25 de outubro de 2017

COMO EU VI A TOMADA DE POSSE DA NOVA CÂMARA DA COVILHÃ

Sou dos que integram o enorme número daqueles que gostam do berço da sua naturalidade. E, nesta vertente, sou um covilhanense amante da minha Terra. Mas também pertenço aquele leque de pessoas que viveram na humildade de uma vida quando se comia o pão que o diabo amassou, em tempos de ditadura. Daí, a exuberante alegria quando raiou a democracia. E, assim, não recear os medos que dissiparam outros medos.
Tal como o som matinal, militar, que nos fazia erguer da cama, também assim fui dando cumprimento às exigências profissionais das várias atividades que desenvolvi, numa linha de rumo de esforço pessoal. Se houve satisfação por ter sido mais vezes compreendido que rejeitado, não posso deixar de reconhecer que também tive falhas, involuntárias omissões, e vicissitudes que passaram por mim, como humano. Mas, no silêncio, maior que na berraria (esta quando dotada dum sinal anunciador de injustiça) procurei encontrar as soluções.
Vêm estes parágrafos preambulares no contexto do que temos vindo a assistir na Covilhã; Terra de grandes Homens e Mulheres: do saber, do porfiar por verdadeiras causas de interesse comum, de tantas tarefas desenvolvidas desde os tempos ancestrais até aos novos conhecimentos de hoje; com condutas de quem parece que ainda vive quando a democracia era um anseio de todos, mas sufocada por muitos.
A Tomada de Posse da nova Câmara refletiu-se numa verdadeira democracia, que a generalidade do Povo Covilhanense quis imprimir à nova sociedade, numa pacífica revolta, qual abanão, pelos insultos e mentiras que um cidadão eleito para o lugar não desejado, vinha dando sinais dum orgulho sem medida, em profecias de desgraça, enviando foguetes antecipados para o ar, cujo rebentamento foi malsucedido.
É bem certo e verdade o que se lê em Lucas 18:14: “Todo aquele que se vangloriar será desprezado, mas o que se humilhar será exaltado!”, para não referir mais citações.
Foi o que aconteceu com o cidadão, sobejamente conhecido, que, paradoxalmente, diz amar mais a sua Terra que qualquer outra gente, numa treta em que muitos vão no seu engodo.
Na exemplaridade de aceitar a democracia, sozinho entre os pares dessa mesma democracia, mas de linhas divergentes, socialistas, das quais discorda, se manteve Adolfo Mesquita Nunes, demonstrando assim amor à Terra que o viu nascer.
Agora, ainda mais na linha da frente, desta equipa socialista a Covilhã espera melhor, não obstante as trombetas anunciadoras de outros incêndios ou tempestades. É que os que se apregoam de covilhanenses e não aceitam a democracia, é a própria Covilhã que os deve recear, porque em vez de irem ao encontro dos interesses genuínos da sua Terra, por naturalidade ou radicação, preferem a via das profecias da desgraça, já referidas. Afinal, quem são os verdadeiros Covilhanenses? Por mais voltas que deem, o muro da maioria absoluta não será derrubado, e, por isso, o famigerado D. Sebastião ainda não é desta que surge numa manhã de nevoeiro.
Estas linhas são terminadas e subscritas por um cidadão sem partido, e sem quaisquer interesses de um apaniguado, mas tão só com os votos dos maiores sucessos para o novo Presidente da Câmara, Dr. Vitor Pereira, e a todos os eleitos, em prol da minha amada Terra – a Covilhã.

João de Jesus Nunes                                                                                         jjnunes6200@gmail.com

(In "Notícias da Covilhã", de 26-10-2017)

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