27 de junho de 2012

SEGUNDO ENCONTRO DE AMIGAS DA TRAVESSA DO VIRIATO

Volvidos dois anos do primeiro encontro, em Abrantes, as organizadoras, desta vez, optaram pela Covilhã como palco do segundo encontro, com a receção e posterior passagem, em pormenor, pelos locais de vivência d’outrora, mais de meio século de recordações, ali mesmo, para as bandas da Travessa do Viriato.


O frenesi começou bem cedo, e, junto à Igreja de S. João de Malta, já aguardava a primeira amiga – Manuela e o marido – quando chega a Odete e marido.

Desta vez, com o grupo dilatado, e somente com a ausência da Deolinda, impossibilitada, em Leiria, aumentava este segundo encontro, de mais emoções e enorme entusiasmo.

Beijos e abraços à medida que o grupo se reunia, e elas compareciam de vários pontos deste Portugal: Carmita (Lisboa), Néné (Vila Franca de Xira), Lenita (Abrantes), Cyla (Belmonte), às quais se juntavam a Tiz, Fernanda, Zizi e a Nelita.

Após a receção, foi uma visita à Igreja de S. João de Malta, onde se recordaram “os tempos de catequese, de catequistas, do côro, dos teatros no salão paroquial, das festas de S. Pedro e de Santa Luzia, e também do Padre Carreto” (e eu acrescento, do tempo em que a Eucaristia era celebrada em latim, com as mulheres de obrigatório véu na cabeça, e a separação, nas igrejas, de homens para um lado (ao cimo) e mulheres para outro (na retaguarda)… assim como o celebrante, na cerimónia eucarística, de costas voltadas para o povo…).

Nesse tempo, de mais silêncio e ouvir que de intervenção, quase que dava o sono no decorrer do ato litúrgico, porque era quase só a voz do padre, em latim, lá vindo algum despertar quando o mesmo exclamava: “Dominus vobiscum!”; e os fiéis respondiam: “Et cum spiritu tuo!”.

E o velho sacristão, Ti Domingos, lá ia respondendo em latim, no início da missa, e sempre que necessário, como era uso nos tempos de então.


No pequeno ato de agradecimento, junto ao altar, o padre Hermínio fez notar aos presentes do quão são importantes este atos, em que o denominador comum é a amizade, com o incentivo e estima por estes gestos, nos tempos que correm.

Mas, para além da amizade que perdura ao longo de tantos anos, havia uma grande dose de respeitabilidade entre os jovens – rapazes e raparigas – que, nos tempos que correm, muito deixa a desejar…

No seio destas grandes amizades, de longa data, também se partilhou a alegria dum pequeno ato simbólico das pequenas coisas de outros tempos… quando a dinâmica organizadora deste evento, Minita, convidou todas as suas amigas a aceitarem a oferta de uma jarrinha de vidro, para, numa hilariante ida à Fonte das Galinhas, recordarem peripécias dos seus tempos de adolescência e juventude.

E tudo correu num entusiasmo transbordante, pela tarde fora, a caminho do local do repasto, num restaurante da região, com uma vontade indómita para prosseguir.

Nos tempos que correm, os convívios, ainda que de pequenos grupos como este, mas bastante significativos para a vida das pessoas, são como que um despertar para alívio destes momentos difíceis da conjuntura em que vivemos.

E, de várias pessoas presentes, com problemas de saúde, foi um lenitivo que fez esquecer as dificuldades de cada um.

É para continuar!




(In Noticias da Covilhã)

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