidade, fator importantíssimo para todos, inteligentes ou menos dotados, apáticos ou com aquele cunho de aceitarem confiar ainda nesta ou naquela personalidade, nesta ou naquela instituição, que obviamente, implicitamente, tem nela, mais que uma agora badalada inteligência artificial –, a Pessoa Humana.

Ao longo deste ano que agora finda, entre guerras externas e crises internas, debateram-se e tomaram-se decisões sobre comportamentos/hábitos/vícios, alguns entre a hilaridade e a revolta, como foi o caso dos jogos sociais, nomeadamente o Eurosorteio (sobre este assunto escrevi há oito anos, num ex-semanário covilhanense, um artigo alusivo, sob o título “A Raspadinha”) em que lançavam para a miséria algumas pessoas viciadas no jogo.

As reivindicações dos Trabalhadores e Trabalhadoras de Portugal, numa frequência de greves sem precedentes, ou há muito não vistas, na persistência de setores como os médicos (que, certamente, muitas vezes se terão esquecido do seu Juramento de Hipócrates), os Professores, Funcionários Públicos, surgem, na sua legitimidade, havendo notícias de um endividamento da economia ter acelerado para 811,2 mil milhões até agosto, ou seja, um aumento de 1,4 mil milhões de euros.

No entanto, Portugal deixou o pódio dos países da UE mais endividados no 2º semestre e obteve o 2.º maior excedente público no segundo trimestre.

No que se reporta à segurança no País, e depois de termos assistido a situações graves de terrorismo, com o Hamas na Faixa de Gaza, aquela fação palestiniana deixou pasmado o Mundo face à facilidade com que perpetraram o atentado numa festa judaica, quando, afinal, apanharam de surpresa Israel, com os seus serviços de inteligência e de alta segurança a falharem.

Quando o autor do atentado em Bruxelas, suspeito de ter matado a tiro dois cidadãos suecos, havia sido detido em Portugal pelo então SEF, em 2015, o Tribunal da Guarda decretou-lhe apenas a medida de coação e termo de identidade e residência e de apresentações semanais às autoridades. Isto apesar de, à época, o SEF ter pedido a detenção e expulsão do território nacional uma vez que o suspeito tinha já uma ordem de interdição de entrada na Suécia. O tribunal da Guarda decretou-lhe apenas as medidas atrás descritas. O atentado foi em Bruxelas mas poderia ter sido em Portugal. Não haverá que ter mais rigorosidade na aplicação das penas?

É que as profecias de Natália Correia, do ano 1993, “para as primeiras décadas do próximo milénio”, em Portugal, são assustadoras.

Fazemos votos para que este Natal de 2023 seja repleto de esperança no reflexo de melhores tempos, e que no Novo Ano possamos encontrar a PAZ de que tanto necessitamos.

BOAS FESTAS!

 

João de Jesus Nunes

jjnunes6200@gmail.com

(In “O Combatente da Estrela”, n~. 133 – DEZ/2023)

 

 

 


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