A caminho da Capital, no
Intercidades. É sábado, 15 de fevereiro e são 7,53. Tomamos os nossos lugares. Reparamos
de imediato que os tabuleiros das costas dos nossos bancos e o chão, assim como
um pouco por todo o lado, estão sujos de miolos de pão e lixo. O João Romano
toma a iniciativa e apresenta reclamação ao revisor. Diz-nos tomar nota. E que
tal situação não deveria acontecer. Pudera, são sempre quatro as funcionárias
de limpeza que entram nas carruagens, no final das viagens, para a (in)devida
limpeza – informa-nos. Ato cívico do companheiro de viagem. Esperemos agora a
devida chamada de atenção às infratoras da limpeza. E que tal não se repita. O
Tó Manel Rodrigues segue na carruagem da frente.
Chegada a Santa Apolónia. À
nossa espera, lá se encontra o Presidente da Casa da Covilhã, Manuel Vaz
Rodrigues. E agora já estamos no número 150 da Rua do Benformoso. O João Romano,
delegado regional desta Casa, carregando com a caixa de pastéis de molho, sente
um bálsamo nos seus braços ao deixá-la na cozinha. Damos uma espreitadela para
a sala onde vai ser o evento. Tudo pronto, ou quase. Falta só colocar na parede
o n.º 96 que faz sobressair o acontecimento. O Zé Ascensão Rodrigues, um pouco
agitado, diz que não o coloca lá porque o tiraram. O homem da paciência,
presidente da Casa, vai lá colocar o número. Corresponde ao aniversário.
A minha curiosidade vai para a
biblioteca. É preciso ainda um longo trabalho. Há muitos livros oferecidos por
covilhanenses que estão amontoados. Com dois dias a tempo inteiro resolvia-se o
problema. Todos são voluntários. Mas viver em Lisboa não é viver na Covilhã.Compreensível.

Chega o tesoureiro, José Hermínio
Rainha. Aproveito e pago já a minha quota. O Tó Manel Rodrigues também faz o
mesmo.
A Daniela Runa aproxima-se
também. Não podia faltar. Ela é a vice-presidente da Direção. Para além de
médica e fadista.
Os convidados começaram a
chegar: o presidente da Câmara Municipal da Covilhã, Vitor Pereira; Nuno
Cardona Almeida, covilhanense deputado pelo Círculo de Castelo Branco; e Carlos
Martins, presidente da União de Freguesias da Covilhã e Canhoso.


Muito haveria que dizer. O espaço não permite. Foi um
êxito global. Termino conforme ultimei a minha palestra: “Queremos continuar a
entrar na porta 150 desta Casa, no âmbito da nossa ‘Beiranidade’ já que ficamos
fartos de saber que o 10 é do Downing Street, lá para outras bandas a
transvazar a Europa”.
Parabéns à Casa da Covilhã – a
nossa Casa na Capital –, e também a todos os seus obreiros, com realce para
esta sua dinâmica Direção.
(In "Jornal fórum Covilhã", de 19-02-2020)
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