Na grelha de partida se
perfilaram os seis candidatos à corrida autárquica (BE, CDS/PP, CDU, DE NOVO
COVILHÃ, PSD/PPM e PS), sendo que na pole
position acabaria por ficar o candidato VITOR PEREIRA, agora elevado a novo
Presidente da Câmara Municipal da Covilhã, na sua recandidatura, com assaz
mérito.
Dos 46.837 eleitores do
Concelho da Covilhã, verificou-se uma abstenção de 38,14 por cento quando em 2013,
com 49.773 eleitores se havia verificado uma abstenção de 42,2 por cento. Esta
continuada redução de eleitores, e, consequentemente da população no Concelho,
deve passar a preocupar o novo líder do Município Covilhanense, ainda que a
abstenção tivesse baixado.
Mas nem sempre quem se adianta
primeiro, na convivência com toda a população, é o que ganha a contenda
política, mas sim aquele que merece verdadeira confiança, na proximidade dessa
população, pelas palavras e atos mais perto da sinceridade, porque ao povo já
não se lhe consegue pôr uma venda nos olhos, mas só àqueles que não querem
mesmo ver.
Depois de muita tinta ter
corrido, entre os dois principais adversários (DE NOVO COVILHÃ e candidato do
PS), ao longo do anterior quadriénio de poder autárquico na Covilhã, é altura
de se dissiparem todas as brigas havidas, mais por culpabilidade do candidato Carlos
Pinto, humilhantemente vencido. No entanto, os atos por este cometidos, de
âmbito judicial, devem continuar a merecer a reparação da justiça.
Volto assim a referir o que
escrevi em 1 de outubro de 2013, para as anteriores eleições: “O socialista
Vitor Pereira, persistente quão afável, soube convencer os covilhanenses que
afinal a democracia é de primordial importância na vida de todos os que querem
viver em concórdia”. Mais tarde também me manifestaria desacordado com alguma
impaciência por uma certa passividade autárquica que me pareceu existir.
A reviravolta socialista que
se dera então em 2013, no seio do município serrano, não obstante as agora
continuadas tentativas para dar o volte-face por parte do candidato DE NOVO
COVILHÃ, mas altamente defraudadas pelo castigo infligido pelos covilhanenses,
em quem tanto confiava, deu os seus resultados, reforçando essa reviravolta com
uma maioria absoluta de 46,41 por cento, muito por culpa de Carlos Pinto, e
seus fragilizados apoiantes, agora este com o resultado de 18,16 por cento.
Vitor Pereira vencera as eleições em 2013 com 37,52 por cento dos votos
expressos, depois de em 2009 ter ficado em segundo lugar, com 27,86 por cento.
Carlos Pinto sempre rebateu
Vitor Pereira, pelas formas mais incorretas, inclusive versando uma educação
menos própria. Deleitava-se a apregoar que sempre derrotara este candidato,
esquecendo-se que indiretamente foi pelo mesmo derrotado nas anteriores
eleições, ao apoiar um outro candidato submissamente (na sua pessoa)
independente; e que também já o fora por Jorge Pombo. É, assim, a sua terceira
derrota autárquica. Como era de esperar, já afirmou que não vai integrar a
vereação. Afinal, o seu amor à Terra na defesa dos seus interesses, deixa muito
a desejar.
Em terceiro lugar ficou o
centrista Adolfo Mesquita Nunes, também eleito, com aquela surpresa de o CDS
conseguir um lugar na Câmara, em detrimento do PSD que, pela primeira vez,
penso, não integra as fileiras camarárias, um pouco como o que se passou com
este partido por todo o País.
João Casteleiro, que compõe a
equipa dos socialistas que se apresentaram às eleições, será o novo presidente da
Assembleia Municipal, tendo arrecadado uma vitória com 44,18 por cento dos
votos.
Excetuando a U.F. de Peso e
Vales do Rio, e Vale Formoso e Aldeia do Souto, que votaram para a Câmara em
Carlos Pinto, todas as 19 restantes votaram em Vitor Pereira.
No que diz ainda respeito às
freguesias e uniões de freguesias, o sorriso bateu à porta dos socialistas em
nove dessas freguesias, das quais vieram a ser vencedores, quando em 2013
ganharam sete freguesias, e, em 2009, haviam só vencido em duas. Algumas com
maioria absoluta.
Carlos Martins, da União de
Freguesias da Covilhã e Canhoso, continua a ser o campeão das presidências de
freguesia, que em 2013 ganhou com 46,87 por cento, depois de em 2009 ter ganho
com 55,76 por cento. Desta vez volta a sair vencedor, mas sem maioria absoluta,
com 40,92 por cento.
Vão assim integrar a nova
Câmara, para os próximos quatro anos, cindo elementos do PS (Vitor Pereira,
José Serra dos Reis, Regina Gouveia, José Miguel Oliveira e Jorge Gomes),
juntamente com Carlos Pinto e Adolfo Mesquita Nunes.
(In "Notícias da Covilhã", de 05/10/2017)
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