4 de outubro de 2017

OS NOVOS GOVERNANTES DA AUTARQUIA COVILHANENSE

Na grelha de partida se perfilaram os seis candidatos à corrida autárquica (BE, CDS/PP, CDU, DE NOVO COVILHÃ, PSD/PPM e PS), sendo que na pole position acabaria por ficar o candidato VITOR PEREIRA, agora elevado a novo Presidente da Câmara Municipal da Covilhã, na sua recandidatura, com assaz mérito.
Dos 46.837 eleitores do Concelho da Covilhã, verificou-se uma abstenção de 38,14 por cento quando em 2013, com 49.773 eleitores se havia verificado uma abstenção de 42,2 por cento. Esta continuada redução de eleitores, e, consequentemente da população no Concelho, deve passar a preocupar o novo líder do Município Covilhanense, ainda que a abstenção tivesse baixado.
Mas nem sempre quem se adianta primeiro, na convivência com toda a população, é o que ganha a contenda política, mas sim aquele que merece verdadeira confiança, na proximidade dessa população, pelas palavras e atos mais perto da sinceridade, porque ao povo já não se lhe consegue pôr uma venda nos olhos, mas só àqueles que não querem mesmo ver.
Depois de muita tinta ter corrido, entre os dois principais adversários (DE NOVO COVILHÃ e candidato do PS), ao longo do anterior quadriénio de poder autárquico na Covilhã, é altura de se dissiparem todas as brigas havidas, mais por culpabilidade do candidato Carlos Pinto, humilhantemente vencido. No entanto, os atos por este cometidos, de âmbito judicial, devem continuar a merecer a reparação da justiça.
Volto assim a referir o que escrevi em 1 de outubro de 2013, para as anteriores eleições: “O socialista Vitor Pereira, persistente quão afável, soube convencer os covilhanenses que afinal a democracia é de primordial importância na vida de todos os que querem viver em concórdia”. Mais tarde também me manifestaria desacordado com alguma impaciência por uma certa passividade autárquica que me pareceu existir.
A reviravolta socialista que se dera então em 2013, no seio do município serrano, não obstante as agora continuadas tentativas para dar o volte-face por parte do candidato DE NOVO COVILHÃ, mas altamente defraudadas pelo castigo infligido pelos covilhanenses, em quem tanto confiava, deu os seus resultados, reforçando essa reviravolta com uma maioria absoluta de 46,41 por cento, muito por culpa de Carlos Pinto, e seus fragilizados apoiantes, agora este com o resultado de 18,16 por cento. Vitor Pereira vencera as eleições em 2013 com 37,52 por cento dos votos expressos, depois de em 2009 ter ficado em segundo lugar, com 27,86 por cento.
Carlos Pinto sempre rebateu Vitor Pereira, pelas formas mais incorretas, inclusive versando uma educação menos própria. Deleitava-se a apregoar que sempre derrotara este candidato, esquecendo-se que indiretamente foi pelo mesmo derrotado nas anteriores eleições, ao apoiar um outro candidato submissamente (na sua pessoa) independente; e que também já o fora por Jorge Pombo. É, assim, a sua terceira derrota autárquica. Como era de esperar, já afirmou que não vai integrar a vereação. Afinal, o seu amor à Terra na defesa dos seus interesses, deixa muito a desejar.
Em terceiro lugar ficou o centrista Adolfo Mesquita Nunes, também eleito, com aquela surpresa de o CDS conseguir um lugar na Câmara, em detrimento do PSD que, pela primeira vez, penso, não integra as fileiras camarárias, um pouco como o que se passou com este partido por todo o País.
João Casteleiro, que compõe a equipa dos socialistas que se apresentaram às eleições, será o novo presidente da Assembleia Municipal, tendo arrecadado uma vitória com 44,18 por cento dos votos.
Excetuando a U.F. de Peso e Vales do Rio, e Vale Formoso e Aldeia do Souto, que votaram para a Câmara em Carlos Pinto, todas as 19 restantes votaram em Vitor Pereira.
No que diz ainda respeito às freguesias e uniões de freguesias, o sorriso bateu à porta dos socialistas em nove dessas freguesias, das quais vieram a ser vencedores, quando em 2013 ganharam sete freguesias, e, em 2009, haviam só vencido em duas. Algumas com maioria absoluta.
Carlos Martins, da União de Freguesias da Covilhã e Canhoso, continua a ser o campeão das presidências de freguesia, que em 2013 ganhou com 46,87 por cento, depois de em 2009 ter ganho com 55,76 por cento. Desta vez volta a sair vencedor, mas sem maioria absoluta, com 40,92 por cento.

Vão assim integrar a nova Câmara, para os próximos quatro anos, cindo elementos do PS (Vitor Pereira, José Serra dos Reis, Regina Gouveia, José Miguel Oliveira e Jorge Gomes), juntamente com Carlos Pinto e Adolfo Mesquita Nunes.

(In "Notícias da Covilhã", de 05/10/2017)

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